Quinta-feira, 04/03/2021
Responsabilidade — Meditações 326
Poucos dias atrás me deparei com o texto abaixo no comentário Ritchie de Êxodo que estou editando:“O Senhor deu o maná, mas eles teriam de colhê-lo, e se não o fizessem ficariam com fome. Ele o providenciaria, mas eles teriam de ser diligentes e participarem daquilo suprido pelo Céu, um princípio ainda em vigor hoje.”
Sim, “um princípio ainda em vigor hoje”. Confiamos em Deus para nos proteger, mas fazemos uso de portões e cadeados, médicos e remédios, etc. A soberania dEle não anula a nossa responsabilidade de agir, nem as nossas ações anulam nossa dependência dEle.
Deixar o carro destrancado no centro de São Paulo, com a chave no contato, e depois que ele for roubado dizer: “Deus permitiu!”, é jogar sobre Deus a culpa da nossa negligência. Se Ele nos dá inteligência e capacidade para proteger o que é nosso (bens, saúde, família), é pecado não fazer assim.
Por outro lado, pensar que só porque tenho alarme e seguro no carro estou garantido, é presunção. O Salmista diz: “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl 127:1). Eu preciso edificar e vigiar — mas se Deus não abençoar meus esforços, é tudo em vão!
Edificar e vigiar, e achar que o sucesso está garantido, é loucura; deixar de fazê-los e achar que Deus vai suprir minha omissão, é presunção. Sábio é aquele que faz o melhor que pode, mas entende que tudo é inútil sem a benção de Deus.
“Porém nós oramos ao nosso Deus, e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite” (Neemias 4:9). Disse o Senhor: “Vigiai e orai” (Mt 26:41).
© 2021 W. J. Watterson
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