Sunday, 20 September 2020

Salmo 93 (c) — Meditações 157

Desde o dia 21 de Março de 2020 a igreja local em Pirassununga esteve impossibilitada de reunir normalmente, devido à quarentena decretada no estado de São Paulo. Hoje já podemos reunir (com restrições) — estamos gratos por isso, mas não é o ideal. Durante este período tenho enviado aos irmãos e irmãs da igreja local pequenas mensagens de texto para nosso ânimo mútuo. Estas mensagens estão sendo arquivadas aqui — talvez ajudem mais alguém.

Quarta-feira, 16/09/2020

Salmo 93 (c) — Meditações 157

No começo do mês pensamos sobre o Salmo 93 de forma geral, e mais detalhadamente sobre os vs. 1 e 2: “O Senhor reina!”

Esses dois versículos descrevem um período de tranquilidade — parece que não há oposição nenhuma! O Senhor reina; o mundo está firme; tudo está tranquilo desde a eternidade.

Mas será que não há mesmo nenhuma oposição a Ele? Infelizmente, há — e este é o assunto dos vs. 3 e 4. De forma poética, o v. 3 repete três vezes a palavra “rios”, descrevendo figurativamente o ódio dos homens contra o Senhor:

Os rios levantam, ó Senhor,

Os rios levantam o seu ruído,

Os rios levantam as suas ondas.

Ouvimos esse ruído e vemos essas ondas por todos os lados hoje. Os intelectuais afirmam que Deus não existe; os imorais vivem como se nunca tivessem que prestar contas a Ele; e as coisas ficam piores a cada ano! Nós, salvos, muitas vezes, nos sentimos como os discípulos no meio da tempestade; corremos para o Senhor, clamando: “Senhor, salva-nos, que perecemos!” (Mt 8:25).

Mas não há motivo para desespero. Veja o Salmo — o que muda quando há oposição? Nada! O Senhor continua reinando:

O Senhor nas alturas é mais poderoso

Do que o ruído das grandes águas

E do que as poderosas ondas do mar!

As ondas são poderosas? O Senhor é mais poderoso! As ondas assustam? Mas elas passam, e o Senhor continua reinando!

Na cidade onde meu pai nasceu há um lugar chamado pelo povo local de “Banheira do Diabo”. Num desfiladeiro com cerca de 80 metros de comprimento e paredes de rocha de cerca de 15 metros de altura, as ondas do mar entram com fúria, e se quebram na parede de rocha no final do desfiladeiro, jogando sua espuma para cima. A cena, com o barulho das ondas, é impressionante em qualquer circunstância — quando o mar está bravio então, nem se fala.

Mas a fúria do mar é uma fúria inútil, pois as ondas “levantam o seu ruído” todo dia, e têm feito durante milênios — e a rocha continua inabalável. Entra ano, sai ano; entra século, sai século — a rocha continua segurando o ímpeto das águas.

Assim é o nosso Deus. Ele reina, e Seu reino é inabalável. Podemos dizer com o Salmista: “Só Ele é a minha Rocha, e a minha salvação, e o meu alto refúgio; não serei jamais abalado” (Sl 62:6). 



Acima, uma gravação caseira (sem som) do lugar mencionado. Gravei em 2011, num dia calmo — dá pra imaginar como fica numa tempestade.

© 2020 W. J. Watterson

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