Esquecer é um defeito, não é? E Deus não tem defeitos! O nosso Pai é onisciente, e sabe tudo: passado, presente e futuro. Então como Ele pode dizer, tantas vezes (Is 43:25; Jr 31:34; Hb 8:12; 10:16-17), que não Se lembra dos pecados que Ele perdoa?
Dois rituais do VT nos ajudam a entender a preciosidade da promessa que abraçamos pela fé:
1) Na purificação do leproso, uma ave viva molhada em sangue era solta “sobre a face do campo” (Lv 14:7, etc.).
2) No Dia da Expiação, um bode vivo sobre cuja cabeça eram confessados os pecados de Israel era levado ao deserto, “à terra solitária; e deixará o bode no deserto” (Lv 16:21-22).
Pense na ave e no bode. Teoricamente, estes animais poderiam ser reencontrados. Se alguém espalhasse uma quantidade enorme de arapucas pelo deserto, teria chances de recapturar a ave manchada com sangue. Se alguém saísse ao deserto e procurasse o bode, teria chances de encontrá-lo antes dele morrer.
Esta é a lição — era possível reencontrar tanto a ave quanto o bode, mas seria necessário procurá-los! Deus está querendo ilustrar, com estes dois rituais, que quando Ele perdoa uma transgressão é como soltar uma ave no campo, como abandonar um bode na terra solitária — nunca mais serão vistos! Ele quer que eu entenda que Ele colocou o registro destes pecados bem longe dos Seus olhos, e Ele Se compromete a nunca trazê-los à tona. É semelhante à promessa feita por intermédio de Miqueias: “Tu lançarás todos os seus pecados nas profundezas do mar” (Mq 7:19).
De forma eloquente, Deus está dizendo: “Meu filho, Eu enviei teus pecados embora! Voaram sobre as asas daquela ave manchada de sangue; foram carregados pelo bode para a terra solitária. Estão todos perdoados, para sempre! Eu não irei, nunca mais, te cobrar por eles — não Me lembrarei mais deles!”
Que possamos descansar nesta promessa bendita do nosso Deus, e também “[perdoar-nos] uns aos outros como Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4:32).
© 2022 W. J. Watterson
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