Wednesday, 15 May 2019
Thy ways, Lord
Let me see, dear Lord,
The way that Thou hast planned for me;
Let me tread, dear Lord
The path that leads me nearer Thee.
A heartfelt cry invades the night,
And splits the stars in countless parts;
I tried to stop it’s rushing flight,
But echoes poured from broken hearts.
My hopes are drenched with bitter tears,
As dark despair surrounds my dreams;
My spirit seem a slave of fears,
My eyes keep shedding lava-streams.
I only see the present day,
But give me, Lord, the strength to stand
And watch my troubles pass away,
Until I reach Thy golden strand.
I’d rather bear these dreary days
And know that Thou art by my side,
Than walk in peace in my own ways
And sense the emptiness inside.
Let me see, dear Lord,
The way that Thou hast planned for me;
Let me tread, dear Lord,
The path that leads me nearer Thee.
(22/07/90)
© W. J. Watterson
Grandma Maxwell
Written in 1988 at Grandma’s funeral.
Oh Lord, how happy Thou must be
To have her now so close to Thee;
To see her bow before Thy throne
And give Thee fruits of all she’s sown.
Oh Lord, how happy she must be
To know Thee in Thy majesty,
To praise Thy name with rapturous song,
A special voice amidst that throng.
Oh Lord, how happy we should be
To see her leave, but not to flee;
We know she’s waiting for that day
When Thou shalt bring us home to stay.
Oh Lord, how happy then we’ll be,
United with herself and Thee;
We long to praise Thy name so blest,
And join her in her blissful rest.
(19/12/88)
© W. J. Watterson
Tuesday, 14 May 2019
Creator
(Can be sung to the tune of “Some day the silver chord will break”)
I see the power of God revealed
In Nature’s great, mysterious ways;
Its boundless hoards will always yield
To their Creator precious praise.
And Heaven and Earth, and land and sea,
Declare to all Thy majesty.
I gaze in wonder
(Can be sung to the tune of “When I survey the wondrous cross”)
I gaze in wonder, oh my God,
Upon Thy Son, and feel so small;
I think of how the awful rod
Of Thy just wrath on Him did fall.
I gaze in wonder, oh my God,
Upon Thy Son, and feel so small;
I think of how the awful rod
Of Thy just wrath on Him did fall.
Monday, 10 December 2018
Doce é a voz da esperança
Entre as memórias marcantes da minha infância há uma que sempre me conforta. Chegávamos à casa dos meus avós em Uberaba (no AVP), e assim que os abraços e beijos haviam sido dados, eu corria para a copa. Na parede oposta, de costas para a “portinhola” entre a copa e a cozinha, havia um velho tocador de fitas K7 sobre um móvel. Eu procurava ansioso entre as fitas de Jim Reeves até achar aquela que continha o hino Whispering Hope, e me deleitava ouvindo a fita toda — mas especialmente este hino. A melodia é linda, e a letra traz esperança e alento.
Monday, 22 October 2018
Perdendo reuniões
Quero contar duas histórias protagonizadas pelo meu pai, que poderão ajudar alguns a entender minha posição quanto à questão do salvo e sua frequência às reuniões da igreja local.
Para quem não me conhece, talvez seria bom primeiro explicar qual é a minha posição nesta questão. Ela pode ser resumida assim: o cristão só deveria perder uma reunião da sua igreja local em último caso. A prática tão comum de frequentar as reuniões apenas quando conveniente é, no meu entendimento, radicalmente contraditória, e me incomoda muito ver esta falta de compromisso em alguns.
Para quem não me conhece, talvez seria bom primeiro explicar qual é a minha posição nesta questão. Ela pode ser resumida assim: o cristão só deveria perder uma reunião da sua igreja local em último caso. A prática tão comum de frequentar as reuniões apenas quando conveniente é, no meu entendimento, radicalmente contraditória, e me incomoda muito ver esta falta de compromisso em alguns.
Wednesday, 3 October 2018
Associações eclesiásticas
Ou, por que não tenho liberdade para cooperar com as denominações.
Desde o século II desta era, quando os salvos começaram a se afastar da simplicidade institucional que caracterizava as igrejas locais da época do Novo Testamento, o povo de Deus tem sido caracterizado, lamentavelmente, por divisão. Sempre houve, em todas as épocas desde então até hoje, igrejas locais que continuavam reunindo unicamente ao nome do Senhor Jesus Cristo, mas sempre houve, também, muitos salvos reunindo em organizações humanas. Hoje, a quantidade destas organizações (que chamarei aqui “denominações”) aumenta constantemente, para vergonha nossa e confusão dos incrédulos.
Sunday, 30 September 2018
Cronologia da morte e ressurreição do Senhor
Observação: Apêndice de um estudo detalhado sobre as Sete Solenidades de Levítico cap. 23. As considerações abaixo só farão sentido se lembrarmos que o “dia” judaico começa com o pôr-do-sol. Assim o dia 14 de Nisan (dia da Páscoa) termina quando o Sol se põe (18h00 mais ou menos), e aquela noite já é considerada o dia 15.
Se tivéssemos apenas os evangelhos sinópticos, entenderíamos que quando a Ceia do Senhor foi instituída o Senhor Jesus participava da ceia da Páscoa com Seus discípulos, na mesma noite em que todos os judeus estariam celebrando esta festa. O cordeiro da Páscoa teria sido morto na tarde do dia 14, e naquela noite, 15 de Nisan, era celebrada a ceia da Páscoa; o Senhor seria crucificado na tarde do dia 15.
Sunday, 17 June 2018
As Sete Solenidades do Senhor
Levítico cap. 23 começa assim: “As solenidades do Senhor, que convocareis, serão santas convocações; estas são as Minhas solenidades”. Em seguida são listadas sete datas especiais que Israel deveria celebrar todo ano. Pode parecer só uma lista de festividades antigas, que não tem nada a nos ensinar — mas temos aqui um tesouro de ensino!
(Ouça uma série de pregações sobre este assunto clicando aqui)
(Ouça uma série de pregações sobre este assunto clicando aqui)
Tuesday, 5 June 2018
Jesus: Jeová é Salvador
“Jesus” é a forma grega de um nome derivado de duas palavras hebraicas: a primeira é “Jeová”, e a outra quer dizer “salvação”, ou “Salvador”. Portanto, “Jesus” quer dizer “a salvação de Jeová”, ou “Jeová é Salvador”. Foi exatamente isto que José ouviu em sonho: “Chamarás o Seu nome Jesus; porque Ele salvará o Seu povo dos pecados deles” (Mat. 1:21).
Saturday, 30 December 2017
Rasgado!
Em Mateus caps. 26 e 27 vemos que, naquele dia tão solene da crucificação, houve três ocasiões diferentes em que algo foi rasgado.
Em primeiro lugar, lemos que “o sumo sacerdote rasgou as suas vestes” (26:65). Foi um ato hipócrita, fingindo estar escandalizado com a afirmação feita pelo Senhor. Sem perceber, porém, Caifás estava também indicando, simbolicamente, que o seu ofício de sacerdote havia acabado. Não precisamos mais de sacerdotes humanos, pois temos o próprio Filho de Deus (Hb 7:26-28).
Algumas horas mais tarde lemos que “o véu do Templo se rasgou em dois, de alto a baixo” (27:51). Este ato (acompanhado pelo rasgar das pedras e dos sepulcros) era um sinal divino de que Deus havia aprovado o sacrifício do Senhor na cruz. Não foram homens que rasgaram o véu; foi “de alto a baixo”, pela mão de Deus, indicando assim que o caminho para o santuário estava agora aberto (veja Hb 9:6-14).
E entre estes dois eventos, lemos estas palavras tão comoventes:“Tendo mandar açoitar a Jesus, entregou-O para ser crucificado” (27:26). Lembramos das palavras do Salmista sobre Israel, que se aplicam ao Senhor nesse momento:“Os lavradores araram sobre as Minhas costas; compridos fizeram os seus sulcos” (Sl 129:3). O açoite romano rasgou as costas do meu Salvador, para que hoje eu tivesse o direito de ser recebido com amor por Ele nos átrios eternos.
Quando nos reunirmos amanhã, no primeiro dia da semana (At 20:7), nas nossas respectivas igrejas para recordar dEle no Partir do Pão, lembremos que foi a agonia do Salvador que permitiu a abolição do sacerdócio e a abertura do santuário.
Que preço amargo, ó meu Senhor,
Pagaste em meu favor;
Teu Filho amado, singular,
Deitaste sobre o altar. (youtube)
© W. J. Watterson
Saturday, 28 October 2017
Hinos novos ou traduzidos
Faz vários anos (trinta, para ser exato) que venho tentando adaptar alguns hinos do inglês para o português. Recentemente achei interessante compartilhar estas tentativas com outros irmãos e irmãs. Algumas igrejas no Brasil estão usando alguns destes hinos em suas reuniões, e quem sabe sejam úteis para outros também.
Saturday, 26 August 2017
Um tributo a Ronaldo Watterson
Em janeiro de 2017 estive na Irlanda do Norte com minha família por algumas semanas, e os irmãos da igreja local que se reúne na Av. Cambridge, em Ballymena, me pediram para falar sobre alguns aspectos da vida de meu pai. Eles separaram uma de suas reuniões de sábado à noite (destinadas principalmente aos jovens) para esse propósito, e foi sugerido o título: “A fé dos quais imitai …” (Hb 13:7).
Thursday, 24 August 2017
Whose faith follow — Ronnie Watterson
A tribute to Ronnie Watterson (21st November 1935 — 30th May 2016)
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In 2008, on furlough (more photos at end of post) |
In January of 2017 I was over in N. Ireland with my family for a few weeks, and the brethren from the Assembly that meets at Cambridge Avenue, Ballymena, asked me to speak about some aspects of the life of my father. They separated one of their Saturday night meetings, mainly aimed at young people, for that purpose, and suggested the title: “Whose faith follow ...”
Thursday, 30 June 2016
Figura ilustrativa das diferenças espaciais entre as preposições no grego bíblico
Aqueles que (como eu) não conhecem o grego precisam recorrer a dicionários para tentar entender mais dos preciosos detalhes apresentados nas Escrituras. Um ponto difícil de entender é a diferença entre as preposições (aliás, não só no grego). Encontrei tempos atrás uma ilustração que achei muito útil, e finalmente criei coragem para traduzi-la e reparti-la com mais estudiosos da Bíblia.
Espero que seja útil.
Para ver a figura no tamanho original, clique com o botão direito sobre ela e escolha a opção de abrir o link numa nova aba.
© W. J. Watterson
Espero que seja útil.
Para ver a figura no tamanho original, clique com o botão direito sobre ela e escolha a opção de abrir o link numa nova aba.
© W. J. Watterson
Sunday, 1 May 2016
O cristão e a Realidade Virtual
As tecnologias necessárias para tornar a Realidade Virtual algo corriqueiro estão avançado tão rapidamente que a Matrix (ficção científica de ontem) já não parece mais um absurdo tecnológico. Há alguns detalhes ainda a serem lapidados, e o preço ainda impede que pessoas comuns desfrutem desta tecnologia. Mas já não é absurdo imaginar que, daqui e menos de uma década, aparelhos de Realidade Virtual sejam tão baratos e comuns quanto os smartphones são hoje. Cidadãos comuns poderão sentar no chão de uma casa imunda e pequena, colocar óculos de realidade virtual, e ter a sensação de estarem passeando pelo palácio mais suntuoso do mundo, ou viajando para onde quiserem.
Parece ótimo ... mas há problemas! Não é difícil imaginar o interesse que Satanás tem em difundir estas coisas. Tudo aquilo que serve para afastar o ser humano da realidade contribui para levá-lo à condenação eterna. Aquele que cegou o entendimento dos incrédulos (II Co 4:4) deseja que o homem passe a vida inteira dormindo, ou embriagado, ou sob o efeito de drogas, ou vivendo em um universo virtual; qualquer coisa, menos encarar a realidade da vida, da morte, e da nossa responsabilidade diante de Deus. E se prestarmos atenção em como a Internet já afeta nossa relação com a vida e com nossos semelhantes, creio que teremos muitos motivos para nos preocuparmos com o que está por vir!
Os jogos virtuais modernos agora não são mais uma distração ocasional para aliviar o stress: através do intercâmbio entre diversos jogadores reais, em tempo real, os jogadores começam a permitir que o jogo interfira na sua vida real. No começo eram chamados de RPG (Role-Playing Game, ou em português, Jogo de Interpretação de Personagem). O jogador imaginava ser um soldado, ou um piloto, e se distraia por alguns minutos. Hoje evoluíram de RPG para MMORPG (Massively Multiplayer Online Role-Playing Games, ou em português, Enorme Jogo Online Multijogador de Interpretação de Personagens). Acrescentando a esta fórmula mais dois ingredientes através da mágica da Internet rápida (jogadores reais jogando com você, e tudo isto em tempo real), tudo mudou, e participar do jogo agora tornou-se um compromisso, não mais um divertimento.
E as redes sociais? Será que corremos o risco de gostarmos mais da vida falsa e superficial do que da vida real? Afinal, é fácil conviver no Facebook, onde os algoritmos vão filtrando tudo que vemos, adaptando-se àquilo que "curtimos", de sorte que vemos apenas as informações que mais nos agradam. Mas na vida real precisamos nos esforçar muito mais para suportar uns aos outros!
Conforme estas coisas vão evoluindo, cresce a tentação de me afastar da vida real e viver no mundo virtual dos games e das redes sociais. E quando este mundo virtual fornecer sensações tão realistas quanto às da vida real, como será que lidaremos com isto? Saberemos distinguir entre o real e o virtual? Seremos tentados a deixar a vida real desmoronar, enquanto nos divertimos no mundo virtual?
Para alguns, nem deveríamos nos preocupar com isto, pois “se as pessoas estão tendo uma vida virtualmente feliz, estão tendo uma vida feliz. Ponto final.” (citado num artigo em inglês na Wired). Ou, em outras palavras, se a Realidade Virtual é tão convincente quanto a realidade, mas mais agradável, que problema há em me dedicar mais àquela, e esquecer da vida real?
E aí está o problema: a Realidade Virtual fornece a mesma fuga da realidade que o ópio, o cigarro, o álcool e todas as outras drogas, mas numa embalagem muito mais atraente, e aparentemente mais inocente.
Como qualquer outra invenção do homem, a Internet pode ser uma ótima ferramenta para o bem, ou uma terrível arma para o mal. Como cristãos, como estamos nos posicionando diante desta ferramenta? Usamos a Internet, ou somos usados por ela?
© W. J. WattersonP.S. Outro artigo muito interessante sobre o assunto (também em inglês) pode ser lido neste link.
Parece ótimo ... mas há problemas! Não é difícil imaginar o interesse que Satanás tem em difundir estas coisas. Tudo aquilo que serve para afastar o ser humano da realidade contribui para levá-lo à condenação eterna. Aquele que cegou o entendimento dos incrédulos (II Co 4:4) deseja que o homem passe a vida inteira dormindo, ou embriagado, ou sob o efeito de drogas, ou vivendo em um universo virtual; qualquer coisa, menos encarar a realidade da vida, da morte, e da nossa responsabilidade diante de Deus. E se prestarmos atenção em como a Internet já afeta nossa relação com a vida e com nossos semelhantes, creio que teremos muitos motivos para nos preocuparmos com o que está por vir!
Os jogos virtuais modernos agora não são mais uma distração ocasional para aliviar o stress: através do intercâmbio entre diversos jogadores reais, em tempo real, os jogadores começam a permitir que o jogo interfira na sua vida real. No começo eram chamados de RPG (Role-Playing Game, ou em português, Jogo de Interpretação de Personagem). O jogador imaginava ser um soldado, ou um piloto, e se distraia por alguns minutos. Hoje evoluíram de RPG para MMORPG (Massively Multiplayer Online Role-Playing Games, ou em português, Enorme Jogo Online Multijogador de Interpretação de Personagens). Acrescentando a esta fórmula mais dois ingredientes através da mágica da Internet rápida (jogadores reais jogando com você, e tudo isto em tempo real), tudo mudou, e participar do jogo agora tornou-se um compromisso, não mais um divertimento.
E as redes sociais? Será que corremos o risco de gostarmos mais da vida falsa e superficial do que da vida real? Afinal, é fácil conviver no Facebook, onde os algoritmos vão filtrando tudo que vemos, adaptando-se àquilo que "curtimos", de sorte que vemos apenas as informações que mais nos agradam. Mas na vida real precisamos nos esforçar muito mais para suportar uns aos outros!
Conforme estas coisas vão evoluindo, cresce a tentação de me afastar da vida real e viver no mundo virtual dos games e das redes sociais. E quando este mundo virtual fornecer sensações tão realistas quanto às da vida real, como será que lidaremos com isto? Saberemos distinguir entre o real e o virtual? Seremos tentados a deixar a vida real desmoronar, enquanto nos divertimos no mundo virtual?
Para alguns, nem deveríamos nos preocupar com isto, pois “se as pessoas estão tendo uma vida virtualmente feliz, estão tendo uma vida feliz. Ponto final.” (citado num artigo em inglês na Wired). Ou, em outras palavras, se a Realidade Virtual é tão convincente quanto a realidade, mas mais agradável, que problema há em me dedicar mais àquela, e esquecer da vida real?
E aí está o problema: a Realidade Virtual fornece a mesma fuga da realidade que o ópio, o cigarro, o álcool e todas as outras drogas, mas numa embalagem muito mais atraente, e aparentemente mais inocente.
Como qualquer outra invenção do homem, a Internet pode ser uma ótima ferramenta para o bem, ou uma terrível arma para o mal. Como cristãos, como estamos nos posicionando diante desta ferramenta? Usamos a Internet, ou somos usados por ela?
© W. J. WattersonP.S. Outro artigo muito interessante sobre o assunto (também em inglês) pode ser lido neste link.
Friday, 11 March 2016
Pregações em áudio
Esta página contém links para algumas gravações de pregações feitas em diversos locais do Brasil, gravadas por outros irmãos e repassadas a mim depois. Quem sabe podem ser úteis a alguém.
Ao clicar em qualquer um dos links, abrirá uma janela com o arquivo de áudio. Será necessário clicar na seta para iniciar o áudio.
© W. J. Watterson
Ao clicar em qualquer um dos links, abrirá uma janela com o arquivo de áudio. Será necessário clicar na seta para iniciar o áudio.
As sete solenidades do Senhor em Levítico 23
Série de oito estudos sobre as solenidades de Levítico cap. 23, ministrados à igreja em Pirassununga numa série de sábados em 2018 (veja um esboço sobre este assunto, incluindo uma Tabela, clicando aqui).
As alianças
Série de cinco estudos sobre as alianças de Deus conosco, terminando com uma mensagem do Evangelho. O local foi Gama, o ano 2013.
Figuras das igrejas no Tabernáculo
Série de dez estudos ministrados em Gama em Junho de 2011
- 1º Estudo: introdução;
- 2º Estudo: o pátio;
- 3º Estudo: o altar de holocaustos;
- 4º Estudo: a pia;
- 5º Estudo: a mesa;
- 6º Estudo: o candeeiro (a);
- 7º Estudo: o candeeiro (b);
- 8º Estudo: o altar de incenso;
- 9º Estudo: o propiciatório;
- 10º Estudo: a arca da aliança.
O louvor do Cordeiro em Apocalipse
Estudo ministrado na conferência em Ibaté (SP) em 1º de Maio de 2009.Estudos sobre a inspiração da Bíblia
Quatro estudos ministrados na conferência em Gama (DF) durante os feriados do Carnaval em 2007.Gênesis 22
Estudo sobre Abraão oferecendo Isaque, ministrado na conferência em Gama (DF) durante os feriados do Carnaval em 2005.Não sabeis ...
Uma consideração da expressão “Vós não sabeis” usada pelo Senhor em relação aos discípulos sete vezes, em três contextos diferentes. Estudo ministrado na conferência em S. C. da Conceição (SP), em 12 de Outubro de 2005.As igrejas locais
Estudos sobre o conceito bíblico de "igreja", ministrados à igreja em Várzea Grande (MT) em 2003.- 1º Estudo: O que é uma igreja local.
- 2º Estudo: A igreja comparada a lavoura, edifício e templo.
- 3º Estudo: A igreja comparada a um pequeno rebanho.
- 4º Estudo: A igreja comparada a uma noiva pura.
© W. J. Watterson
Monday, 29 February 2016
Acrósticos (ii)
Da série “Figuras de linguagem na Bíblia”. Leia também:
Introdução
Assíndeto e Polissíndeto
Zeugma
Acróstico (i)
Introdução
Assíndeto e Polissíndeto
Zeugma
Acróstico (i)
Como vimos no primeiro artigo sobre acrósticos (veja links acima), a palavra “acróstico” pode ser definida como “composição poética em que cada verso principia por uma das letras da palavra que lhe serve de tema” (na verdade, apesar do acróstico formado por letras iniciais ser o mais comum, as letras que formam a palavra-tema podem ser também as letras finais ou até mediais).
Uma forma específica de acróstico é o acróstico alfabético, em que cada verso inicia com uma das letras do alfabeto, na ordem alfabética. Já consideramos doze acrósticos alfabéticos na Bíblia (em Salmos, Provérbios e Lamentações). Neste artigo apresento outra forma desta figura de linguagem: quatro acrósticos presentes no pequeno livro de Ester, cada um composto de quatro palavras que formam o nome “Jeová” (que, no hebraico, possui quatro letras). No final, ocupo um pouco de espaço para tratar de um aspecto deste estudo que não despertará interesse na maioria dos leitores, mas que precisa ser considerado: procuro responder à questão da validade destes acrósticos (serão mera coincidência, ou realmente confirmam a inspiração das Escrituras?).
O contexto do livro
O livro de Ester nos apresenta um remanescente de Israel ainda na terra do cativeiro. Quando o cativeiro cessou, cerca de 90% dos filhos de Israel continuaram na terra do seu cativeiro. Esdras e Neemias nos contam a história daqueles poucos que voltaram para Jerusalém, enquanto que Ester nos mostra a situação daqueles que não voltaram. É interessante contrastar este livro com Rute, o único outro livro da Bíblia que recebe o nome de uma mulher. Em Rute vemos como Deus exalta uma moça gentia no meio de Israel, enquanto que em Ester lemos como Deus exalta uma moça judia no meio dos gentios.Ester é um livro diferente, onde Deus nunca é mencionado, onde nunca lemos de sacrifícios, ou oração, ou ações de graças dirigidas a Deus. Como muitos já disseram, é o livro mais secular da Bíblia. Mas engana-se quem pensa que, por causa deste fato, Ester é um livro onde Deus não é visto ou apresentado. Pelo contrário, este pequeno livro mostra-nos a ação inconfundível de Deus, porém uma ação que não é atribuída diretamente a Ele. Para um incrédulo, Ester pode apresentar uma história emocionante de como, no momento mais escuro da noite, por meio de uma incrível “coincidência”, a luz raiou e o bem venceu o mal. Para aqueles que creem em Deus, porém, Ester nos mostra como Deus cuida do Seu povo mesmo quando este se esquece dEle.
Se neste livro o nome de Deus não é mencionado, a mão de Deus é claramente revelada. É o livro da Bíblia que confirma, mais claramente, o aviso dado por Deus a Moisés, de que quando o povo de Deus seguisse a idolatria Deus esconderia totalmente o Seu rosto deles (Dt 31:18), mas que jamais Se esqueceria deles (Lv 26:44-45).
Satanás estava agindo para destruir a nação de Israel por completo, usando para isto o “mau Hamã” (Et 7:6). Até o final do cap. 5, parece que ele conseguirá seu intento: Hamã está sendo engrandecido cada vez mais diante do rei, e seu ódio contra o povo de Deus também se multiplica, enquanto que a situação de Mardoqueu (que representa os judeus) se torna cada vez mais desesperadora. O mau Hamã se deita para dormir, naquela noite, satisfeito, planejando ver o rei cedo de manhã para pedir que Mardoqueu seja enforcado. Mas a partir do primeiro versículo do cap. 6, tudo muda. Tudo começa a dar errado para Hamã, e Ester e Mardoqueu vão de vitória em vitória. Antes que aquele dia termine, é Hamã, e não Mardoqueu, quem é pendurado na forca, e o livramento dos judeus se torna realidade.
Mas o que aconteceu naquela noite para mudar tão drasticamente os destinos de tantas pessoas, e da nação de Israel como um todo? Que acontecimento notável teve uma repercussão tão grande? O texto da Bíblia diz: “Naquela mesma noite fugiu o sono do rei …” Um detalhe aparentemente tão insignificante — �mas um detalhe que mudou completamente o rumo desta história. Deus, que controla todos os detalhes de todos os homens, interferiu no sono do rei para preservar o Seu povo.
Querido irmão, prezada irmã, a noite está escura? A situação tem piorado, a ponto de você não conseguir mais ter nenhuma esperança? Parece impossível haver livramento? Lembre que Deus está em controle! “Fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis” (I Co 10:13). Creia nisto. Deus não vai permitir que a provação ultrapasse o limite preestabelecido por Ele. Há uma linha traçada, e Deus diz ao inimigo: “Até aqui virás, e não passarás!” Entenda que todos os detalhes estão nas mãos de Deus, e Ele pode fazer o sono fugir de um rei, Ele pode alterar o destino de nações, Ele pode efetuar qualquer coisa que for necessária.
Os acrósticos formando “Jeová”
Se neste livro vemos Deus agindo “por trás dos panos” para livrar Seu povo, não deveria nos surpreender se Deus tivesse escondido o Seu nome neste livro. Desde a época dos massoretas[Nota 1] os judeus tem destacado, através de uma anotação no texto bíblico, quatro trechos do livro onde o nome “Jeová” é formado por acróstico (além de outra ocasião onde o acróstico formado é “Eu sou o que sou”; 7:5). Os quatro acrósticos são destacados no texto hebraico através do uso de letras maiores, e se encontram sempre em palavras consecutivas (e, a não ser pelo primeiro, formam uma frase completa em si mesma). Os quatro acrósticos estão destacados nas citações abaixo:- Dito por Memucã, um dos sete príncipes dos Persas: “E ouvindo-se o mandado, que o rei decretará em todo o seu reino (porque é grande), todas as mulheres darão honra a seus maridos, desde o maior até o menor” (1:20);
- Dito por Ester, a moça judia que se tornou rainha dos Persas: “Se parecer bem ao rei, venha hoje com Hamã ao banquete que lhe tenho preparado” (5:4);
- Dito por Hamã, o gentio inimigo dos judeus: “Porém tudo isto não me satisfaz enquanto eu vir o judeu Mardoqueu assentado à porta do rei” (5:13);
- Dito pelo escritor inspirado, judeu: “… e Hamã se pôs em pé para rogar à rainha Ester pela sua vida; porque viu que já o mal lhe estava determinado pelo rei” (7:7)
Considere algumas peculiaridades destes quatro acrósticos. Cada um dos acrósticos tem uma construção diferente. O primeiro é formado pelas letras iniciais das quatro palavras usadas, mas tomando-se as palavras de trás para frente[Nota 2]; o segundo é igualmente formado pelas letras iniciais, mas agora na sequência normal das palavras; o terceiro é formado pelas letras finais das palavras, tomando-se as palavras de trás para frente; enquanto que o quarto é formado pelas letras finais (como o terceiro), mas agora na sequência normal das palavras. Ou seja, os primeiros dois formam um par, pois o nome “Jeová” é formado pelas letras iniciais das palavras usadas, e os últimos dois formam outro par, pois o nome “Jeová” é formado pelas letras finais das palavras usadas. Podemos formar outro par com o primeiro e o terceiro acróstico, pois eles formam o nome “Jeová” de trás para frente; igualmente o segundo e o quarto acróstico formam um par, pois o nome “Jeová” é soletrado da forma comum. Uma tabela pode ajudar a esclarecer estas peculiaridades dos acrósticos:
A tabela acima ajuda a ver que nos dois acrósticos onde a ordem é invertida temos palavras de gentios, enquanto que nos dois acrósticos onde a ordem normal é mantida temos palavras de judeus.
Sugiro (e tentarei provar logo a seguir) que estes quatro acrósticos não são fruto do alinhamento aleatório de letras no texto, mas que foram propositadamente deixados ali pelo Senhor mesmo, confirmando a Sua inspiração da Bíblia e deste lindo livro de Ester. Ao estudar este livro, creio que estas quatro frases destacadas pelos acrósticos merecem atenção especial, mostrando como Deus agiu na vida de Ester (no caso dos primeiros dois acrósticos) e na vida de Hamã (no caso dos últimos dois) para preservar o Seu povo. Poderia parecer que o mal estava prestes a vencer, e o povo de Deus prestes a ser exterminado: mas nada pode se opor aos propósitos de Deus. Assim como Ele fez Nabucodonosor perder seu sono cento e trinta anos antes, para corrigir a ignorância do rei quanto aos propósitos de Deus (Dn 2:1); assim como Ele tirou o sono de Dario, cerca de sessenta anos antes de Assuero, para corrigir a injustiça dos homens contra o profeta Daniel (Dn 6:18); assim também lemos em Ester 6:1 que “naquela mesma noite [a hora “h” da história de Ester] fugiu o sono do rei” (Et 6:1). Foi Deus quem fez isto, para corrigir a impiedade de Hamã contra Seu povo.
Que verdade preciosa. Até o sono dos reis está nas mãos do nosso Deus. Que digamos com o Salmista: “Em paz também me deitarei e dormirei, porque só Tu, Senhor, me fazes habitar em segurança” (Sl 4:8).
A importância destes acrósticos
As linhas abaixo só devem atrair quem realmente se interessa pelos aspectos técnicos deste assunto. Prossiga por sua própria conta e risco!Não há dúvida que existem quatro acrósticos formando o nome “Jeová” em Ester — mas qual a importância disto? Para alguns, nenhuma (pois afirmam que tais acrósticos são extremamente comuns, não só na Bíblia como em outras literaturas); para outros, são uma prova extremamente rara da inspiração da Bíblia (pois afirmam que tais acrósticos só ocorrem aqui na Bíblia). Quero sugerir que a realidade fica entre estes dois extremos.
Há muitos que não dão importância nenhuma a estes acrósticos, afirmando que, num texto relativamente longo (como a Bíblia), a probabilidade de acrósticos de palavras pequenas serem formados aleatoriamente é muito grande. Por exemplo, após escrever o parágrafo anterior, passei os olhos por cima do texto procurando algum acróstico, e encontrei a palavra “perdi” na frase “Prova Extremamente Rara Da Inspiração”. Não planejei, muito menos previ, isto; foi mera coincidência. Tenho, portanto, que admitir este fato: quanto maior o texto considerado, maior a probabilidade de se encontrar um grupo de palavras em sequência cujas letras iniciais (ou finais) formem outra palavra (principalmente palavras pequenas).
Devido a este fato inegável, alguns desprezam os acrósticos em Ester. L. A. Turner, em Desperately seeking YHWH: Finding God in Esther’s Acrostics, afirma: “Acrósticos do nome divino não são únicos a Ester. Na verdade, são corriqueiros [na Bíblia]”. No mesmo tratado ele cita F. B. Huey, do Expositor’s Bible Commentary, que afirma que “ninguém leva a sério estes detalhes rabínicos hoje em dia”. Turner termina seu tratado afirmando, com convicção: “Procuram pelo Senhor aqui. Procuram pelo Senhor ali. Mas nos acrósticos de Ester, procuram em vão.” O pensamento dele representa o pensamento predominante entre os estudiosos de Ester.
Por outro lado, há muitos comentários sobre Ester que afirmam categoricamente que os acrósticos em Ester são únicos (ou extremamente raros) na Bíblia. R. Graham, por exemplo, na revista Forerunner (Abril de 1999), afirma: “Acrósticos, especialmente aqueles que formam o nome de Deus, são extremamente raros. Na verdade, os copistas judeus tomavam muito cuidado para não formarem um acróstico acidental com o nome divino”. Don Curtis, num texto publicado em bible.org (23. Esther – Irony and Providence) afirma: “Que eu saiba, nenhum outro acróstico semelhante ocorre no Velho Testamento”.
Tais afirmações, porém, parece que foram feitas sem o cuidado de serem devidamente verificadas primeiro. Uma pesquisa do assunto indicará que:
- Acrósticos do nome de Deus são relativamente comuns no texto hebraico do VT;
- Acrósticos do nome de Deus são relativamente raros em outras versões do VT.
Acrósticos de Deus no VT
Tanto Turner (citado acima) quanto Frank Nelte (franknelte.net) pesquisaram o texto hebraico do VT e chegaram a conclusões praticamente idênticas (Nelte identificou um acróstico a mais do que Turner, num total de cento e vinte e um). Estas ocorrências estão listadas abaixo, e são prova suficiente de que os quatro acrósticos em Ester não são únicos nas Escrituras.- Acrósticos formados pelas letras iniciais, na ordem inversa (34 ocorrências): Gn 11:9; Êx 4:16; Lv 8:15; 9:9; 21:22; Nm 1:51; 5:18; 19:12; Dt 10:7; 20:8; Js 2:15; 11:16; 18:28; 24:18; Rt 1:21; II Sm 18:4; I Rs 18:3; II Rs 7:2; I Cr 27:30; II Cr 23:6; Et 1:20; Sl 18:8; 96:11; Ec 3:17; 10:20; Is 30:26; 35:2; 45:20; Jr 31:7; 33:20; Ez 46:1; Dn 12:1; Zc 1:5; 8:19.
- Letras iniciais, na ordem normal (24 ocorrências): Gn 19:25; Êx 4:14; Nm 13:32; Dt 11:2; II Sm 18:4; I Rs 7:12; 8:42; 18:37; II Rs 10:1; I Cr 5:12; 8:39; 16:31; 18:8; 22:18; 23:11, 19; 26:4; II Cr 20:34; 26:11; 27:3; Et 5:4; Sl 96:11; Is 45:18; Ez 46:1.
- Letras finais, na ordem inversa (25 ocorrências): Gn 24:58; 49:31; Êx 4:3; 16:7; 25:23; 37:10; Lv 8:29; Nm 13:30; 24:13; Js 19:47; 24:27; Jz 14:2; I Sm 20:21; II Sm 15:14; I Cr 21:17; Es 8:19; Et 5:13; Sl 106:1; Is 16:3; Jr 48:2; 49:19; 50:15, 29; Lm 3:33; Ez 1:27.
- Letras finais, na ordem normal (38 ocorrências): Gn 12:15; 19:13; 38:7; 43:10; Êx 3:13; 16:22; Nm 5:12; Dt 24:5; 30:12; 31:29; Js 10:18; Jz 16:16; 19:24; 20:18, 41; II Sm 18:3; I Rs 13:26; 16:7; I Cr 23:17; Et 7:7; Sl 57:7; 73:15; 107:24; 115:11; Is 16:3; 33:22; Jr 9:11, 17; 15:19; 49:19; 51:31; Ez 23:8; 30:2; 31:15; Os 11:10; Jl 2:7, 17; Zc 9:17.
Acrósticos de Deus em outros textos
Fica claro, portanto, que acrósticos formando o nome “Jeová” são relativamente comuns no texto hebraico do VT. Mas isto justifica a conclusão de Turner, de que estes acrósticos não tem nenhum significado? Se procurarmos estes acrósticos em outros textos do VT, o que encontraremos?Fiz as seguintes pesquisas, usando os textos da Online Bible, e procurando usar palavras de quatro letras cada (como “Jeová” em hebraico):
Texto em inglês do VT, versão KJV:
- “Lord” (“Senhor”) letras iniciais, ordem normal = 0;
- “Lord” (“Senhor”) letras finais, ordem normal = 6;
- “Lord” (“Senhor”) letras iniciais, ordem inversa = 0;
- “Lord” (“Senhor”) letras finais, ordem inversa = 2;
Texto em português do VT, versão da S. B. Trinitariana:
- “Deus” letras iniciais, ordem normal = 0;
- “Deus” letras finais, ordem normal = 0;
- “Deus” letras iniciais, ordem inversa = 6;
- “Deus” letras finais, ordem inversa = 0;
Acrescento a estas oito pesquisas a afirmação de Nelte de que sua pesquisa por acrósticos da palavra “theos” (“Deus”) no texto grego do NT (formados pelas letras iniciais das palavras) não encontrou nenhum resultado.
Reconheço que estas nove pesquisas (quatro no texto da KJV, quatro no texto da Trinitariana, e um no texto grego) não resolvem a questão do ponto de vista estatístico. Mas todas apresentam resultados muito inferiores aos resultados vistos no texto hebraico.
Só consigo pensar em duas explicações para esta diferença: ou a língua hebraica favorece o surgimento de acrósticos aleatórios num grau muito acima do grego, inglês e português (algo difícil de se acreditar e que, até que provem o contrário, inadmissível), ou então estes acrósticos foram colocados ali intencionalmente.
Conclusão
Bem, o que tudo isto nos sugere sobre os acrósticos encontrados em Ester? São mera coincidência, ou foram deixados ali propositadamente pelo Senhor?Devido a quantidade grande de acrósticos semelhantes a estes no resto do VT (cento e dezessete, mais os quatro em Ester), não posso afirmar que são uma característica única deste pequeno livro, colocados ali para suprir a ausência de referências claras ao nome de Deus. Temos que admitir que acrósticos com o nome de Deus são comuns no VT, e Ester não é um caso à parte neste assunto.
Por outro lado, devido à dificuldade de encontrar acrósticos semelhantes a estes até nas traduções do próprio VT para outras línguas, não tenho coragem de dizer que são mera coincidência. Não creio que querem dizer o que muitos afirmam (uma “assinatura escondida” num livro que não usa o nome de Deus), mas creio que foram colocados ali pelo Senhor mesmo, e que devem ser notados ao estudarmos o livro de Ester. Este é o único livro do VT que contém exatamente uma de cada das quatro variações deste acróstico.
Apresento abaixo algumas tabelas para quem quiser prosseguir este estudo (repare como estes acrósticos são, relativamente, mais comuns em Joel do que em qualquer outro livro do VT). Aceito sugestões, acréscimos e correções ao que expus acima.
Notas de rodapé
Nota 1: Os mais antigos manuscritos do Velho Testamento têm, além do texto das Escrituras (em duas ou mais colunas), diversas linhas escritas em letras menores, nas margens superior e inferior e nas laterais de cada página. Estas notas (que não fazem parte do texto original das Escrituras) são chamadas de Massorá. Foram compiladas pelos massoretas (eruditos judeus que viveram mais ou menos do século VI ao X) com a finalidade de evitar erros nas cópias das Escrituras. Estas notas não são comentários ou explicações sobre o texto, mas fatos e detalhes: a quantidade de palavras e a palavra central de cada livro, ocorrências de certas palavras, etc. Cada vez que o VT era copiado por um escriba, a cópia era verificada através dos dados da Massorá, e se houvesse alguma discrepância, a cópia era destruída integralmente!↩Nota 2: Lembre que no hebraico as palavras são escritas da direita para a esquerda, diferentemente de como escrevemos no mundo ocidental. Quando me refiro a “letras iniciais”, “letras finais”, “sequência normal” das palavras e “de trás para frente”, estou falando do ponto de vista da escrita hebraica (isto é, daquilo que seria normal para eles, e daquilo que seria a ordem inversa para eles).↩
© W. J. Watterson
Monday, 14 December 2015
Tabela do tamanho relativo de cada livro da Bíblia
Quando procuramos estudar as ocorrências de determinadas palavras na Bíblia, podemos esquecer que os livros que a compõe não são todos do mesmo tamanho. E este fato (que pode parecer um detalhe supérfluo para muitos) é extremamente importante para quem gosta de pesquisar sobre a frequência do uso de certas palavras em certas partes da Bíblia.
Por exemplo: se uma palavra ocorresse cinquenta vezes no livro de Jeremias e cinquenta vezes em III João, isto quer dizer que os dois livros dão importância semelhante a esta palavra? À primeira vista, poderíamos até pensar assim; mas quando lembramos que Jeremias é o maior livro da Bíblia (em quantidade de palavras no texto original) e III João o menor (pelo mesmo critério), e que III João é mais de cento e quarenta e seis vezes menor do que Jeremias, percebemos que tal palavra é, relativamente, muito mais comum em III João (onde representaria quase 25% do livro) do que em Jeremias (onde equivale a menos de 0,002% daquela profecia).
Não quero sugerir que estudar a Bíblia desta forma é comum, nem mesmo que quem se interessa por este tipo de estudo tem qualquer tipo de vantagem sobre a maioria (que não se sente atraído por estas comparações). A Bíblia é tão vasta no seu alcance, tão valiosa nos seus tesouros, e tão variada nos seus ensinos, que nenhum método pode esgotá-la. Há muitas e muitas formas de se estudar a Bíblia, e Deus capacita cada um dos Seus filhos e filhas de acordo com a vontade dEle. Cada um de nós deve se aproximar deste livro precioso disposto a ser ensinado pelo Espírito Santo; mas nem todos vamos aprender da mesma forma. Poucos são os que se interessam por este tipo de estudo da Bíblia; a maioria dos salvos aprende (e nos ensina) usando outras ferramentas e outras perspectivas. Mas para os poucos que se interessam por estudar a Bíblia também deste ponto de vista, creio que uma tabela completa com a quantidade de palavras de cada livro da Bíblia pode ser muito útil.
E para estes poucos, passo adiante um conselho recebido de um irmão bem mais experiente e capacitado. Ele valoriza o ensino detalhado e detalhista de palavras e suas ocorrências, mas afirma que isto é apenas um meio para se alcançar um fim. Depois de horas de pesquisa, temos algo para apresentar aos salvos que pode ajudá-los; mas como disse este irmão, “não conduza seus irmãos e irmãs pelo caminho longo e demorado que você trilhou até chegar à sua descoberta; leve-os logo ao destino final!”
Espero que as tabelas apresentadas abaixo possam ajudar alguém nesta tarefa tão útil.
Como não conheço hebraico, nem aramaico, nem grego, precisava de ajuda. Consegui encontrar uma lista (elaborada por J. Kranz, do site overviewbible.com), mas não havia nenhuma outra lista com a qual compará-la. Como tenho uma certa reticência em confiar em conteúdo encontrado online, quando não conheço a fonte, achei melhor tentar verificar as contagens feitas pelo Kranz. Lancei mão de dois applicativos: Online Bible (de Larry Pierce) e Accordance.
O Online Bible não tem nenhum função para contar todas as palavras de um livro da Bíblia, mas permite exportar o texto de um livro para um arquivo txt. Criei então sete arquivos: o VT completo, os livros de Gênesis, Deuteronômio, Salmos, Isaías e Malaquias (usando o texto da BHM em hebraico), e o NT completo (usando o TR em grego, editado por Scrivener baseado no texto de Stephens de 1550). Depois de eliminar as referências e outras anotações acrescentadas pelo Online Bible na exportação, importei estes arquivos no Word, e usando o contador de palavras consegui contagens do VT completo, do NT completo, da Bíblia completa (pela soma dos dois anteriores), e dos cinco livros avulsos mencionados acima.
O Accordance facilita muito as coisas, pois tem uma função que conta a quantidade de palavras em qualquer livro da Bíblia — mas a versão de avaliação que eu possuo somente tem o texto em grego do NT (edição de 1550 do TR de Stephanus, compilada por M. Robinson), não permitindo acesso ao VT. Sendo assim, usei a função livro a livro no NT, e obtive uma contagem para cada livro do NT, além de uma soma total do NT (com números um pouco superiores àqueles apresentados pelo Online Bible, e ambas estas contagens eram superiores à contagem apresentada por J. Kranz).
Esta diferença de contagem era esperada, devido à diferença de manuscritos usados, mas não é preocupante. Só seria um problema se a diferença fosse significativa, mas visto que nos 32 livros consultados a diferença sempre foi bem inferior a 1%, creio que os números finais apresentados abaixo são confiáveis para uma comparação do tamanho relativo de cada livro da Bíblia.
Tendo uma lista completa da quantidade de palavras em cada livro da Bíblia, uma planilha facilmente calcula o tamanho de cada livro em relação ao todo, usando porcentagens. Usei duas colunas: uma dando o tamanho do livro em relação à Bíblia toda, e outra fornecendo o tamanho do livro em relação ao Testamento em que se encontra (sempre expresso em porcentagem).
A partir daí, é fácil obter gráficos e tabelas baseadas nos dados compilados.

Por exemplo: se uma palavra ocorresse cinquenta vezes no livro de Jeremias e cinquenta vezes em III João, isto quer dizer que os dois livros dão importância semelhante a esta palavra? À primeira vista, poderíamos até pensar assim; mas quando lembramos que Jeremias é o maior livro da Bíblia (em quantidade de palavras no texto original) e III João o menor (pelo mesmo critério), e que III João é mais de cento e quarenta e seis vezes menor do que Jeremias, percebemos que tal palavra é, relativamente, muito mais comum em III João (onde representaria quase 25% do livro) do que em Jeremias (onde equivale a menos de 0,002% daquela profecia).
Não quero sugerir que estudar a Bíblia desta forma é comum, nem mesmo que quem se interessa por este tipo de estudo tem qualquer tipo de vantagem sobre a maioria (que não se sente atraído por estas comparações). A Bíblia é tão vasta no seu alcance, tão valiosa nos seus tesouros, e tão variada nos seus ensinos, que nenhum método pode esgotá-la. Há muitas e muitas formas de se estudar a Bíblia, e Deus capacita cada um dos Seus filhos e filhas de acordo com a vontade dEle. Cada um de nós deve se aproximar deste livro precioso disposto a ser ensinado pelo Espírito Santo; mas nem todos vamos aprender da mesma forma. Poucos são os que se interessam por este tipo de estudo da Bíblia; a maioria dos salvos aprende (e nos ensina) usando outras ferramentas e outras perspectivas. Mas para os poucos que se interessam por estudar a Bíblia também deste ponto de vista, creio que uma tabela completa com a quantidade de palavras de cada livro da Bíblia pode ser muito útil.
E para estes poucos, passo adiante um conselho recebido de um irmão bem mais experiente e capacitado. Ele valoriza o ensino detalhado e detalhista de palavras e suas ocorrências, mas afirma que isto é apenas um meio para se alcançar um fim. Depois de horas de pesquisa, temos algo para apresentar aos salvos que pode ajudá-los; mas como disse este irmão, “não conduza seus irmãos e irmãs pelo caminho longo e demorado que você trilhou até chegar à sua descoberta; leve-os logo ao destino final!”
Espero que as tabelas apresentadas abaixo possam ajudar alguém nesta tarefa tão útil.
Metodologia
Para montar estas tabelas, eu precisava de alguma forma de contar as palavras (no original) de cada livro da Bíblia. Uma contagem por páginas, e usando uma tradução em português, já daria uma boa ideia da relação entre os livros; mas a contagem mais precisa exige que contemos palavras, não páginas, e na língua original, não numa tradução.Como não conheço hebraico, nem aramaico, nem grego, precisava de ajuda. Consegui encontrar uma lista (elaborada por J. Kranz, do site overviewbible.com), mas não havia nenhuma outra lista com a qual compará-la. Como tenho uma certa reticência em confiar em conteúdo encontrado online, quando não conheço a fonte, achei melhor tentar verificar as contagens feitas pelo Kranz. Lancei mão de dois applicativos: Online Bible (de Larry Pierce) e Accordance.
O Online Bible não tem nenhum função para contar todas as palavras de um livro da Bíblia, mas permite exportar o texto de um livro para um arquivo txt. Criei então sete arquivos: o VT completo, os livros de Gênesis, Deuteronômio, Salmos, Isaías e Malaquias (usando o texto da BHM em hebraico), e o NT completo (usando o TR em grego, editado por Scrivener baseado no texto de Stephens de 1550). Depois de eliminar as referências e outras anotações acrescentadas pelo Online Bible na exportação, importei estes arquivos no Word, e usando o contador de palavras consegui contagens do VT completo, do NT completo, da Bíblia completa (pela soma dos dois anteriores), e dos cinco livros avulsos mencionados acima.
O Accordance facilita muito as coisas, pois tem uma função que conta a quantidade de palavras em qualquer livro da Bíblia — mas a versão de avaliação que eu possuo somente tem o texto em grego do NT (edição de 1550 do TR de Stephanus, compilada por M. Robinson), não permitindo acesso ao VT. Sendo assim, usei a função livro a livro no NT, e obtive uma contagem para cada livro do NT, além de uma soma total do NT (com números um pouco superiores àqueles apresentados pelo Online Bible, e ambas estas contagens eram superiores à contagem apresentada por J. Kranz).
Esta diferença de contagem era esperada, devido à diferença de manuscritos usados, mas não é preocupante. Só seria um problema se a diferença fosse significativa, mas visto que nos 32 livros consultados a diferença sempre foi bem inferior a 1%, creio que os números finais apresentados abaixo são confiáveis para uma comparação do tamanho relativo de cada livro da Bíblia.
Tendo uma lista completa da quantidade de palavras em cada livro da Bíblia, uma planilha facilmente calcula o tamanho de cada livro em relação ao todo, usando porcentagens. Usei duas colunas: uma dando o tamanho do livro em relação à Bíblia toda, e outra fornecendo o tamanho do livro em relação ao Testamento em que se encontra (sempre expresso em porcentagem).
A partir daí, é fácil obter gráficos e tabelas baseadas nos dados compilados.
Resultado
Apresento abaixo a tabela simplificada, em formato JPG. Quem tiver interesse em trabalhar com estes dados pode baixar a planilha original (formato Excel). Além dos dados contidos na tabela acima, esta também tem o autor de cada livro e o tipo de literatura (histórico, profético, carta,etc.). Com ela é possível ordenar a tabela principal para ter acesso a muitas outras comparações interessantes (qual a porcentagem da Bíblia que é histórica x profética, ou comparando os escritos de Moisés e de Lucas, etc.). Este arquivo do Excel também tem alguns gráficos, e permite a confeção de vários outros.
Wednesday, 15 July 2015
Wedding — Lorena and Renan
On the 11th of July, Elen and I gave away our eldest daughter Lorena in marriage to Renan. Both are believers in fellowship in the assembly here in Pirassununga, and we pray that they may live for the glory of God. Below are some photos of the wedding:
Flower arrangements (Elen's brother made all the floral arrangements)
"Tree" for leaving a little note to bride and groom (made by my brother-in-law Maurício, based on an idea of Elen's):
Cake and sweet-stuff (all made by Elen, including the wee tissues for "tears of happiness" :-)
Bride with proud father (bride's dress made by Elen's mum).
Various other photos:
With cousins Felipe, Jonathan and David
With Dad and Mum
The three sisters :-)
With Elen's Dad and Mum:
With Elen's family:
With Marco and Rebeca (Janice was unable to attend due to health problems)
With Anita and Mauricio:
© W. J. Watterson
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“Todo o homem põe primeiro o vinho bom e, quando já têm bebido bem, então o inferior; mas tu guardaste até agora o bom vinho”.