Com Cristo no barco (Mt 14:22-33)

Quando entraram no barco aquela tarde, os discípulos sentiam-se eufóricos. Haviam acabado de participar de um milagre impressionante, distribuindo alimento para cinco mil homens (além de mulheres e crianças). Eram apenas cinco pães e dois peixes, mas a multidão toda comeu até ficarem satisfeitos.

Deus esquece?

Esquecer é um defeito, não é? E Deus não tem defeitos! O nosso Pai é onisciente, e sabe tudo: passado, presente e futuro. Então como Ele pode dizer, tantas vezes (Is 43:25; Jr 31:34; Hb 8:12; 10:16-17), que não Se lembra dos pecados que Ele perdoa?

O prêmio dos pobres

Ontem meditamos sobre o fato do Senhor ter escolhido nascer num lar pobre. Pouco tempo depois do Seu nascimento, Deus disse: “Toma o Menino e Sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que Eu te diga; porque Herodes há de procurar o menino para O matar” (Mt 2:13).

A oferta dos pobres

É comovente ver como Lucas chama nossa atenção para a pobreza da família onde o Senhor Jesus Cristo nasceu, ao destacar que José e Maria trouxeram a oferta dos pobres (veja detalhes no final). Lendo isto, nos maravilhamos ao lembrar que o único Homem que podia escolher onde e quando nascer, escolheu nascer e ser criado em um lar pobre de Nazaré!

O Altíssimo domina

Três vezes em Daniel cap. 4 lemos que “o Altíssimo domina sobre o reino dos homens” (vs. 17, 25, 32). Como perguntei ontem, repito hoje a pergunta (para mim mesmo): eu creio realmente nisto? Não só teoricamente, mas no cotidiano?

Pode ser hoje

Exatamente dois anos atrás escrevi o mesmo que escrevo agora: o Arrebatamento pode ser hoje! Talvez demore muito ainda — mas pode ser hoje!

Sacrifícios e ofertas

Nestas pequenas Meditações, tenho procurado usar o domingo para levar nossas mentes ao Senhor Jesus Cristo, pois é o dia da Sua ressurreição, o dia que Ele instituiu para que lembrássemos dEle. Nos próximos domingos, se Deus permitir, quero considerar algumas coisas sobre Cristo que vemos nas ofertas de Levítico.

Quem te faz diferente?

A pergunta acima faz parte da exortação de Paulo aos coríntios. O versículo inteiro diz: “Porque, quem te faz diferente? E que tens tu que não tenhas recebido? E, se o recebeste, por que te glorias, como se não o houveras recebido?” (I Co 4:7).

Vazia!

Noemi voltou de Moabe arrasada. Nos dez anos que passou por lá, ela sepultou seu marido e seus dois únicos filhos. Sozinha e desamparada, ela voltou para Belém, sua cidade natal, e chegando lá, desabafou: “Não me chameis Noemi [“agradável”]; chamai-me Mara [“amargura”]; porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso. Cheia parti, porém vazia o Senhor me fez tornar” (Rute 1:20-21).

Descanso em servir

No trecho tão conhecido que encerra Mateus 11, o Senhor prometeu dois descansos: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei [anapauo; “darei descanso”]. Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso [anapauo] para as vossas almas”.

Manchas no Sol

F. W. Boreham (1871-1959) certa vez viajava de trem pela Nova Zelândia. Fazia dias que chovia sem parar, e além da chuva ele e seus companheiros de viagem ainda precisavam se submeter ao falatório cansativo e repetitivo de um jovem cientista, empenhado em convencer a todos que a culpa pelo mal tempo era das manchas no Sol.

Levando os nomes

Em Êxodo 28 lemos duas vezes de Arão levando os nomes dos filhos de Israel: "Arão levará o seus nomes sobre ambos os seus ombros, para memória diante do Senhor … Assim Arão levará os nomes dos filhos de Israel no peitoral do juízo sobre o seu coração, quando entrar no santuário, para memória diante do Senhor continuamente" (Êx 28:12, 29).

Conforme o modelo

O livro de Êxodo tem duas partes principais. Nos primeiros 18 capítulos temos o empolgante relato de Israel sendo libertado do Egito e levado até o monte Sinai. Lemos das dez pragas, a instituição da Páscoa, a travessia do Mar Vermelho … a leitura destes capítulos é emocionante!

Tão só!

“E, chegada já a tarde, estava ali só” (Mt 14:23).

No início da pandemia meditamos sobre o isolamento suportado pelo Senhor Jesus — neste primeiro dia da semana, querendo adorar ao nosso amado Senhor, pensemos novamente neste assunto comovente.

O homem da orelha furada

Se você vivesse nos dias do Velho Testamento e encontrasse um homem com a orelha furada em Israel, você poderia dizer: “Este homem ama verdadeiramente a sua família!”

"Nunca tirou…"

Em Êxodo 13:21-22 lemos: “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite. Nunca tirou de diante do povo a coluna de nuvem, de dia, nem a coluna de  fogo, de noite.”

“Nem dela quebrareis osso” (Êx 12:46)

Ao instituir a Páscoa, Deus deu várias instruções a Moisés e Arão (Êx 12:43-49), entre as quais havia este detalhe: nenhum osso do cordeiro pascal poderia ser quebrado (instrução que foi repetida em Números 9:12).

Cevada e trigo

Por ocasião da sétima praga no Egito (a saraiva), a Bíblia registra um detalhe curioso: “E o linho e a cevada foram feridos … mas o trigo e o centeio não foram feridos” (Êx 9:31-32). Por que precisamos ser informados sobre estes grãos? Parece um detalhe sem importância — mas ele revela o cuidado de Deus com aquilo que representa o Seu Filho.

As lágrimas de José

Ontem pensamos sobre José chorando ao rever seus irmãos (Gn 42:24, 43:30, 45:14-15). Ele chorou também na morte do seu pai (50:1) — mas suas lágrimas mais amargas estavam reservadas para o finalzinho de Gênesis!

José “procurou onde chorar”

Ano passado pensamos aqui sobre uma lição que ainda é válida para mim hoje — permita-me destacá-la novamente.

Repara nesta frase tão interessante na história de José: “E José apressou-se, porque as suas entranhas comoveram-se por causa do seu irmão, e procurou onde chorar; e entrou na câmara, e chorou ali” (Gn 43:30). 

A exaltação de Cristo

Há muitas semelhanças (e contrastes) entre as três “epístolas da prisão” — Efésios, Filipenses e Colossenses. Preso em Roma, Paulo foi inspirado a escrever sobre as glórias insondáveis de Cristo.

Repare como cada uma dessas epístolas destaca algum aspecto da exaltação de Cristo.

Toda a minha glória

Quando os irmãos de José estavam de partida para Canaã para contar ao seu velho pai que José ainda estava vivo, ele lhes fez um pedido: “Fazei saber a meu pai toda a minha glória no Egito” (Gn 45:13). José conhecia seu pai, e sabia muito bem que Jacó ficaria contente em saber que José ocupava uma posição de honra no Egito. Falar bem de José seria a melhor forma de agradar o velho Jacó.

Prisão

Começamos esta semana pensando na provação de Abraão, confiando em Deus mesmo diante de um altar onde jazia seu filho amado. Na terça, pensamos sobre o susto que Isaque tomou quando percebeu como Deus abençoara o filho que ele, Isaque, rejeitara. Na quinta-feira pensamos na luta de Jacó em Peniel. A próxima geração desta família também teve suas provações, e o melhor exemplo disto é José sendo lançado na prisão.

Peniel

A luta de Jacó com Deus em Peniel (Gn 32:24-32) é uma das histórias mais impressionantes da Bíblia. Deus provou Abraão pedindo o seu filho Isaque (Gn 22); Deus provou Isaque tornando sua esposa temporariamente estéril (Gn 25:21); mas Deus provou Jacó numa luta corpo a corpo! Que evento extraordinário!

Quantas dúvidas e temores devem ter assolado o coração de Jacó naquela ocasião! Sozinho em Peniel, à noite, de repente um homem aparece na escuridão e começa a lutar com ele! O que Jacó deve ter pensado?

“Mas quem é que está lutando comigo? Será um ladrão? Um enviado de Esaú? E o que ele quer comigo?” Lutando pela sua vida, sem saber direito o que acontecia, Jacó de repente entendeu tudo. O seu Oponente tocou na juntura da sua coxa, e instantaneamente Jacó estava derrotado.

Como interpretar estas coisas? Quanto mais lemos o trecho, mais ficamos convencidos que são “águas profundas … rio pelo qual não se [pode] passar” (Ez 47:5).

Mas mesmo não entendendo os detalhes, podemos perceber claramente o resultado final — quando o Sol raiou após o encontro de Jacó com Deus, Jacó “manquejava da sua coxa”. Ninguém testemunhou a luta; mas quando ela acabou, Jacó não conseguia esconder a diferença no seu andar! Até parecia um defeito — afinal, é melhor andar bem do que manquejar — mas na realidade era um sinal de maturidade espiritual!

Todo salvo precisa passar por experiências como esta de Jacó. Experiências que nos transformam, e nos levam a dar graças a Deus por Ele ter vindo até nós na nossa presunção e orgulho, e por hoje manquejarmos da nossa coxa! Deus é aquele que “resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4:6) — Ele precisa tirar de nós o orgulho e a autossuficiência!

Algumas raízes de orgulho não saem facilmente do coração! Se o Senhor te encontrou em Peniel hoje, não resista — clame apenas pela bênção dEle, e dê graças pelo manquejar que te acompanhará até o fim da sua carreira terrestre, e que será prova evidente de que você esteve na presença do Senhor.

“Provando-me Ele, sairei como o ouro” (Jó 23:10).

© 2021 W. J. Watterson

Deus de Betel

Cada um dos inúmeros títulos que Deus recebe na Bíblia enfatiza algum aspecto específico deste grande Deus que é nosso Pai. Alguns destes títulos são repetidos muitas vezes — “Deus de Israel”, por exemplo, aparece mais de 200 vezes na Bíblia. Mas outros aparecem só uma vez nas Escrituras, entre os quais está “o Deus de Betel” (em Gênesis 35:7 aparece a forma composta deste título: “E edificou ali um altar, e chamou aquele lugar El-Betel”).

O significado do nome “Betel” (Casa de Deus) é importante, mas o contexto (Gn 31:12-13) onde este título é usado destaca outra coisa — a fidelidade de Deus para com os Seus servos. Lendo Gênesis 31 percebemos que Jacó estava desanimado, sentindo que Labão se aproveitava dele. Parecia que ele trabalhava em vão, e que era constantemente enganado pelo seu sogro (v. 7). Mas Deus interferiu nesta história, e revelou-Se a Jacó como “o Deus de Betel, onde tens ungido uma coluna, onde Me fizeste um voto” (veja Gn 28:20-22). E este Deus de Betel diz a Jacó: “Eu tenho visto tudo o que Labão te fez”.

É como se Deus estivesse dizendo: “Jacó, você lembra de Betel? Eu lembro! Ali você ungiu uma coluna como sinal do voto que você fez comigo. Em Betel você escolheu ficar do Meu lado. E, apesar das suas muitas falhas e erros desde aquele dia, Eu não me esqueci de você. Aliás, Eu nunca esqueço daqueles que são Meus. Não fique desanimado — Eu, o Deus de Betel, tenho visto tudo o que Labão te fez!”

Que incentivo para nós hoje! Se a luta está pesada e difícil, lembre do Deus de Betel. Você creu no Senhor Jesus e recebeu a vida eterna? Você testemunhou disto publicamente pelo batismo? O Deus de Betel lembra destas coisas, e nunca desampara aqueles que se entregam nas mãos dEle.

Mesmo “se formos infiéis, Ele permanece fiel, pois não pode negar-Se a Si mesmo” (II Tm 2:13).

“Eu sou o Deus de Betel — Eu tenho visto tudo que te fizeram”

© 2021 W. J. Watterson

Estremeceu

Gênesis cap. 27 conta a história vergonhosa das mentiras e contendas na família de Isaque. Rebeca, sua esposa, instigou o filho mais novo a fingir que era o mais velho, e assim “roubar” a bênção vinda do seu velho (e cego) pai.

Tudo correu conforme o combinado, e o plano maligno de Rebeca funcionou. Mas quando Isaque percebeu o que havia acontecido, lemos que ele “estremeceu … de um estremecimento muito grande” (Gn 27:33).

Em um instante, tudo desmoronou — a verdadeira situação dos relacionamentos pessoais na família de Isaque ficaram escancarados! Pai e mãe preferindo um filho sobre o outro, intrigas, mentiras — tudo estava errado!

Mas penso que o pior, para Isaque, foi finalmente perceber que ele havia lutado contra Deus! Antes dos meninos nascerem Deus havia revelado que “o maior servirá o menor” (25:23), e Isaque deveria ter aceitado a escolha divina. Mas ele amava Esaú, e talvez raciocinou: “Sim, Deus escolheu Jacó para ser abençoado — mas minha responsabilidade, como pai, é abençoar o primogênito! Não estou errado em fazer assim!”

Não ousamos julgá-lo. Quantas vezes fazemos o mesmo, e tentamos provar para nós mesmos que nossa desobediência é justificada! Sabemos, lá no fundo, que estamos errados, mas conseguimos nos convencer que estamos certos!

Até que, um dia, “a ficha cai”, e estremecemos na presença de Deus!

Que Deus nos ajude a corrigirmos os nossos pensamentos na presença dEle, e nos livre deste “estremecimento muito grande”.

“Procuro sempre ter uma consciência sem ofensa, tanto para com Deus como para com os homens” (At 24:16).

© 2021 W. J. Watterson

Tornaremos

Toda vez que lemos Gênesis cap. 22, nosso coração se aperta ao pensarmos na profundidade do vale que Abraão trilhou quando Deus pediu o seu filho. E se fosse comigo? E se Deus pedisse o meu “Isaque”?

Mas também louvamos a Deus por entender que, no final das contas, Deus impediu Abraão de fazer mal ao seu filho — e este mesmo Deus “nem a Seu próprio Filho poupou, antes O entregou por todos nós” (Rm 8:32).

E entre estes dois extremos, nos impressiona a fé de Abraão! Saindo para oferecer seu filho em holocausto, ele disse aos moços que ficaram vigiando a bagagem: “Eu e o moço iremos até ali; e havendo adorado, tornaremos a vós”. Não “tornarei”, mas “tornaremos” — “eu e moço tornaremos!”

Hebreus explica a base da sua fé: “Sendo-lhe dito: Em Isaque será chamada a tua descendência, considerou que Deus era poderoso para até dentre os mortos o ressuscitar” (Hb 11:18). Deus fizera promessas em Isaque que não haviam ainda sido cumpridas, então Abraão raciocinou: “Isaque viverá — e se a prova for até o fim, então Deus ressuscitará meu filho!” Ele nunca ouvira falar de alguém sendo ressuscitado antes — era algo inédito na história da humanidade. Mas Abraão creu que Deus podia fazer o impossível!

“Jesus disse-lhes: Tende fé em Deus” (Mc 11:22).

© 2021 W. J. Watterson

Tocando o leproso

O comportamento do Senhor Jesus no caso da cura do leproso tem confortado o coração dos salvos há séculos. É a terceira cura que Lucas descreve em seu evangelho, inspirado pelo Espírito Santo, e apresenta um contraste em relação às primeiras duas.

A primeira cura foi em Cafarnaum, na sinagoga. Lemos de um homem com um “espírito de um demônio imundo” (4:31-37); o Senhor “repreendeu” o demônio e libertou o pobre homem desta enfermidade espiritual.

No mesmo dia, Ele encontrou a sogra de Pedro que estava com febre (4:38-39). Não era um demônio que atormentava a mulher, era um problema físico — mas da mesma forma que o Senhor havia repreendido o demônio, Ele também “repreendeu a febre, e esta a deixou”! Tanto a febre quanto o demônio curvaram-se diante da autoridade do Senhor!

Depois lemos de várias pessoas sendo curadas, sem detalhes (4:40-41), seguido do milagre da pesca no início do cap. 5. O próximo indivíduo libertado pelo Senhor foi o leproso (5:12-14).

Desta vez, porém, não houve repreensão, mas lemos: “E Ele, estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: ‘Quero, sê limpo’. E logo a lepra desapareceu dele”. Lucas está destacando o amor do Senhor, não Sua autoridade.

O Senhor não precisava tocar no leproso. Afinal, Ele curou um jovem que estava morrendo em Cafarnaum quando Ele estava em Caná (as duas cidades estão cerca de 25 km uma da outra em linha reta). Ele não precisava — mas Ele queria! Os outros teriam medo de aproximar-se do leproso, e jamais o tocariam para não serem contaminados com a lepra — mas o Senhor mostrou compaixão e carinho para este homem desprezado e abandonado.

Este é o nosso Salvador. O pecado não podia corrompê-lO de forma alguma; Ele é tão santo que o inimigo não encontrava brecha nenhuma nEle (“… o príncipe deste mundo … nada tem em Mim”; Jo 14:30). E este Homem absolutamente santo quer purificar um leproso imundo como eu!

Já é precioso pensar que Ele quer me purificar — mais ainda é ver como Ele o faz! Repreendendo a lepra? Não — tocando o leproso!

“Em mim, que sou o principal [pecador], Jesus Cristo [mostrou] toda a Sua longanimidade” (I Tm 1:16).


© 2021 W. J. Watterson

Pai e mãe

 

Salomão apresenta diversos aspectos da união de pai e mãe na criação dos filhos no livro de Provérbios:

União nos ensinos: “Filho meu, ouve a instrução de teu pai, e não deixes o ensinamento de  tua mãe” (1:8). Tanto o pai quanto a mãe participam na instrução e no ensino dos filhos.