Domingo, 06/12/2020
Apocalipse 1:7 — Meditações 238
Após João ter falado um pouco do Senhor, do que Ele é e do que Ele fez por nós, temos agora uma promessa da Sua vinda. Repare alguns detalhes.a) A afirmação. “Eis que vem”. A referência aqui é à vinda dEle até a Terra no final da Tribulação — é precioso lembrar que, pelo menos sete anos antes desta Vinda, nosso bendito Senhor virá aos ares para nos levar com Ele à casa do Pai! Quem dera fosse hoje! Desde o dia da Sua ascensão os discípulos de Cristo aguardam a Sua vinda. As epístolas mostram que eles esperavam a vinda do Senhor com mais certeza do que aguardavam a morte!
b) A aparição. “Com as nuvens”. Quando Ele partiu da Terra lemos que Ele “foi elevado às alturas, e uma nuvem O recebeu, ocultando-O a seus olhos” (At 1:9). E naquele dia os anjos anunciaram que “esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no Céu, há de vir assim como para o Céu O vistes ir” (v. 11). Uma vez as nuvens O ocultaram da vista dos homens, e uma outra vez as nuvens irão se abrir para revelá-Lo novamente aos homens. Não mais como o Homem rejeitado, porém agora como o Messias glorificado. Não mais para morrer, mas para exercer “domínio e honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas O servissem: o Seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o Seu reino o único que não será destruído” (Dn 7:13-14).
c) O alcance. “E todo olho O verá, até os mesmos que O traspassaram”. Será uma vinda de alcance universal. Todos os habitantes da Terra irão vê-lo. Não podemos saber como é que isto irá se cumprir literalmente, mas as palavras são claras: todo ser humano vivo irá vê-Lo. O Senhor irá Se revelar, porém, para uma nação em especial, a nação dos judeus, “os mesmos que O traspassaram”. Estas palavras nos lembram de Zacarias: “E olharão para Mim, a quem traspassaram” (Zc 12:10). É mais uma das muitas provas de que Jesus é Jeová. O Senhor Jeová diz, por intermédio de Zacarias, palavras que só podem ter saído da boca do Senhor Jesus!
d) A angústia. “E todas as tribos da Terra se lamentarão sobre Ele”. Será um dia glorioso, porém terrível. Não será, de forma alguma, um dia de alegria para a humanidade; pelo contrário, será (para os incrédulos) o dia mais negro na Sua história. Desde a queda no jardim do Éden o homem tem se afastado de Deus. Deus tem sido misericordioso, mas a humanidade tem cuspido em Seu rosto. Ele enviou Seu único Filho, a quem amava; com insolência e atrevimento, gritaram: “Fora daqui com este. Crucifica-o!” Escolheram Satanás como seu príncipe, e crucificaram ao Senhor da glória. Prostraram-se perante a besta e o anticristo, e blasfemaram do Cristo de Deus. Agora, chegou a hora do acerto de contas. As nuvens darão passagem ao Rei da glória, e a humanidade verá Aquele a quem traspassaram. Nem mesmo o mais otimista dos homens terá esperança naquela hora, quando vir “o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do Céu, com poder e grande glória” (Mt 24:30). Estará tudo acabado. Uma multidão, em prantos, irá aguardar a condenação que sabem que merecem. Sim, será o dia mais negro na história da humanidade; eles verão a glória dAquele a quem traspassaram, e todas as tribos da Terra se lamentarão sobre Ele (compare Zc 12:10-14).
Para os salvos, porém, que dia glorioso! Estaremos seguindo o Senhor naquele dia (Ap 19:14), e participaremos no juízo de Deus contra uma humanidade rebelde e pecadora (Ap 19:15-21). Um dia solene devido ao juízo que irá cair, mas um dia glorioso em seus feitos, inaugurando o Reino Milenar — mil anos de paz e justiça aqui na Terra.
Logo no início deste livro de Apocalipse, o Senhor quer destacar este fato glorioso: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho O verá … Sim. Amém!”
“Ora vem, Senhor Jesus!” (Ap 22:20).
© 2020 W. J. Watterson
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