Quarta-feira, 30/09/2020
Unguento derramado (iii) — Meditações 171
“… unguento derramado é o Teu nome” (Ct 1:3).
Já pensamos que o unguento derramado é notório (todos por perto percebem) e também fica exposto (revela sua verdadeira natureza). Completando esta pequena tríade de comentários, quero mencionar o sacrifício envolvido no ato de derramar unguento.
Unguento num frasco pode ser guardado por muitos anos, e, se usado com economia, seu perfume pode ser apreciado por muito tempo — uma vez derramado, porém, ele se foi para sempre.
Quando Maria quis agradecer ao Senhor por tudo que Ele fizera, e ungir o Seu “corpo para a sepultura”, ela não se contentou em pingar algumas gotas do unguento sobre a cabeça do Senhor, mas, “quebrando o vaso, lho derramou sobre a cabeça” (Mc 14:3). Foi um ato de entrega completo, sem arrependimento.
O Pai e o Espírito habitavam na glória do Céu em plena e pura comunhão com o Filho amado — um vidro do mais precioso perfume. Era um unguento insubstituível — nenhum nome, nem nos Céus nem na Terra, podia ser comparado com Jesus Cristo nosso Senhor. Uma pequena gota daquele perfume teria sido suficiente para nos satisfazer por milhares de anos. Se Deus apenas nos mostrasse um pouco da glória dEle, ficaríamos encantados — mas isto não removeria nosso pecado.
Então Deus agiu sem reservas — o vaso foi quebrado e o unguento foi derramado! Seu Filho foi entregue de forma absoluta, entregue até à morte, e morte de cruz. E o doce aroma dessa entrega espalha seu perfume aos quatro cantos da Terra, até hoje!
Ao dar-nos o Seu Filho unigênito, Deus deu tudo que tinha, e deu plenamente!
Que possamos derramar corações transbordando de gratidão perante este grande Salvador e Senhor, que é digno de eterna glória. Seu nome, realmente, é como unguento derramado.
© 2020 W. J. Watterson
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