Thursday, 17 December 2020

Contrastes em Isaías (c) — Meditações 249

Desde o dia 21 de Março de 2020 a igreja local em Pirassununga esteve impossibilitada de reunir normalmente, devido à quarentena decretada no estado de São Paulo. Hoje já podemos reunir (com restrições) — estamos gratos por isso, mas não é o ideal. Durante este período tenho enviado aos irmãos e irmãs da igreja local pequenas mensagens de texto para nosso ânimo mútuo. Estas mensagens estão sendo arquivadas aqui — talvez ajudem mais alguém.

Quinta-feira, 17/12/2020

Contrastes em Isaías (c) — Meditações 249

Finalizando esta pequena trilogia, veja as palavras de Isaías 60:19-20:

Nunca mais te servirá o Sol para luz do dia,
  Nem com o seu resplendor a Lua te iluminará; 
Mas o Senhor será a tua luz perpétua, 
  E o teu Deus a tua glória.
Nunca mais se porá o teu Sol,
  Nem a tua Lua minguará;
Porque o Senhor será a tua luz perpétua, 
  E os dias do teu luto findarão.

“Epa!” diz o tolo; “O v. 19 diz que não haverá mais Sol nem Lua, e o v. 20 diz que o Sol e a Luz nunca irão se pôr! É uma contradição!”

Mas uma leitura mais cuidadosa mostra um pouco da glória futura reservada para os salvos. O texto não diz que não haverá Sol ou Lua — apenas diz que não serão estes astros que iluminarão a nova Jerusalém. Como diz Apocalipse 21:23: “A cidade não necessita de Sol nem de Lua para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada”.

Parafraseando as palavras de Isaías, sugiro que o sentido seja mais ou menos este: “Jerusalém, naqueles dia não haverá dia e noite para ti, como no resto do mundo — será um eterno dia, pois a santa cidade não precisará nem do Sol nem da Lua. O Senhor será a tua luz perpétua, e Deus será a tua glória. Isto não quer dizer que o Sol e a Lua deixarão de existir, mas simplesmente que, em Jerusalém, ninguém perceberá quando o Sol se pôs ou quando a Lua minguou, pois haverá uma luz muito mais gloriosa iluminando-te constantemente. Deixe-me repetir, Jerusalém: o Senhor será a tua luz perpétua — perpétua!

Já imaginou contemplar a glória de um dia que nunca termina? Quando “ao cair da tarde haverá luz”? (Zc 14:7). No resto do mundo provavelmente permanecerá o mesmo ciclo durante o Milênio — o Sol se pondo para a Lua surgir radiante. Mas em Jerusalém haverá uma luz perpétua. Cada ano multidões do mundo inteiro subirão a Jerusalém “para adorar o Rei, o Senhor dos Exércitos” (Zc 14:16) — e imagino que, pelo resto do ano, estarão comentando sobre a glória da cidade onde o dia nunca acaba; onde nem Sol nem Lua chamam a atenção, pois o Senhor é a luz perpétua!

Imagino que, centenas de quilômetros de Jerusalém, pessoas ficarão de costas para a Lua, contemplando, no meio da noite, aquele brilho distante no Céu. Talvez alguém diga ao seu companheiro: “Ano passado foi a sua vez de ir a Jerusalém ver o Senhor — este ano serei eu. Será que é tão bom quanto a gente ouve dizer?”

“Ah, irmão, é mil vezes melhor! Ver o Senhor na glória do dia que nunca acaba é incomparável! Acho que a única coisa melhor do que poder ir a Jerusalém na Festa anual é fazer parte da Igreja, que está com Ele o tempo todo! Isso sim é bênção!”

Ah, irmãos, que glória nos aguarda!


© 2020 W. J. Watterson

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