Quinta-feira, 11/03/2021
Uma visão única — Meditações 333
A narrativa da conversão de Paulo (Atos 9) tem uma repetição interessante, que realça o caráter único da experiência dele. Diferentemente do eunuco e de Cornélio (caps 8 e 10), Deus não enviou um servo para falar com Paulo, mas revelou-Se diretamente a ele na estrada para Damasco. Ele viu “um resplendor de luz do Céu“, e diz o texto sagrado: “Os homens que iam com ele pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. E Saulo levantou-se da terra, e, abrindo os olhos, não via a ninguém” (9:7-8).A repetição da expressão “não ver ninguém”, em dois contextos diferentes, ilustra dois detalhes sobre a visão que Paulo teve:
a) ela foi particular — ninguém mais viu o que Paulo viu. Aplicando isto figurativamente, tanto aqui como no cap. 22 é enfatizado que todo o grupo viu alguma coisa, mas houve detalhes que só Paulo discerniu (as palavras ditas, por exemplo; 22:9). O encontro não foi coletivo — foi só entre o Senhor e ele!
b) ela foi dominante — depois de ver o Senhor, Paulo não viu mais ninguém. Novamente aplicando isto figurativamente, o encontro com o Senhor mudou totalmente a visão de Paulo. Não foi algo visto de relance, e depois tudo seguiu seu curso normal — foi algo realmente transformador.
Há coisas que são para todos — mas todos nós precisamos de experiências como as de Paulo na estrada para Damasco. Experiências que não podemos repartir (são particulares demais) e que não podemos ignorar (são profundas demais). Separar tempo para estar a sós com Ele é essencial! Também é possível estar num grupo, e ter uma experiência individual com Deus — como Paulo, e Ezequiel (veja Ez 20:1-3).
Que estejamos sempre atentos aos pequenos detalhes, querendo aprender mais e mais de Deus.
“O segredo do Senhor é com aqueles que O temem; e ele lhes mostrará a Sua aliança” (Sl 25:14).
© 2021 W. J. Watterson
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