Sunday 26 July 2020

Meditações na quarentena (01 a 19, 5 extras)

Março e Abril

Desde o dia 21 de Março de 2020 a igreja local em Pirassununga está impossibilitada de reunir publicamente, devido à quarentena decretada no estado de São Paulo. Durante este período tenho enviado aos irmãos e irmãs da igreja local pequenas mensagens de texto para nosso ânimo mútuo. Postarei estas mensagens abaixo — talvez ajudem mais alguém.

Domingo, 22/03/2020

“Chegada a hora, pôs-Se à mesa, e com Ele os doze apóstolos” (Lc 22:14).

O Senhor Jesus Cristo preocupou-Se em estabelecer um memorial dEle para o Seu povo (do qual Ele também participa). Ele ordenou que fizéssemos isso em memória dEle apenas. E a Sua Palavra indica que a frequência correta para isso é semanal.

É chegado o dia em que deveríamos lembrar dEle no partir do pão, e não podemos nos reunir. Mas podemos repetir o que todos nós já devem ter feito no passado — talvez enfermos ou em viagem, não pudemos nos reunir com a igreja local, mas procuramos lembrar do Senhor. Não foi o ideal, mas foi o que era possível naquelas circunstâncias.

Tire um tempo hoje para lembrar dEle — e amanhã, e depois, e até que Ele volte.

Que preço amargo, ó meu Senhor,
Pagaste em meu favor;
Teu Filho amado, singular,
Deitaste sobre o altar.

“Deus Meu, por quê?” foi Seu clamor
Das trevas de horror;
Mas Deus do Céu não respondeu!
Sozinho, ali morreu!

Do Céu não houve intervenção,
Nenhuma compaixão;
A Tua espada não poupou
O Filho que Te amou.

Senhor, o que darei então
Por tanta compaixão?
Que suba deste coração
Eterna gratidão.



Terça-feira, 24/03/2020

Texto de Isaías 63:9: Em toda a angústia deles Ele [o Salvador, v. 8] foi angustiado.

Se algum salvo hoje se angustia (pela falta que as reuniões fazem, pela pandemia, ou por outra razão), é um consolo saber que o Salvador não é indiferente a essa angústia.


Domingo, 29/03/2020

A cruz

“Longe esteja de mim gloriar-me a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo” (Gl 6:14).

Quanto pode ser dito sobre a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo! Podemos começar pensando que aquela cruz não era dEle, mas minha. Ele sofreu injustamente, sem merecer. Ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades” (Is 53:5):

Injusta cruz, injusta cruz,
Na qual sofreu meu Salvador.
Injusta cruz, injusta cruz,
Pois era eu o transgressor.
Foi minha a pena que sofreu;
Foi meu o cálix que bebeu.
Injusta cruz, injusta cruz,
Jesus sofreu em meu lugar!


Também podemos pensar em quão amarga ela foi. Quem pode medir a dor que o Senhor sofreu ali? Seis horas de sofrimento intenso e profundo! “Não vos comove isto? Considerai e vede se há dor como a Minha dor!” (Lm 1:12):

Amarga cruz, amarga cruz,
De zombaria tão cruel.
Amarga cruz, amarga cruz,
Desprezo vil e amargo fel.
Jamais se viu tamanho mal
Nem tanto ódio infernal.
Amarga cruz, amarga cruz;
Estão matando o Rei, Jesus!


Pensando nisso, percebemos que a cruz é incomparável. Milhares de pessoas morreram crucificadas no passado, mas nunca houve uma morte tão horrível, pois ali “o Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos!” (Is 53:6):

Horrenda cruz, horrenda cruz,
Envolta em trevas de pavor.
Horrenda cruz, horrenda cruz,
Oh! Ouça a voz do Salvador:
“Deus meu! Por quê?” foi Seu clamor,
Desamparado em Sua dor.
Horrenda cruz, horrenda cruz,
Ah! Que mistério divinal!


Por que, então, gloriarmos em algo tão terrível? Porque a cruz é sublime nos seus efeitos, e manifesta um amor que o homem junca poderia ter inventado. “Deus prova o Seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós” (Rm 5:8):

Sublime cruz, sublime cruz,
Jesus Seu sangue ali verteu.
Sublime cruz, sublime cruz,
A vida eterna ali nasceu.
Das trevas surge santa luz,
Amor divino envolve a cruz!
Sublime cruz, sublime cruz,
Senhor, quão grande é Teu amor!


Sim, vamos gloriar na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo! Símbolo de vitória, não de derrota; de vida, não de morte; de amor; não de juízo!

Gloriosa cruz, gloriosa cruz,
Na qual Jesus venceu o mal.
Gloriosa cruz, gloriosa cruz,
Ressoa o hino triunfal!
Jesus venceu e reinará,
A cruz de horror vazia está!
Gloriosa cruz, gloriosa cruz,
Triunfa a graça sobre o mal!



Quinta-feira, 02/04/2020

“Em qualquer tempo em que eu temer, confiarei em Ti” (Salmo 56:3).

Um homem como Davi, do qual Deus disse: “... um homem segundo o Meu coração” chegaria a ter medo? Sim.

O seu medo o derrubaria? Não — “... confiarei em Ti”!

Há muitos salvos assustados hoje. Mas não há problema em ter medo; o problema é permitir que o medo nos afaste de Deus.

Como filho de Deus eu não preciso ter medo de nada; mas quando minha fraqueza produzir medo em mim, há um escape: confiar tudo (inclusive meu medo) ao Senhor.

“Em qualquer tempo em que eu temer, confiarei em Ti”.


Sexta-feira, 03/04/2020

Citação

D Williamson sobre o primeiro Cântico do Servo (Isaías 42:3):

“O Deus de graça usa canas trilhadas — não há outro tipo disponível para Ele fora de Cristo. Nunca podemos esquecer: o fracasso não precisa ser o final.”


Domingo, 05/04/2020

Glória ao Senhor (Meditações 01)

Hoje é o primeiro dia da semana — o dia em que nosso Senhor ressuscitou dentre os mortos, e o dia em que lembramos da Sua morte. Rendemos glória a Ele por tudo que Ele é, na glória da Sua Pessoa eterna, e pela perfeição da Sua obra sobre a cruz.

(a melodia do hino abaixo é a mesma do n. 310 do nosso hinário)

Glória ao Senhor, o Eterno Jeová,
O Criador.
Glória ao Senhor, que vive e reinará,
Meu Salvador!
Entronizado em glória divinal,
Cercado por um coro angelical.


Rendemos glória a Ele por trilhar, de forma tão fiel, o caminho solitário até a cruz, abandonado pelos discípulos e traído por Judas.

Quão grande a dor que veio sobre Ti,
Jesus Senhor,
Nas agonias do Getsêmani …
Oh! Que terror.
Nem zombaria, nem o açoitador
Feriram mais que o beijo traidor!


Rendemos glória a Ele quando vemos a forma tão mansa e amorosa com que Ele suportou dor inimaginável.

Com golpes secos foram perfurar
A Tua mão;
Com ódio vil quiseram magoar
Teu coração!
Mas ouço ainda a Tua oração:
“Perdoa, ó Pai, a sua transgressão!”


Rendemos glória a Ele, com lágrimas, quando lembramos que o sangue que Ele derramou foi culpa minha!

Teu sangue livremente vi correr
Ali na cruz.
Por que quiseste tanto assim sofrer,
Senhor Jesus?
O Sol se esconde ao ver tamanha dor,
Mas, oh! Senhor; sou eu o transgressor!


Rendemos glória a Ele pelo Seu eterno e perfeito amor, e desejamos viver de uma forma que lhe traga prazer.

Incompreensível foi a Tua dor
Na cruz por mim.
Imensurável Teu divino amor,
Amor sem fim.
Não poderei jamais o merecer;
Só posso, então, prostrado, agradecer.


Que Deus mantenha nossos corações atraídos a Cristo hoje e durante esta semana. Oremos para que, tão logo o Seu propósito com esta pandemia se cumpra, possamos nos reunir novamente como igreja para lembrar dEle da forma que Ele instituiu.


Terça-feira, 07/04/2020

Rotina quebrada (Meditações 02)

Lendo o livro de Ezequiel, “o sacerdote” (1:3), nos impressiona ver como Deus interferiu na vida familiar dele. Nos primeiros três capítulos Deus coloca sobre os ombros dele a responsabilidade de avisar todos sobre a vontade de Deus (3:17 em diante). No cap. 4 Deus o instrui a passar mais de um ano (390 dias) deitado em público diante de um tijolo (talvez por um tempo limitado por dia? Veja 4:8). No cap. 5 Deus o instrui a cortar o cabelo e a barba (novamente em publico; 5:1). No cap. 12 Deus o ordena a fazer um buraco na parede da sua casa e tirar seus móveis por esse buraco (12:3-7). E coisas mais exigentes ainda viriam (24:16-18).

Pra que tudo isso? A frase característica de Ezequiel responde: “Para que saibam que Eu sou o Senhor”. Para servir a Deus, Ezequiel voluntariamente permitiu que Deus quebrasse sua rotina e virasse sua vida de pernas para o ar. Ele nem sempre entendeu, mas sempre se submeteu.

Nesses dias de isolamento social, muitos de nós estão sentido falta da rotina (que antes parecia desagradável). Não sabemos por que Deus permitiu que nossa vida mudasse tanto em tão pouco tempo, e às vezes reclamamos. Mas lembremos que Ele tem um propósito com tudo que está nos perturbando, e procuremos entender a vontade dEle. E enquanto não entendemos, que possamos, como Ezequiel, nos sujeitar às “interferências” do Senhor. Ele nos ama demais para nos perturbar à toa — algo grande está sendo feito por Ele através dessa pandemia, e nós temos o privilégio de estar do lado dEle nessa crise.

Que Ele nos ajude a honrar o Seu nome.


Quinta-feira, 09/04/2020

Testemunho (Meditações 03)

[Texto recebido do irmão Nilton, MG]

“Tendo a rainha de Sabá ouvido a fama de Salomão, com respeito ao nome do Senhor” (I Rs 10:1)

O nome de Salomão era conhecido em todo o mundo naquela época; mas onde quer que alguém falasse dele, também falava do nome de Deus. Esses dois nomes, o nome de Salomão e o nome do Senhor, estavam indissociavelmente ligados: “Tendo a rainha de Sabá ouvido a fama de Salomão, com respeito ao nome do Senhor”. Que nome bom e que reputação boa! Salomão não precisou viajar muito; apenas sua reputação foi suficiente para direcionar os corações nos países mais distantes ao Senhor e torná-lo atraente.

E a nossa reputação? Com quais características se associa meu nome? Quais são as características que as pessoas lembram quando ouvem meu nome?

A reputação de uma pessoa não depende tanto de suas palavras quanto de seu comportamento. Quão bonito e valioso é quando se fala de um filho de Deus e o nome do Senhor também é mencionado em reconhecimento. Porque vivemos para ele e queremos honrá-lo! Que bênção vem de uma pessoa cujo estilo de vida prova que ele é um verdadeiro discípulo do Senhor Jesus!

“Portanto, vede prudentemente como andais, não como néscios, e sim como sábios, remindo o tempo”, e assim glorificar o Senhor em tudo! (Efésios 5: 15, 16).


Sexta-feira, 10/04/2020



O “Meditações 04” foi um pequeno vídeo.




Sábado, 11/04/2020

A generosidade de Deus —Meditações 05

Os irmãos de José quiseram matá-lo, e venderam-no como escravo. Anos mais tarde, quando foram em busca de mantimento para que não morressem de fome, José deu ordem ao seu mordomo: “Enche de mantimento os sacos destes homens, quanto puderem levar” (Gn 44:1).

Assim também Deus abençoa Seu povo com generosidade até hoje:”Meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4:19):

• Não segundo a nossa pobreza, mas segundo as Suas riquezas (repare o plural!);

• Não algumas necessidades, mas “todas as vossas necessidades”;

• Não de forma básica, mas “em glória”.

• E como? “Por Cristo Jesus”.

Deus é generoso — mas repare o final das palavras de José: “Quanto puderem levar”. Não há limite para o que Deus pode dar, mas há um limite para o que eu consigo carregar!

Será que estamos limitando, pelas nossas inconstâncias, a nossa apreciação da generosidade de Deus? O amor de Deus está derramado em nossos corações (Rm 5:5); mas estamos de coração bem aberto para Ele? Que Deus nos ajude a alargar os nossos corações para podermos receber mais da Sua generosa graça nesses dias de necessidade.


Domingo, 12/04/2020

Jesus — Meditações 06

“Jesus” é o nome que o Senhor recebeu na Sua encarnação, conforme Gabriel avisou a José (Mt 1:21) e Maria (Lc 1:31). É a forma grega do nome hebraico “Josué” e significa “Jeová é Salvador”. É um nome que revela, ao mesmo tempo, a gloriosa majestade de Jeová e a terna compaixão do Salvador! Fala da Sua justiça em condenar o pecado e da Sua graça em nos salvar!

Oh! Que nome sem igual,
Esse nome de Jesus!
Nome excelso, triunfal,
Do Senhor que foi à cruz.
Advogado e Juiz,
Companheiro e Criador;
Eis o que este nome diz:
“Jeová é Salvador!”


“Jesus” me lembra da majestade e poder de Jeová, e mostra a firmeza da minha salvação. Se Jeová me salvou, quem poderá me condenar? “Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica!” (Rm 8:33). Minha fé não está em um mero profeta, mas em Deus!

“Jeová”, o Redentor,
Majestoso em Seu poder;
Sobre todos o Senhor,
Glorioso, eterno Ser!
Invisível, imortal,
Deus eterno, Protetor.
Oh! Que nome sem igual:
“Jeová é Salvador!”


Mas além da majestade de Jeová, o nome “Jesus” também me diz que Ele é Salvador. Jeová é absolutamente puro — eu sou pecador! Como posso me aproximar dEle? Esse nome “Jesus” é a resposta — “Jeová é Salvador!” Como é doce e confortante ouvir isso!

“Salvador!” Que doce som;
Como atrai o pecador!
Sua voz, em meigo tom,
Me abraça com amor!
Perdoado nEle estou;
Ele acalma o meu temor.
Sua morte me mostrou:
“Jeová é Salvador!”


Diante da grandeza do Senhor, nos sentimos como um lambari jogado no oceano — se tivesse mil anos não conseguiria conhecê-lO por completo! Ele é mais sublime que o próprio Céu (Hb 7:26). Como descrevê-lO? Impossível — mas esse nome “Jesus” é um maravilhoso resumo da Sua Pessoa: “Jeová é Salvador”!

Ele é tudo, e muito mais
Que eu consigo descrever!
Este nome satisfaz
Todo anseio do meu ser.
Tudo o que ninguém ouviu,
A essência do Senhor,
Este nome resumiu:
“Jeová é Salvador!”


Neste primeiro dia da semana, mesmo privados do nosso privilégio de lembrar dEle coletivamente, que possamos estar cada vez mais perto do nosso Deus e Salvador.


Segunda-feira, 13/04/2020

A exaltação de Cristo — Meditações 07

Nestes últimos três domingos temos estudado em família as três grandes passagens em Efésios, Filipenses e Colossenses que falam da exaltação de Cristo.

Em Efésios é enfatizado o poder que O exaltou: “a operação da força do Seu poder que manifestou em Cristo, ressuscitando-O dentre os mortos e pondo-O à Sua direita nos Céus” (Ef 1:19-20).

Em Filipenses 2:5-11 é enfatizado o preço dessa exaltação. Antes de ser exaltado Ele humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até a morte, e morte de cruz.

E em Colossenses temos o propósito desta exaltação: “... para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude nEle habitasse” (Cl 1:18-19).

Nosso Senhor Jesus Cristo está acima de tudo e de todos, controlando tudo que acontece ao nosso redor. Por que Ele ocupa essa posição? Por causa do poder de Deus que agiu nEle, porque Ele voluntariamente humilhou-Se a Si mesmo, e porque Deus determinou que seria assim.

Os propósitos de Deus continuam sendo cumpridos hoje, e o poder de Deus continua operante hoje (até nessa pandemia? Com certeza!). Mas será que está sendo vista em nós a mesma submissão e humildade “que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2:5)?

Que nossa confiança nEle aumente mais e mais, apesar das nossas fraquezas.


Terça-feira, 14/04/2020

Manchas no Sol — Meditações 08

F. W. Boreham (1871-1959) certa vez viajava de trem pela Nova Zelândia. Fazia dias que chovia sem parar, e além da chuva os passageiros (cerca de uma dúzia) ainda precisavam se submeter ao falatório cansativo e repetitivo de um jovem cientista, empenhado em convencer a todos que a culpa pelo mal tempo era das manchas no Sol.

O trem fez uma parada, e um senhor idoso, encharcado e cansado, subiu no trem. Assim que ele se acomodou, o jovem foi sentar do lado dele e perguntou: “O senhor sabe porque está chovendo tanto?”

O velho, sem entender muito bem, deu de ombros. E o jovem não perdeu tempo: com convicção e autoridade, explicou: “É por causa das manchas no Sol!”

Irritado, o velho respondeu prontamente: “Ah, é? São as manchas no Sol? E como você pretende resolver esse problema? Diga-me: você sabe como remover aquelas manchas?”

Sem reposta, o prepotente jovem voltou para seu assento, e não perturbou mais ninguém durante aquela viagem.

Eis a aplicação que Boreham fez desse evento interessante:

“Não adianta ficar falando o tempo todos dos defeitos das pessoas ao seu redor, a não ser que você possa dizer algo, ou fazer algo, para ajudá-los a remover estas manchas no caráter delas. Eu gosto de lembrar que Aquele que veio ao mundo para confrontar o problema do pecado ... não somente revela o meu pecado, Ele resolve o problema também”. (Dreams at Sunset, pág. 13).

Pensando no outro lado da moeda, certamente há proveito em perceber os erros alheios, para que possamos evitá-los — mas confesso que preciso aprender sobre a lição das manchas no Sol.

Tacar pedras é fácil — chamar atenção para as manchas em outros não exige coragem nem muito discernimento. Mas como é difícil propor soluções! E mais difícil ainda é tornar a levantar as mãos cansadas e os joelhos desconjuntados (Hb 12:12).

Que possamos ser mais positivos, ajudando uns aos outros.


Sexta-feira, 17/04/2020

Descanso — Meditações 09

No conhecido trecho que encerra Mateus 11, o Senhor prometeu dois descansos.

Primeiro, o descanso da salvação para o pecador: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei” (literalmente, “e Eu vos darei descanso”). Nós que já somos salvos já desfrutamos dessa bênção da vida eterna.

Em segundo lugar Ele disse: “Tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas”. A palavra grega traduzida “descanso” aqui é a mesma palavra traduzida “aliviarei” no versículo anterior. Aqui não é o descanso da salvação, mas o descanso no serviço.

“Descanso no serviço” não é uma contradição? Não neste cado, pois é servindo ao Senhor que podemos desfrutar de refrigério espiritual.

E isso explica porque tantas vezes nós, salvos, estamos cansados e aflitos na nossa alma — porque queremos o descanso eterno que é consequência de crer no Senhor Jesus, mas esquecemos do descanso para a alma que é consequência de servir ao Senhor.

Você está aflito com a notícia que a quarentena foi prorrogada até 10 de Maio, ou com outro aspecto desta crise que vivemos hoje? Ouça a voz do Senhor: “Tomai sobre vós o Meu jugo [procure servir ao Senhor voluntariamente] e aprendei de Mim [procure ouvir o que Ele tem a dizer nestas circunstâncias] e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve!”

Amém.


Sábado, 18/04/2020

O Altíssimo domina — Meditações 10

Estamos diante de uma situação que nos afeta terrivelmente. Problemas espirituais (as igrejas não tem permissão para reunir), econômicos (muitos pequenos empresários e trabalhadores autônomos estão, ou estarão logo, em profunda crise financeira) e de saúde (mortes e insegurança por todos os lados).

De quem é a culpa pela pandemia, e/ou pelas consequências dela no Brasil e no mundo? Sugestões não faltam: erro humano num laboratório em Wuhan, conspiração comunista da China (ou da Rússia), conspiração capitalista para derrubar a China, conspiração do PT para derrubar Bolsonaro, maluquice do Bolsonaro, consequência inevitável do tráfego de animais silvestres, etc., etc. … De quem é a culpa?

Tenho minha opinião, e conheço irmãos que respeito que têm opiniões diferentes da minha — mas o fato importante nesta questão é que, para o cristão, não importa de quem é a culpa! Porque, afinal de contas, se a culpa é de um morcego ou de um cientista, de um comunista ou de um capitalista, a verdade é que o culpado só provocou todo este estrago porque Deus permitiu!

Salomão afirmou que o Senhor inclina o coração do rei para onde Ele quiser (Pv 21:1); Daniel afirma três vezes que “o Altíssimo domina sobre o reino dos homens” (Daniel 4:17, 25, 32) — cremos realmente nisto? Tenho curiosidade de saber as causas desta situação presente — mas independentemente de qual é a fonte deste problema, a minha reação diante dele deve ser a mesma: entender que Deus permitiu tudo isto, submeter-me humildemente à Sua vontade, e orar para que Ele me dê discernimento para saber como me comportar nesta crise.

Daniel no Exílio, Paulo na prisão, nossos irmãos martirizados, ou aqueles que enfrentaram as Guerras Mundiais, todos estes tinham a mesma promessa que nós temos hoje: Deus não permitirá que sejamos tentados além das nossas forças (I Coríntios 10:13). Ele domina sobre os reinos dos homens. Nosso futuro não depende de governos ou ideologias humanos, mas de Deus. O mesmo Deus que em breve virá nos buscar, “e assim estaremos para sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (I Ts 4:13-18)


Domingo, 19/04/2020

Vitória triunfal — Meditações 11

Hoje é novamente o primeiro dia da semana — o quarto desde que precisamos suspender temporariamente as reuniões. É dia de lembrar do Senhor. Estamos impedidos de fazê-lo como igreja, mas podemos fazê-lo em casa (a maioria de nós, em família). Não com os emblemas, obviamente (estes são para a igreja apenas), mas em espírito e em verdade.

Como é glorioso lembrar que a cruz está vazia — nunca mais o Senhor precisará oferecer-Se pelos nossos pecados. Três vezes esta verdade é repetida em Hebreus cap. 10: “… temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez … Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados … Ora, onde há remissão destes, não há mais oblação pelo pecado” (Hb 10:10, 14, 18).

Eis que a cruz está vazia — nunca mais se erguerá!
A vitória foi completa, para sempre ecoará!
Cristo de uma vez pra sempre derrotou ali o mal.
“Consumado!” Ouço ainda este brado triunfal!


Igualmente precioso é lembrar que o sepulcro também está vazio! Este é o selo de aprovação divina quanto à obra da redenção, a garantia de que os salvos que morreram também serão ressuscitados. Ele “vive sempre”, diz Hebreus 7:25. Ele ressuscitou após serem soltos os “grilhões da morte, porque não era possível que Ele fosse retido por ela” (Atos 2:24). Por que Cristo ressuscitou? Porque não era possível que a morte O segurasse!

O sepulcro igualmente não prendeu o meu Senhor!
Nem os guardas nem a pedra poderiam se interpor,
Nem as garras vis da morte conseguiram O deter!
Ressurrecto, triunfante, para sempre irá viver!


A cruz está vazia — o sepulcro está vazio — e a vitória de Cristo é confirmada quando vemos que o trono no Céu não está vazio! Tendo deixado a cruz e o sepulcro para trás, Ele assentou-Se à destra da majestade nas alturas, “feito mais sublime do que os Céus” (Hb 7:26). Quando o Sol nasce as estrelas desaparecem da nossa visão — continuam lá, mas não as vemos mais por causa do brilho excessivo do Sol. Assim é Cristo para o salvo — quando Ele enche a nossa visão, estamos satisfeitos, aonde quer que estivermos.

Mas o trono não se encontra sem herdeiro divinal;
Jesus Cristo está sentado lá na glória celestial!
Rejeitado aqui no mundo, recebido lá no Céu:
Como o Sol ofusca os astros, Cristo brilha mais que o Céu!


Glória a Deus pela cruz vazia e pelo sepulcro igualmente vazio. E glória seja dada ao Salvador glorioso que “enche os céus de luz”. Que Ele encha os nossos corações e pensamentos neste dia.


Terça-feira, 21/04/2020

Restituir-te-ei — Meditações 12

Em Joel 2:25 Deus promete livrar e restaurar Seu povo, e diz: “Restituir-vos-ei os anos que o gafanhoto comeu”. Durante anos Deus enviara pragas sobre eles por causa da sua rebeldia e pecado. Plantavam mas não colhiam, porque Deus os julgava. Anos perdidos, sem fruto e sem proveito. Nenhuma oferta das primícias era trazida ao Senhor, pois nem colheita havia!

Quantos anos perdidos já tivemos na mossa breve carreira cristã? Sentávamos no nosso lugar costumeiro, cantávamos com os demais — às vezes até nos levantávamos para orar. Mas não tínhamos nada para oferecer ao Senhor. Ou estávamos em casa, chorando e sofrendo, enfermos, e nem íamos à reunião, porque não tínhamos nada para oferecer ao Senhor.

Talvez todos nós tenhamos pensado nestes dias presentes: “Estou impossibilitado de reunir por causa desta pandemia — mas quantas vezes no passado eu poderia ter ido, e não fui! Viagens que poderiam ter sido feitas em outro horário, pequenos incômodos — até a preguiça mesmo — me roubaram este privilégio! Ah, quando tudo voltar ao normal, vou dar muito, muito mais importância às reuniões da igreja!”

Se este for o único resultado positivo dessa pandemia na minha vida, já será uma ótima coisa. Se estas poucas semanas que “o gafanhoto comeu” me levarem a valorizar mais a comunhão com Deus e com Seu povo, poderemos ter a rara (e preciosa) experiência de ver o Espírito Santo agindo com poder entre um povo que chega diante dEle com as mãos cheias. Não estaremos procurando entre as migalhas algum “resto” para o Senhor, mas tirando de cestos cheios os melhores frutos para Ele.

Não é pouco — mas não é tudo! Porque quando voltamos a Ele em arrependimento, além de prometer encher as nossas eiras de trigo (2:24), Ele ainda promete restituir o tempo perdido! Não consigo descrever isto ... Senhor, quando tudo isto passar, restitui-nos as semanas que o gafanhoto comeu! Pela Tua graça, para a Tua glória! Amém!


Quarta-feira, 22/04/2020

Oração — Meditações 13

Transcrevo os cinco pontos abaixo da revista Precious Seed:

O desafio pessoal da oração:

• Você tem horários específicos para orar?

• Você ora numa emergência?

• Você tem uma lista de oração? Ela pode ser uma forma útil de organizar seus pensamentos. Cuidado para que ela não torne suas orações meras repetições mecânicas.

• Você procura descobrir os fatos sobre uma situação, para que possa orar com mais inteligência?

• Na reunião de oração, você acompanha atentamente as palavras do irmão que está orando? E quando você ora, você lembra que outros estão ouvindo? A reunião de oração da igreja local deve ser caracterizada por orações breves e diretas, para que todos que quiserem orar possam orar.

Oremos pela igreja local em Pirassununga hoje.


Quinta-feira, 23/04/2020

Água — Meditações 14

Pedro fala de homens vãos que são como “fontes sem água” (2 Pe 2:17), semelhantes àqueles descritos por Judas: “são nuvens sem água” (v. 12). Parece que trarão refrigério, mas não têm nada para oferecer.

Em contraste, nosso Senhor promete: “Aquele que beber da água que Eu lhe der NUNCA terá sede” (Jo 4:14). Ele satisfaz plenamente e eternamente.

E quanto a nós? “Quem crê em Mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre” (Jo 7:37). Os rios de água viva com que o Senhor nos dá refrigério estão servindo para aliviar a dor e o medo daqueles que nos cercam? Ou seremos, até nós, parecidos com nuvens sem água?


Sábado, 25/04/2020

Pode ser hoje! — Meditações 15

O Arrebatamento pode ser hoje! Talvez não seja — talvez a morte chegue antes para a maioria (ou todos) que receberão esta pequena meditação. Mas Deus apresenta esta esperança da Igreja como um fato iminente, que pode acontecer literalmente a qualquer momento. Não há nenhuma profecia que precisa ser cumprida antes da volta do Senhor, e as condições ao nosso redor mostram que tudo está pronto.

Eu aguardo ansioso pela volta do Senhor,
Quando, enfim, ali nas nuvens, eu verei meu Redentor;
Toda a dor que aqui me oprime para trás eu deixarei;
Todo o mal que me envergonha nunca mais ali verei.

Eu aguardo ansioso pelo dia especial
Da entrada gloriosa lá na Pátria celestial.
Que consumação bendita! Oh, que glória sem igual!
Eu verei a majestade do Cordeiro divinal!

Eu aguardo ansioso, nada mais me prende aqui;
Já deixei de olhar em volta; olho, ó Cristo, só a Ti.
‘Stou atento, aguardando pela voz a me chamar;
Penso até que ouço os passos dEle vindo me buscar!



Domingo, 26/04/2020

Senhor meu, e Deus meu! — Meditações 16

As dúvidas e incertezas de Tomé desapareceram assim que ele viu o Senhor Jesus Cristo ressurrecto dentre os mortos (João 20:24-29). Com a fé terrivelmente abalada pelas cenas que vira alguns dias antes, ele não conseguia acreditar na ressurreição. Pobre Tomé!

Mas tente imaginar a alegria dele quando viu o seu Senhor diante dele, ainda com as marcas dos cravos nas mãos e nos pés, ainda com o lado perfurado! Que espanto, que temor — que alegria!

E nós hoje, neste primeiro dia da semana, também podemos nos alegrar na presença do Senhor. Lamentamos as muitas tribulações que nos afligem, mas sabemos que o Senhor ressuscitou — e crendo nisto, “posso crer no amanhã! Porque Ele vive, temor não há!”

Que Deus nos fortaleça e acalme em mais um dia de tristeza, dando-nos hoje a alegria de ver o Senhor pelos olhos da fé.


TOMÉ
Disseram que viram meu Senhor… (Jo 20:25)
Ah, como eu queria crer!
Mas ainda sinto forte a dor
De vê-Lo tanto ali sofrer (Lc 23:49)
Naquela cruz.

Não pode ser; é um pesadelo!
Ainda me lembro dos gestos Seus,
E de como vim a conhecê-Lo;
Estar com Ele era estar com Deus
Aqui na Terra.

Quanta coisa Ele nos ensinou!
Algumas vezes censurou-nos,
Mas a lição suprema que ficou
Foi o quanto Ele amou-nos. (Jo 13:1)
(Mesmo a mim!)

Como os demônios O temiam! (Mc 1:27, etc.)
E os doentes, vinham de todo canto. (Mc 1:32, etc.)
Até o vento e o mar Lhe obedeciam! (Mc 4:35-41)
(Quão grande foi o nosso espanto
Aquela noite!)

Ah, como eu O amava…
Estava pronto a morrer por Ele, (Jo 11:16)
E mesmo enquanto O abandonava, (Mc 14:50)
Lá no jardim, queria estar com Ele.
(Apesar do medo)

Não é possível; é um pesadelo!
Ele não podia morrer! Não podia!
Ainda ouço o golpe seco do martelo, (Mt 27:35)
A zombaria imunda que dizia:
“Desça da cruz!” (Mt 27:40)

Eu O vi morrer! Sim, eu vi! (Lc 23:49)
Eu ainda Te amo, Senhor,
Mas eu Te vi morrer! Eu vi!
E nem o tempo apagará a dor
Que me oprime.

Disseram que viram meu Senhor…
Mas se eu não sentir o sinal dos cravos,
Sinais da Sua horrível dor;
Se não puser a mão no Seu lado,
Não crerei. (Jo 20:25)

Mas o que é isto? [“Paz seja convosco”] (Jo 20:26)
É o meu Senhor! O mesmo que morreu!
Vejo Suas mãos, Seu lado, Seu rosto!
É o meu Deus! “Senhor meu,
E Deus meu!” (Jo 20:28)
(10/05/2001)



Segunda-feira, 27/04/2020

Eles tentaram — Meditações 17

(traduzido de um texto de A. J. Higgins, irmão dos EUA, autor de “Casamento e Família”)

• “Não durante a festa” (Mt 26:5);

• “Diziam … Não escrevas, O Rei dos Judeus” (Jo 19:21);

• “Os judeus … rogaram a Pilatos que se lhes quebrasse as pernas” (Jo 19:31);

• “Puseram a Sua sepultura com os ímpios”

Houve pelo menos quatro coisas que os líderes dos judeus planejaram para Cristo: (1) queriam prendê-lo e crucificá-lo em outro dia, não na Festa da Páscoa; (2) quiseram mudar o título que Pilatos colocou sobre a cruz; (3) tentaram fazer com que Suas pernas fossem quebradas; e (4) planejaram enterrá-lO numa vala comum com malfeitores.

Mas os propósitos divinos não podem ser frustrados. Deus havia anunciado, na tipologia e em profecia, que o Cordeiro de Deus seria sacrificado na Páscoa. E Deus usou Maria e sua unção do Senhor para incentivar Judas a fazer seu acordo nefasto com os líderes, passando por cima das reservas dos judeus quanto à data.

Ele usou a teimosia de Pilatos e seu desprezo pelos judeus para anular a petição sobre o título na cruz. Pilatos estava cansado das exigências deles, e não cedeu.

Deus havia declarado pelo profeta que “nenhum dos Seus ossos será quebrado”, e o soldado romano que veio quebrar Suas pernas viu que Ele já estava morto, e não as quebrou. Será que foi por frustração ou maldade que ele então perfurou Seu lado? Não sabemos — mas Deus frustrou os planos dos judeus novamente.

Um sepultamento era algo importante para os judeus. Sua intenção era que o Senhor Jesus tivesse um enterro vergonhoso. Se tivessem conseguido seu intento, um dos principais argumentos relacionados à ressurreição teria sido frustrado. Mas José de Arimatea pediu a Pilatos o corpo do Senhor e preparou um sepultamento digno de um Rei. Deus interferiu novamente!

Os instrumentos que Deus usou para cumprir Sua Palavra em relação ao Seu Filho foram variados. Nestas quatro ocasiões, o Senhor Jesus mesmo não agiu, mas esperou que Deus agisse em fidelidade para cumprir a Sua palavra.

Este mesmo Deus ainda está em controle hoje. “Crês tu isto?” (Jo 11:26).


Quarta-feira, 29/04/2020

Soberania de Deus — Meditações 18

(A. J. Higgins, Truth and Tidings)

Duas vezes no Novo Testamento lemos de decretos feitos pelo imperador de Roma.

Em Lucas capítulo dois lemos do decreto ordenando que todos voltassem às suas cidades para um censo. O resultado é a história bem conhecida da viagem, de José e Maria, de Nazaré até Belém para o nascimento do Senhor Jesus. O decreto de César foi um instrumento divino para o cumprimento de Miquéias 5:2.

Anos depois, outro César publicou um decreto que afetou a vida de milhares de pessoas — todos os judeus deveriam deixar Roma (Atos 18). Outro casal (Aquila e Priscila) tiveram que deixar sua casa e partir, por causa dos caprichos de um homem mau.

Mais uma vez, porém, por trás do decreto de César havia o desígnio de Deus — estabelecer uma igreja local na cidade imoral e perversa de Corinto. Logo depois que esse casal chegou em Corinto, Paulo também chegou — e a casa deles tornou-se a base para a obra do Evangelho naquela cidade.

Ao nosso redor, o mundo está mergulhado no caos, mas nos conforta saber que Deus continua em controle. Não usamos a soberania de Deus como um mecanismo de fuga — mas descansamos nela com confiança absoluta na Palavra de Deus.


Quinta-feira, 30/04/2020

Provisão proporcional à necessidade — Meditações 19

Um pequeno detalhe na vida de Elias ilustra a misericórdia de Deus. “Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece daqueles que O temem. Pois Ele conhece a nossa estrutura; lembra-Se de que somos pó” (Sl 103:13-14).

Em três situações distintas Elias recebeu alimento da parte de Deus de forma milagrosa. Comparando estas três situações na sua ordem cronológica, vemos que, à medida que o ânimo de Elias diminuía e sua tristeza aumentava, a provisão de Deus se tornava mais especial e preciosa:

• Logo no começo do seu ministério, cheio de coragem e vigor, Elias foi alimentado por corvos (I Rs 17:4);

• Quando o ribeiro Querite secou e Elias começou a sentir os efeitos da sua fidelidade a Deus, Deus o alimentou através de uma viúva (I Rs 17:9);

• Quando ele fugiu para o deserto e pediu que Deus tirasse a sua vida, Deus o alimentou através de um anjo (I Rs 19:5-7 — possivelmente o próprio Senhor; veja a expressão “Anjo do Senhor” no v. 7). 

Ser alimentado por corvos era algo impressionante e milagroso; mas corvos eram animais imundos para o povo de Israel. Ser alimentado por uma mulher era algo muito mais confortante (mesmo sendo um mulher viúva, pobre, sem recursos). Mas nada poderia se comparar ao privilégio de ser alimentado por um anjo de Deus. E Deus reservou este privilégio para a hora de maior fraqueza do Seu servo.

Podemos confiar na fidelidade de Deus, que sempre cuidará de nós em qualquer circunstância. E podemos nos alegrar na misericórdia de Deus, que reserva as mais sublimes bênçãos para os momentos de maior provação e dificuldade. 



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Dois detalhes sobre Isaías 53

Isaías 53 contém o quarto Cântico do Servo (que inclui os últimos três versículos do cap. 52). Qual seria o centro deste Cântico?