Ministério das Irmãs
I Co 11:3; 14:34-35
a) Sua posição
A posição das servas de Deus é apresentada com muita clareza na Palavra de Deus. “O varão é a cabeça da mulher” (I Co 11:3). É necessário lembrar que isto é uma afirmação divina feito pelo Espírito Santo através de Paulo. Portanto, quer a sociedade concorde ou não, quer alguns se ofendam ou não, a verdade permanece: a mulher foi colocada por Deus numa posição inferior à do homem.
É igualmente importante, porém, destacar o que a Bíblia não diz. Deus nunca afirma que o homem é melhor do que a mulher, nem que ele seja mais capacitado, ou mais inteligente, ou superior. Deus não está fazendo acepção de pessoas, pois em Cristo não há homem nem mulher; somos um (Gl 3:28). Tanto irmãos quanto irmãs possuem a mesma salvação, receberam as mesmas bênçãos, herdarão a mesma herança nos céus. Deus não dá mais valor a um do que ao outro; mas Ele estabeleceu posições diferentes.
Será mais fácil entendermos isto se olharmos para todo o versículo, do qual uma parte já foi citada. Depois de dizer que o varão é a cabeça da mulher, o Espírito nos diz que Deus é a cabeça de Cristo! O mesmo relacionamento existente entre o Pai e o Filho existe entre o homem e a mulher. E Cristo é inferior ao Pai? De forma alguma; os dois são iguais em Seus atributos, a ponto do Senhor Jesus dizer: “Eu e o Pai somos Um” (Jo 10:30). O Filho é igual ao Pai, mas tomou uma posição de submissão, tomou a forma de servo. A mulher, em valor e potencial, é igual ao homem, mas Deus deseja que ela tome um lugar de submissão, para que o relacionamento entre homem e mulher seja uma figura do relacionamento entre o Pai e o Filho.
A tendência que se vê hoje no mundo é obra da carne, incentivada e apoiada por Satanás. Deus estabeleceu uma distinção entre os sexos que nós devemos manter. Uma mulher tem, aos olhos de Deus, o mesmo valor que um homem, mas não a mesma função. A função que Deus preparou para a mulher é ser submissa a seu marido (Ef 5:22-24; Ti 2:4-5, etc) e submissa na igreja (I Co 14:34-35; I Tm 2:9-15). Para a natureza humana, isto é humilhante. Mas assim como nosso Salvador não hesitou em tomar a posição de servo, assim também as mulheres que temem a Deus submetem-se, com prazer, a Deus, e demonstram isto através de submissão no lar e na igreja.
Ser voluntariamente submissa não é sinal de fraqueza ou humilhação; é seguir o exemplo de Cristo.
b) Seu ministério
b.1) Nas reuniões públicas da igreja
b.1.1) Silêncio
Apesar de muitos contestarem esta afirmação nos nossos dias, a Palavra de Deus não deixa dúvida: “As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque lhes não é permitido falar … porque é vergonhoso que as mulheres falem na igreja” (I Co 14:34-35); “A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito que a mulher ensine … mas que esteja em silêncio” (I Tm 2:11-12).
Alguns apresentam objeções:
• “Isto é a opinião machista de Paulo, por causa da criação judaica dele”, dizem alguns. Mas isto é um absurdo! O que temos citado é a Palavra inspirada de Deus, não é opinião de Paulo nem de ninguém. Foi Deus quem disse isso!
• Outros afirmam que a palavra traduzida “falar” em I Co 14:34-35 realmente quer dizer “tagarelar”. Isto é, Paulo está proibindo conversas pararelas durante uma mensagem. Mas isto não é verdade. A palavra grega usada naquele versículo (laleo) é a mesma que ocorre 24 vezes apenas neste capítulo, e sempre traduzida “falar”. É a mesma palavra que ocorre, por exemplo, nas seguintes expressões: “Se alguém falar língua estranha…” (v. 27); “Falem dois ou três profetas, e os outros julguem” (v. 29), e assim por diante. O sentido é claro. Assim como irmãos deveriam falar através de profecias e falar em línguas, as irmãs não deveriam falar.
• Mas alguém levanta I Co 11:5 como prova de que a mulher pode profetizar ou orar. Impossível! As afirmações de I Co 14 e I Tm 2 são claras demais para serem desprezadas! Havia dois erros (pelo menos!) em Corinto: algumas irmãs não usavam véu, e algumas participavam publicamente. No cap. 11, Paulo trata do primeiro erro, e diz que é vergonhoso não usar o véu; no cap. 14, ele trata do segundo erro, e diz que é vergonhoso a mulher falar nas reuniões da igreja.
Que saibamos zelar pela sã doutrina. Deus estabeleceu que, nas reuniões da igreja, as irmãs permanecem em silêncio. Não ensinam (I Tm 2:12), não pregam, nem oram, nem escolhem hinos, nem falam (I Co 14:34), e nem fazem perguntas (I Co 14:35). É o que Deus quer que nós façamos.
Alguém então pergunta: “Mas qual é então a função das mulheres? Elas não têm nada a fazer?” Graças a Deus que sim; há muito que Deus deseja que elas façam. A participação audível numa reunião pode parecer, para nós, como o mais importante, mas isto é culpa da nossa falta de capacidade de dicernir o verdadeiro valor das coisas. Leia cuidadosamente I Co 12:21-25. Há funções na igreja que se destacam mais do que outras, mas nem por isso são mais importantes. Que possamos aprender isto!
b.1.2) Testemunho visível
Pela sua submissão (demonstrada pelo uso do véu e pelo seu silêncio) as irmãs estão testemunhando da soberania de Deus. Estão dizendo, em figura, que Deus é um Deus de ordem, e não de bagunça. E é uma lição que até os anjos podem apreciar (I Co 11:10).
b.1.3) Participação silenciosa
Outra coisa bem prática. As atividades da igreja são coletivas. Pense na oração, por exemplo. Um irmão está falando, mas não fala sozinho. Ele está dirigindo a congregação em oração. Por isto Paulo enfatiza tanto a necessidade de orar não só com o espírito, mas também com o entendimento (I Co 14:15-16), para que todos possam entender o que está sendo dito. Devemos estar prestando atenção nas palavras que alguém diz ao orar, para que possamos realmente dizer o amém no final. E este privilégio está ao alcançe de toda serva de Deus.
b.2) Na vida diária da igreja
Quando a igreja se reúne, seja para adorar a Deus, para evangelizar, para receber ensino, ou para orar, Deus quer que a Sua soberania seja manifestada através da submissão e silêncio voluntários das irmãs. Cabe aos irmãos, capacitados e controlados pelo Espírito Santo, dirigir a reunião. Poderíamos dizer que, do ponto de vista humano, a participação das irmãs nas reuniões da igreja é uma participação passiva.
Fora das reuniões, porém, na vida diária de uma igreja, as irmãs têm muito trabalho a fazer.
b.2.1) Evangelização
A responsabilidade de pregar o Evangelho é de todo cristão. Todos nós, como sacerdotes reais, devemos proclamar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz (I Pd 2:9). Todos devemos estar preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que nos pedir a razão da esperança que há em nós (I Pd 3:15). Obviamente, lembrando daquilo que já temos estudado, esta pregação não pode ser pública ou em reuniões da igreja. Mas há tantas outras oportunidades de se pregar o Evangelho, seja aos familiares, vizinhos, conhecidos ou até mesmo desconhecidos.
Uma irmã que esteja sempre pronta a falar da sua fé em Cristo e da vida eterna, que não tem vergonha de testemunhar de Cristo perante suas amigas, que não tem preguiça de sair distribuindo folhetos, uma irmã que prega o Evangelho será muito útil a Deus.
b.2.2) Oração
A oração é outra responsabilidade que cabe a todo cristão. Uma das armas mais poderas que o cristão tem, e possivelmente a menos usada. Somos (irmãos e irmãs) exortados a orar em todo o tempo (Ef 6:18) e orar sem cessar (I Ts 5:17). É incalculável o poder de uma vida entregue à oração. O preço a pagar é elevado; será necessário abrir mão do nosso tempo para nos dedicarmos à oração, mas os resultados são garantidos.
Uma irmã que esteja disposta a orar sempre e sem cessar será uma grande bênção. Dificilmente alguém saberá disto para elogiá-la, mas o Senhor, no devido tempo, lhe dará a recompensa.
b.2.3) Ensino particular
Escrevendo a epístola a Tito, Paulo exorta às mulheres idosas que sejam “mestras no bem” (2:3). Esta expressão é a tradução de uma única palavra no texto grego (kalodidaskalos, de kalo, “bom” ou “bem”, e didaskalos, ensinador). Esta palavra didaskalos é exatamente a mesma palavra usada em trechos como Ef 4:11 (traduzida “doutores” na ARC), mostrando que, assim como irmãos ensinam nas reuniões públicas da igreja, assim também irmãs ensinam, em particular, outras irmãs. Tanto irmãos como irmãs têm a mesma responsabilidade de ensinar, porém em esferas diferents. As irmãs não podem ensinar nas reuniões públicas da igreja (veja I Tm 2:11, onde o contexto fala de reuniões públicas, e I Co 14:34), mas devem ser diligentes no ensino particular de outras irmãs.
E o que irão ensinar? Coisas que só uma mulher piedosa e temente a Deus poderia ensinar; coisas que o mundo acha ultrapassadas. O apelo às mulheres hoje em dia, no mundo, é: lute pelos seus direitos! Não se submeta, conquiste o seu lugar; imponha-se! Deus quer que as mulheres jovens sejam ensinadas a serem moderadas e castas (pessoas que sabem controlar seus impulsos) e que sejam sujeitas a seus maridos. E mais: que sejam boas donas de casa! As mulheres modernas (lamentavelmente, isto se vê até no meio das igrejas) não querem ser submissas e não querem ser donas de casa. Mas é isto que Deus quer que Suas servas sejam, e as irmãs mais velhas têm a grande responsabilidade de ensinar estas coisas.
Além disto, é claro, as irmãs que possuem filhos têm a honra de ensinar seus filhos, salvos ou não, acerca das coisas de Deus. Temos o exemplo positivo de Timóteo que, tudo indica, foi ensinado desde pequeno pela sua mãe e pela sua avó (veja II Tm 1:5 e 3:15).
b.2.4) A prática do bem
Eis uma grande área onde Deus quer usar Suas servas. Quando o Espírito Santo dá as características de uma verdadeira viúva (I Tim. 5:9-10), Ele destaca, através de Paulo, este aspecto. Ela deve ter criado seus filhos se acordo com os padrões bíblicos; ela deve ter exercitado hospitalidade (acolhendo e cuidando de pessoas que, muitas vezes, ela nem conhece); ela deve ter lavado os pés aos santos (lembrando do exemplo de João cap. 13, dado pelo próprio Senhor Jesus, indica que ela tomou o lugar de serva, sempre disposta a servir aos santos); ela deve ter socorrido os aflitos (literalmente, “os oprimidos”, aqueles que estão sendo afligidos por doença, pobreza, relacionamentos difíceis, etc); ela deve ter, em resumo, “praticado toda boa obra”.
A lista é um desafio para cada irmã que teme a Deus. Deus deseja que Suas servas possam praticar toda boa obra. Você aceita o desafio?
Alguns exemplos
Os exemplos de Dorcas e suas boas obras (Atos 9:36-42), Lídia e sua hospitalidade (Atos 16:14-15), Febe e seu serviço, que incluia hospitalidade (Rom. 16:1-2), Maria e seu “muito trabalho” (Rom. 16:6), e muitas outras mencionadas em Romanos cap. 16 servem como incentivo para cada serva de Deus.
Deus te salvou para que você pudesse servi-Lo. Que Ele possa se alegrar ao ver o serviço dedicado e fiel de Suas servas.
© 2025 W. J. Watterson
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