Quinta-feira, 25/03/2021
Também querer — Meditações 347
Como é gostoso quando um versículo conhecido fala conosco de uma forma inédita — sentimos como se o Senhor mesmo (escrevo com reverência) sussurrasse aquelas palavras ao nosso coração!Hoje fui despertado ao ler II Coríntios 8:10. Falando sobre as contribuições deles, Paulo diz: “Desde o ano passado, começastes; e não foi só praticar, mas também querer”!
Pode parecer insignificante, mas eu nunca tinha percebido que a ordem das palavras aqui não é a comum, mas o inverso! Ouvimos muito sobre a necessidade de não sermos só teóricos, não ficar só no campo das intenções — “não basta querer, é preciso fazer!” Aqui temos o contrário — não basta fazer, é preciso querer!
Não anulo, claro, o incentivo mais conhecido. Sem dúvida é verdade que boas intenções, por si só, não ajudam ninguém. Se não queremos ser taxados de hipócritas, não podemos ficar só na teoria — é necessário pôr em prática nossa teoria, e praticar o que pregamos.
Mas aqui vemos o outro lado da moeda. O Espírito Santo usa Paulo para elogiar estes cristão por fazerem uma boa obra, e acrescenta este elogio extra: “Não foi só praticar, mas também querer! Vocês não só fizeram — vocês fizeram porque quiseram!” Fazer é bom — fazer com gosto é muito melhor!
Podemos aplicar este princípio a tudo que fazemos, servindo de boa vontade, alegremente: “E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis” (Cl 3:23-24).
O contexto específico de II Coríntios 8:10 fala das contribuições dos salvos. Como estamos nesta área tão importante? Alguns gastam tudo que recebem consigo mesmos; outros oferecem uma parte ao Senhor, mas de má vontade, quase que por obrigação. Quão bem melhor desejar ardentemente contribuir com o Senhor e com Sua obra, alegremente abrindo nossas mãos para devolver a Ele um pouquinho do muito que Ele nos deu!
Que possa ser dito de nós: “Contribuístes, e não foi só praticar, mas também querer!”
© 2021 W. J. Watterson
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