Saturday 30 April 2022

Com Cristo no barco (Mt 14:22-33)

Quando entraram no barco aquela tarde, os discípulos sentiam-se eufóricos. Haviam acabado de participar de um milagre impressionante, distribuindo alimento para cinco mil homens (além de mulheres e crianças). Eram apenas cinco pães e dois peixes, mas a multidão toda comeu até ficarem satisfeitos.


E logo depois, “ordenou Jesus que os Seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado”. Certamente a multiplicação dos alimentos era o principal (se não o único) assunto daquela viagem!


Mas “o vento era contrário”, e o barco estava sendo “açoitado pela ondas”. Remavam, remavam, e parece que não progrediam! Passaram-se as três primeiras vigílias da noite (cada uma durava três horas), e a situação não melhorava. Faltava pouco para amanhecer o dia, mas ainda faltava muito para chegarem ao outro lado! Nove horas lutando contra o mar embravecido, e nenhum sinal de alívio!


Quem sabe um dos discípulos, encolhendo-se no assoalho frio e úmido do barco, começou a pensar consigo mesmo: “Que viagem terrível! Será que sairemos vivos desta? Ainda bem que atravessar o mar não foi inciativa minha! Por que será que o Mestre nos mandou nesta viagem maluca?”


Imagino que havia muitos questionamentos e muitas dúvidas nos corações dos discípulos durante a tempestade. Mas antes que o dia amanhecesse, “dirigiu-se Jesus para eles”, e tudo ficou resolvido! Lemos que eles “adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus!”


Talvez haja questionamentos e medo no teu coração hoje; talvez você esteja assustado e com frio. Mas logo as tuas incertezas darão lugar a adoração e louvor, quando o Senhor manifestar-Se ao teu coração!


Marcos acrescenta um detalhe sublime: “Vendo que se fatigavam a remar …” (Mc 6:48). Apesar da distância e das trevas, o Senhor viu a aflição dos Seus.


Ele nos vê, e logo nós O veremos também! Confortemo-nos hoje com estas lembranças.





© 2022 W. J. Watterson

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