Terça-feira, 08/12/2020
Velocidade variável — Meditações 240
Gênesis cap. 18 mostra um contraste interessante em um dia na vida de Abraão — agitado e apressado no início, lento e hesitante no final.O dia começou com uma necessidade óbvia e simples: três “forasteiros” (só depois ele descobriu a identidade deles) precisando de uma refeição. Diante dessa necessidade, Abraão agiu com rapidez. Veja a ênfase que o Espírito Santo dá a isto:
“Vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra ... Apressou-se, pois, Abraão para a tenda de Sara e lhe disse: Amassa depressa três medidas de flor de farinha e faze pão assado ao borralho. Abraão, por sua vez, correu ao gado, tomou um novilho, tenro e bom, e deu-o ao criado, que se apressou em prepará-lo” (vs. 2-7).
Depois do almoço, porém, nos deparamos com um dos diálogos mais lentos e compassados da Bíblia (vs. 22 a 33). Fica nítido que Abraão está pensando antes de falar, medindo cada palavra. “Se houver cinquenta justos ...” — ele vai diminuindo o número a 45, 40, 30, 20, e finalmente 10, claramente tentando discernir o plano de Deus sem dar a impressão de estar questionando o Senhor.
Convém aprender com esse “amigo de Deus”. Quando estamos envolvidos com as coisas cotidianas e o caminho é claro, toda pressa é pouca — em situações novas, onde o caminho é desconhecido, toda cautela é pouca!
Ou, em outras palavras, quando sei o que Deus espera (no sentido de “expectativa“) de mim em determinada situação, não convém esperar (no sentido de “demora”) — mas quando não tenho certeza, devo esperar até saber o que fazer.
Que Deus nos ajude a sermos mais diligentes no que Ele já revelou, e mais pacientes naquilo que ainda está oculto.
© 2020 W. J. Watterson
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