Monday 9 November 2020

O amor de Cristo — Meditações 211

Desde o dia 21 de Março de 2020 a igreja local em Pirassununga esteve impossibilitada de reunir normalmente, devido à quarentena decretada no estado de São Paulo. Hoje já podemos reunir (com restrições) — estamos gratos por isso, mas não é o ideal. Durante este período tenho enviado aos irmãos e irmãs da igreja local pequenas mensagens de texto para nosso ânimo mútuo. Estas mensagens estão sendo arquivadas aqui — talvez ajudem mais alguém.

Segunda-feira, 09/11/2020

O amor de Cristo — Meditações 211

Ocorrências de palavras ou assuntos

Sendo hoje segunda-feira, quero continuar o assunto interessante de grupos de três na Bíblia. Sábado pensamos em três contextos onde lemos que “Jesus amou” alguém, com destaque para o nome “Jesus” (o nome que enfatiza a Sua humanidade). Hoje quero destacar as únicas três ocorrências no NT da expressão “o amor de Cristo”. Todas elas estão nas epístolas, e aqui a ênfase é no nome “Cristo” — equivalente grego do hebraico “Messias”, o Escolhido, o Ungido de Deus.

a. Nossa segurança em Cristo — “Quem nos separará do amor de Cristo?” (Rm 8:35). Aqui é destacada a certeza eterna que o cristão tem, de que ninguém, e nada, poderá nos separar do amor do nosso Salvador. Como posso pensar em perder a salvação se o Salvador me ama? Como imaginar que Ele poderá me condenar, se nada pode me separar do Seu amor? O cristão tem certeza eterna da sua salvação porque ele descansa no amor de Cristo.

b. Nosso serviço para Cristo — “O amor de Cristo nos constrange” (II Co 5:14). Aqui a ênfase recai sobre a nossa responsabilidade de proclamar o “ministério da reconciliação” (v. 18), porque “o amor de Cristo nos constrange”. Como não viver para Ele, se Ele morreu por mim (v. 15)? Como ficar calado diante de tal amor? O cristão sente-se “forçado”, constrangido a pregar o ministério da reconciliação — não por medo de represálias ou disciplina, mas constrangido pelo amor!

c. Nossa satisfação com Cristo — “… e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento” (Ef 3:19). Aqui o apóstolo fala da necessidade de conhecermos este amor — “conhecer” no sentido de comunhão, conhecimento prático. Se formos fortalecidos pelo Espírito (v. 16), e pela fé Cristo habitar em nossos corações, arraigados e alicerçados em amor (v. 17), poderemos conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento. Isso, sim, é um conhecimento que vale a pena estudar diligentemente para obter!

Assim, o Espírito Santo coloca um marca nestes três trechos (como a geração moderna usa hashtags) para nos ajudar a perceber o quadro que eles, juntos, formam. E que quadro lindo: o amor de Cristo é aquilo que me dá segurança presente e eterna, que me estimula a serviço dedicado e constante, e que satisfaz as aspirações do meu espírito.

Se dia a dia amado for
Com sempiterno e santo amor,
E for comigo o Salvador;
Que temerei?

O que o futuro tem pra mim
Oculto está; mas mesmo assim,
Se o amor de Cristo não tem fim,
Que temerei?

O Seu amor não mudará;
Ele é fiel, não faltará;
Jamais Jesus me deixará;
Que temerei?

(H. e C. 382).


© 2020 W. J. Watterson

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