Monday 31 March 2014

A desilusão de Simeão

Ouvi uma pregação hoje à noite sobre a mulher pega em adultério em João cap. 8, e lembrei-me deste texto escrito na minha mocidade (poucos anos atrás :-)

A desilusão de Simeão


Simeão, desde pequeno, se destacara no meio dos seus colegas, não apenas pela sua saúde e inteligência, mas também pela sua devoção a Jeová, o Deus de seus pais. Bem educado e esforçado, ele cumpria à risca as determinações da Lei de Moisés, estudava diligentemente as Escrituras, e sonhava com o dia em que seria reconhecido como um mestre da Lei.

Naquela manhã tranquila em Jerusalém, caminhando em direção ao Templo, seu coração parecia flutuar à sua frente, e sua consciência, tranquila, estampava um sorriso contagioso em sua face. Ele seguia alheio a tudo ao seu redor, com mil e um sonhos alegres ocupando sua mente de adolescente.

Repentinamente, porém, seus sonhos foram interrompidos. Um grupo de homens, escribas e fariseus, desceram a rua correndo e entraram numa casa logo à sua frente. Simeão parou, espantado, ouvindo a gritaria que se iniciara dentro da casa, enquanto pessoas corriam para todos os lados. Poucos minutos depois, com uma mulher segura pelos braços, a multidão saiu da casa, e tomou a direção do Templo.

Curioso e interessado, Simeão correu ao lado de Judas, seu tio, que fazia parte da multidão enraivecida. “Que confusão é esta, tio Judas?”

Sem parar de correr, seu tio respondeu: “Esta mulher foi apanhada em adultério, e vamos levá-la para Jesus, o nazareno. Vai ser uma forma de pegá-lo em contradição”.

“Mas como?”, perguntou Simeão.

“É simples”, respondeu seu tio; “Se ele disser que ela deve ser apedrejada, como manda a Lei, então estará desobedecendo à lei romana, e estará negando sua pregação, que fala tanto de amor e perdão. Mas se ele disser que ela deve ser perdoada, então ele estará indo contra a lei de Moisés! Entendeu? Ele não tem saída!”

“Puxa”, pensou Simeão; “É mesmo; ele não tem saída! Essa eu quero ver!” E o garoto se uniu à multidão, que crescia cada vez mais. Apesar de pequeno, ele já havia aprendido a odiar a Jesus, que se dizia Filho de Deus. Aos olhos de Simeão e seu povo, isto era blasfêmia, e ele faria qualquer coisa para acabar com o Carpinteiro de Nazaré que ousava dizer que era Deus!

Poucos minutos depois, chegaram ao Templo. Simeão foi logo se enfiando no meio do povo, querendo ver tudo de perto. Empurrando daqui e dali, conseguiu chegar ao centro da roda. Lá estava a mulher, em pé no meio de todos, cabisbaixa; um pouco ao lado ele viu Jesus, que estava inclinado, calmamente escrevendo com o dedo na terra.

“Ele não vai dizer nada?”, Simeão sussurrou ao homem que estava ao seu lado.

“Não sei. Os escribas já lhe apresentaram o problema, mas ele começou a escrever na terra e não disse nada!”

Naquele momento Jeosafá, o mestre de Simeão, levantou a voz e disse, sem conseguir disfarçar seu desprezo e ironia: “Mestre, não respondes à nossa pergunta? Devemos apedrejá-la?”

Houve uma pequena pausa; todos fitavam Jesus, alguns ansiosos, outros com ar de vitória. Finalmente Ele se endireitou. Olhou primeiro para Jeosafá, depois para a mulher, e então permitiu que Seu olhar passasse pela multidão ao Seu redor. Simeão ficou surpreso ao ver, no olhar de Jesus, um brilho de ternura, e algo mais; parecia tristeza. Jesus então falou: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra contra ela”.

O silêncio foi instantâneo. “Ele concordou em apedrejá-la”, pensou o garoto. “Agora podemos acusá-lo perante os romanos, e ele será preso!” E ele olhou em redor, esperando ver alegria e satisfação no rosto daqueles homens.

Mas não. O que ele viu deixou-o ainda mais surpreso. Todos olhavam para o chão, aparentemente envergonhados, num silêncio constrangedor. “Mas o que está acontecendo?” pensou ele.

Depois de vários minutos, o velho Levi, lá do outro lado do círculo de pessoas, moveu-se, caminhando lentamente em direção à mulher. “É agora!” pensou Simeão, quase gritando de euforia.

Mas o velho escriba não ergueu os olhos; foi passando, atravessou o círculo que haviam feito em torno de Jesus, e começou a retirar-se. Simeão olhava, atônito, enquanto os velhos mestres, um após o outro, seguiam seu exemplo, e afastavam-se. Até Jeosafá se levantou para ir embora!

“Não é possível!”, Simeão pensou. Com o coração ardendo, ele saiu correndo atrás de seu mestre, puxou-o pelo braço e quase gritou: “Mestre, o que vocês estão fazendo?” Jeosafá olhou para o rosto coberto de lágrimas do garoto, mas não conseguiu dizer nada. Desviando o olhar, colocou a mão no ombro de Simeão, depois virou-se e partiu.

Simeão, porém, permaneceu imóvel, como que grudado no chão. Pois naquele instante em que os olhos de Jeosafá haviam se encontrado com os seus, Simeão havia visto, claramente, a vergonha que Jeosafá estava sentindo. E como se recebesse um golpe, ele entendeu; todos aqueles mestres, escribas e fariseus, todos eles estavam se retirando, do mais velho ao mais moço, porque todos eram pecadores. Ninguém tinha coragem de atirar a primeira pedra! O mundo de Simeão estava desabando. Ele virou-se novamente para onde Jesus estava, mas não havia mais ninguém ali com Ele. Até a mulher estava indo embora. Mas como era diferente o rosto dela! Se em Jeosafá havia tristeza e vergonha, o rosto dela até brilhava, repleto de paz e alegria! “Mas ela é pecadora!” pensou Simeão, a boca seca, os joelhos tremendo, numa mistura de raiva e confusão; “Ela é a pecadora! Isto não é certo. Ela é a pecadora!

Foi quando ele viu que Jesus se levantava, olhando em sua direção; e o garoto lembrou-se das palavras do Mestre dos mestres: “Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra contra ela”. Neste instante ele viu o seu pecado; não apenas o pecado daquela mulher, mas o pecado de Simeão! Toda sua preocupação em guardar a Lei, seu orgulho de ser judeu, nada disso importava mais. Sua consciência, finalmente acordada, não parava de lembrá-lo dos muitos pecados que ele cometera. Ele era zeloso da Lei, temente a Deus, educado e obediente — mas agora ele sabia também que era pecador.

Era o fim; sem conseguir olhar nos olhos dAquele que ele viera acusar, Simeão afastou-se, envergonhado e desolado.

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Prezado leitor, você não quer ser honesto consigo mesmo, e reconhecer, como Simeão, que você também é pecador? Não preocupe-se com os outros — é o teu pecado que importa. Você teria coragem de atirar a primeira pedra? Nem eu, nem você, nem Simeão, nem ninguém — somos todos pecadores. Diz a Bíblia: “Não há diferença, porque todos pecaram” (Rom. 3:23).

Mas uma vez reconhecendo este fato, não se retire como Simeão — venha ao Senhor Jesus. A Bíblia diz Ele veio ao mundo exatamente para buscar pecadores como eu e você: “o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10). Ele morreu na cruz em nosso lugar, e o Seu sangue “nos purifica de todo pecado” (I João 1:7). Religião pode ter proveito, mas não perdoa pecados; boas obras são desejáveis, mas não perdoam pecados; é somente o Filho do Homem que “tem poder para perdoar pecados” (Marcos 2:10). A Bíblia afirma que quem crê nEle tem a vida eterna, e recebe o perdão dos pecados (João 3:36; Atos 10:43).

Você é pecador, mas Cristo pode te salvar do pecado e da condenação eterna.



© W. J. Watterson

Thursday 20 March 2014

Diferenças entre as listas de Esdras e Neemias

Apresento abaixo uma tabela comparativa das listas dos filhos de Israel que voltaram do Cativeiro na Babilônia. Há duas listas nas Escrituras; uma em Esdras cap. 2, a outra em Neemias cap. 7, e há duas coisas sobre estas listas que devem ser mencionadas:


O total não combina com os detalhes

No final de cada lista é dado o número total dos que voltaram do cativeiro, e este número é idêntico nas duas listas: 42.360. O problema é que a soma das famílias mencionadas nas listas é bem menor do que 42.360: na lista de Esdras há somente 29.818 pessoas mencionadas, e na de Neemias, 31.089. Restam, portanto, mais de dez mil pessoas (12.542 em Esdras, e 11.271 em Neemias). Há duas possíveis explicações para esta diferença:

• A literatura judaica antiga (Seder Olam Rabah, c. 29, p. 86) afirma que este excesso era de Israelitas das dez tribos, aquelas que foram levadas ao cativeiro na Assíria, e não na Babilônia. Os que voltaram de Judá e Benjamin foram identificados pelas suas famílias, mas alguns das outras tribos ouviram do retorno de seus irmãos do Exílio, e se juntaram a eles; estes não foram mencionados por nome.

• Há uma diferença nas palavras usadas. O início das listas usa a palavra enowsh (“homem”), enquanto que o total é relacionado à palavra qahal (“multidão”): “O número dos homens do povo de Israel … Toda esta congregação junta …” (Ed 2:2, 64; Nm 7:7, 66). É possível, portanto, que apenas os homens foram listados por nomes, e as mulheres [Nota 1] e crianças constituem o número excedente.

Qualquer uma das duas sugestões é possível; a primeira me parece mais provável.

Os detalhes não combinam entre si

Esdras e Neemias apresentam números diferentes para várias das famílias. Na tabela abaixo, todas as linhas destacadas com a cor amarela contém alguma diferença entre os números fornecidos em Esdras e os de Neemias (são vinte e oito registros iguais, e vinte diferentes). Antes de pensar nas possíveis razões para este fato, quero destacar que este fato confirma a autenticidade e a veracidade das duas listas:

• Confirma sua autenticidade — Alguns sugerem que as diferenças existem porque as duas listas são fabricadas, mas as diferenças entre elas realmente provam o contrário. Lembrando que Esdras e Neemias eram um só livro até o século III, não é coerente imaginar que algum judeu teria o trabalho de fabricar duas cópias de uma lista falsa, e não se preocupar em fazer com que fossem idênticas. Pelo que conhecemos da natureza humana, sabemos que isto é impossível. Alguém trabalhando com pressa poderia cometer um ou outro deslize, mas mesmo um falsificador medíocre não permitiria tantos erros (vinte erros num total de quarenta e oito registros!) em duas listas que ele afirma serem iguais. As diferenças entre as duas listas provam que elas são documentos diferentes e autênticos, e não uma falsificação feita por um enganador.

• Confirma sua veracidade — Alguns afirmam que estas diferenças só podem ser o resultado de erros de transcrição enquanto a Bíblia era copiada através dos séculos, e que não podemos saber quais eram os números originais. Dizem que as duas listas são falsas — não porque foram falsificadas, como tratamos acima, mas porque contém falhas. Se pensarmos um pouco nesta sugestão, porém, veremos que as diferenças entre as listas são numerosas demais, e variadas demais, para que isto seja possível. Sabemos que, ao copiar uma lista de nomes e números, é muito fácil cometer um erro. Mesmo com todo o cuidado que os judeus tinham ao copiar as Escrituras do Velho Testamento (uma pesquisa sobre este assunto é muito interessante), temos que admitir que, se fosse apenas uma obra humana, erros seriam inevitáveis. Mas as diferenças entre estas duas listas são muitas (mais de 40% dos números contém variações), e são extremamente variadas. Quando há variações devido a erros de copistas, geralmente se entende por que o erro aconteceu (troca de um dígito, ou algo semelhante), mas as variações nestas duas listas não seguem nenhum padrão que possa ser explicado pela negligência dos copistas.[Nota 2]

Assim, as diferenças entre as duas listas provam que o que temos hoje em nossas Bíblias é o que Esdras e Neemias escreveram tantos séculos atrás. Se os judeus quisessem ter nos enganado fabricando duas listas, teriam feito esta falsificação com mais cuidado; se os judeus tivessem sido omissos ao copiar as Escrituras e permitido erros de copistas, as diferenças entre as listas não seriam tantas, nem tão variadas.

As considerações acima confirmam que as duas listas devem ser tratadas como livres de falsificação e livres de falhas, mas não explicam as diferenças entre as duas listas. Se o que temos hoje em Esdras 2 e em Neemias 7 é exatamente o que eles escreveram, preservado para nós pelo poder de Deus, porque a lista em Neemias é tão diferente da lista em Esdras? Há três sugestões que já foram apresentadas:

• Muitos autores sugerem que a diferença é devido à época em que as duas listas foram feitas; uma lista poderia ter sido feita quando o povo se preparava para sair da Babilônia, indicando todos os que planejavam fazer a viagem; enquanto que outra poderia mencionar somente aqueles que efetivamente saíram da Babilônia e chegaram em Jerusalém, alguns meses depois[Nota 3]. Alguns talvez deram o seu nome quando souberam da possibilidade de voltar, mas depois desistiram; outros talvez resolveram ir somente na última hora. Diante de viagem tão longa, com perspectivas de aventura e perigo, bem pode ser que muitos mudariam de opinião na última hora.

• Alguns sugerem que somente a lista de Esdras é a correta, e que Neemias encontrou uma cópia adulterada desta lista. Neemias diz: “Achei o livro da genealogia dos que subiram primeiro, e nele estava escrito o seguinte …” Sendo assim, o que Neemias escreveu no seu livro foi uma cópia fiel e verdadeira do documento que ele tinha em mãos, mas este documento estava corrompido. Quem sugere isto crê na inerrância das Escrituras, atribuindo a diferença entre as listas ao documento que Neemias cita. É um fato que a Bíblia registra coisas que outros disseram e escreveram e que não são verdadeiras,[Nota 4] mas acho difícil entender que isto aconteceu aqui, visto que Neemias e Esdras foram contemporâneos.

• Alguns comentários (Davidson, JFB, TSK[Nota 5]) citam uma explicação dada por alguém chamado “Alting”. Este autor mostra que Esdras menciona 494 pessoas que Neemias não menciona[Nota 6], enquanto que Neemias menciona 1765 que não são mencionados em Esdras. Ora, se adicionarmos aos 29.818 de Esdras os 1.765 excedentes de Neemias, teremos 31.583. Se adicionarmos aos 31.089 de Neemias os 494 excedentes de Esdras, teremos 31.583 —exatamente os mesmos valores. Alting é citado por Davidson na sua obra, que por sua vez é citado por JFB, TSK, etc., como se este detalhe fosse a solução do problema. Confesso que é um detalhe interessante, mas infelizmente ele não prova absolutamente nada; é simplesmente uma característica de duas listas quaisquer de números.[Nota 7]

A única desta três alternativas que me parece viável é a primeira. Não posso afirmar que é isto que aconteceu, mas consigo ver que é possível que isto tenha acontecido. Por outro lado, reconheço minha ignorância de todos os fatos, e bem pode ser que o Senhor tinha outras intenções em levar Esdras e Neemias a apresentar contagens diferentes em relação a esta multidão que voltou da Babilônia.

Conclusão

Minha intenção com este pequeno artigo não é explicar o porquê da diferença, mas somente:

i) Tentar anotar todos os detalhes das diferenças entre as duas listas (pois a solução de um problema começa pelo entendimento do problema);

ii) Tentar mostrar que existem explicações lógicas e possíveis para estas diferenças.

Nenhum de nós conhece toda a verdade, e seria presunção fazer afirmações onde a Bíblia se mantém em silêncio. Mas a atitude do cristão diante da Palavra de Deus deveria ser uma de reverente fé naquilo que está escrito. Posso não entender tudo que leio; posso não saber explicar as aparentes contradições; mas creio que a Bíblia é a Palavra inspirada de Deus, e “digna de toda a aceitação”.




Notas de rodapé

Nota 1 — Alguns acham impossível a proporção de mulheres para homens neste caso (se o número excedente se refere apenas às mulheres, somente um em cada três homens seria casado; se incluirmos crianças nesta contagem, a proporção seria ainda menor). Realmente a proporção não é normal; mas se lembrarmos que muitos preferiram ficar na Babilônia do que enfrentar a longa e perigosa viagem de volta a uma terra deserta e abandonada, não seria difícil imaginar que haveria muito mais homens jovens e solteiros (com menos preocupações e impedimentos) dispostos a fazer esta primeira viagem de volta à terra prometida, enquanto que a maioria dos casados e com família teriam mais receio de enfrentar uma viagem destas.

Nota 2 — Por exemplo, na primeira diferença entre as duas listas, Neemias fala de 123 pessoas a menos do que Esdras, enquanto que na segunda ele menciona 6 pessoas a mais. Trocar 2812 por 2818 (a segunda diferença na lista) é fácil de acontecer (basta um pequeno descuido para trocar o último “2” por um “8”, repetindo o dígito “8” que já apareceu no número), mas trocar 775 por 652 (a primeira troca) já é uma mudança que dificilmente poderia ser explicada por um mero descuido do copista. Ilustrei este detalhe usando os dígitos em português, ciente de que no hebraico as diferenças seriam outras; mas o princípio é o mesmo para todas as línguas: mudanças que são fruto de erros de copistas seguem um padrão que pode ser explicado por uma falha de atenção, mas mudanças tão variadas uma das outras, como as destas listas, precisam de outra explicação.

Nota 3 — A viagem era longa — Esdras, por exemplo, demorou quatro meses (Ed 7:8-9).

Nota 4 — Por exemplo, a serpente disse a Eva: “É certo que não morrerás”. A Bíblia contém este registro, não porque as palavras da serpente são a verdade, mas porque é verdade que a serpente disse estas palavra.

Nota 5 — DAVIDSON, Samuel. Sacred Hermeneutics develped and applied. Edinburgh: Thomas Ckark, 1843, pág. 554. “JFB” refere-se ao comentário de Jamieson, Fausset e Brown, e “TSK” refere-se ao Treasure of Scripture Knowledge.

Nota 6 — Demorei para conseguir entender isto, então explico aqui o que ele quis dizer; pode ajudar outra pessoa. Se compararmos a lista de Esdras com a de Neemias, e em todo registro em que Esdras é maior do que o correspondente registro em Neemias, anotarmos à parte quantas pessoas Esdras menciona à mais do que Neemias, veremos que a soma de todas estas anotações será igual a 494. Comparando Esdras com Neemias, teremos estes acréscimos em Esdras: os filhos de Ará, 123 a mais (775-652); os filhos de Zatu, 100 a mais (945-845); os homens de Betel e Ai, 100 a mais (223-123); os filhos de Magbis, 156 a mais (156-0); os filhos de Jericó, 4 a mais (725-721); os filhos dos porteiros, 1 a mais (139-138); os filhos de Dalaías, Tobias e Necoda, 10 a mais (652-642). Somando todos estes acréscimos, temos: 123+100+100+156+4+1+10=494. Para o segundo número (1765) fazemos a mesma coisa, mas agora somando todos os “excedentes” da lista de Neemias em relação à de Esdras.

Nota 7 — Monte duas listas com cinco ou seis registros cada, e preencha-as com números aleatórios. O total da primeira lista acrescido de todos os excedentes da lista paralela, será sempre igual ao total da segunda lista acrescido de todos os excedentes da primeira.




© W. J. Watterson

Dois detalhes sobre Isaías 53

Isaías 53 contém o quarto Cântico do Servo (que inclui os últimos três versículos do cap. 52). Qual seria o centro deste Cântico?