Thursday 24 December 2020

Um decreto estranho — Meditações 256

Desde o dia 21 de Março de 2020 a igreja local em Pirassununga esteve impossibilitada de reunir normalmente, devido à quarentena decretada no estado de São Paulo. Hoje já podemos reunir (com restrições) — estamos gratos por isso, mas não é o ideal. Durante este período tenho enviado aos irmãos e irmãs da igreja local pequenas mensagens de texto para nosso ânimo mútuo. Estas mensagens estão sendo arquivadas aqui — talvez ajudem mais alguém.

Quinta-feira, 24/12/2020

Um decreto estranho — Meditações 256

“E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse ... E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. E subiu também José da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), a fim de alistar-se com sua mulher Maria, desposada com ele, a qual estava grávida” (Lc 2:1-5).

O decreto de César deve ter trazido muito transtorno para o jovem casal de Nazaré. Enfrentar uma viagem de 150 km, provavelmente a pé, com a esposa grávida e o dinheiro limitado, não deve ter sido fácil. Será que José se irritou com a ordem caprichosa do Imperador? Será que reclamou?

Nada foi registrado — mas o que está registrado é que este decreto foi usado por Deus para cumprir as Escrituras. Havia sido profetizado que o Cristo nasceria em Belém, e o lar escolhido por Deus para receber Seu Filho era em Nazaré. Portanto Deus moveu o coração do Imperador para editar um decreto que cumpriria a vontade dEle!

É confortante saber que Deus tem este poder — mas ainda fica a pergunta: por que solucionar o problema desta forma? Por que Deus não falou diretamente com José, mandando ele ir a Jerusalém (como fez pouco depois ao mandar ele ir ao Egito)? Por que não enviar um anjo, como fez quando anunciou o nascimento do Senhor?

Não sabemos. Hoje, vendo como tudo aconteceu, percebemos que Deus planejou tudo: a multidão em Belém, as pousadas lotadas, nenhum lugar para eles — tudo estava de acordo com o plano de Deus para o Messias.

E José, sem saber o que Deus planejava, simplesmente cumpriu seu papel como pai de família, e assim participou do plano divino. Ele fez o melhor que pôde, nas circunstâncias, para cuidar da sua esposa grávida, e viu a vontade de Deus sendo cumprida não só na vida dele, mas para toda a humanidade, ao nascer o Salvador do mundo.

Nunca esqueçamos que governantes decretam, mas Deus controla o curso das circunstâncias.

“Como ribeiros de águas, assim é o coração do rei na mão do Senhor, que o inclina a todo o Seu querer” (Pv 21:1).

“O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos” (Pv 16:9).


© 2020 W. J. Watterson

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