Domingo, 21/02/2021
Laodiceia (b) — Meditações 315
Continuando o assunto começado ontem, pensemos sobrea avaliação da igreja.
Esta carta destaca algumas características do relacionamento entre o Senhor e Suas igrejas que convém destacar:
a) As igrejas existem para o Seu prazer (v. 16). Laodiceia estava a ponto de ser vomitada pelo Senhor porque não agradava mais a Ele. Independentemente de qualquer utilidade que ela tinha ou deixava de ter, se não agradava ao Senhor ela não continuaria a existir. Quão grande é este Senhor para quem as igrejas existem. Lembremos que agradar a Ele é nossa primeira ocupação. Não estamos aqui para agradar os irmãos ou impressionar os incrédulos, mas sim, trazer prazer ao nosso Senhor.
b) Ele supre as necessidades das Suas igrejas (v. 17-18). O Senhor diz: “Aconselho-te que de Mim compres …” Tudo aquilo que Laodiceia poderia precisar (ouro provado no fogo, vestes brancas, e colírio) estava nEle. Se quisermos ter algum valor espiritual (ouro provado), se quisermos ter dignidade espiritual (vestes brancas), se quisermos ter discernimento espiritual (colírio) — qualquer que seja a minha necessidade, Cristo tem a solução.
c) Ele disciplina Suas igrejas (v. 19). Assim como foi destacado na carta à igreja em Sardes (3:3), o Senhor tem um cuidado prático para com as Suas igrejas, e não permite que elas errem sem serem corrigidas e disciplinadas por Ele. Vemos aqui uma lição preciosa, que é frequente na Bíblia: o Senhor disciplina por amor! Veja também Hebreus 12:6, onde a mesma verdade é aplicada às nossas vidas individuais.
d) Ele quer ter comunhão com os Seus (v. 20). É quase inacreditável pensar que este grande Rei e Senhor apresentado no Apocalipse bata na nossa porta, querendo entrar e ter comunhão conosco! Não somos nós que batemos à porta do Céu pedindo admissão — Ele é quem vem até nós. O assunto aqui não é salvação, mas a comunhão prática com aqueles que já são salvos. Mesmo que a igreja toda estivesse morna, alguém ali no meio poderia abrir a porta do seu coração e pessoalmente ter comunhão com o Senhor.
O apelo ao indivíduo
Ao vencedor é prometida a glória e o privilégio de reinar com Ele, sentando-se no Seu trono. A autoridade do Senhor é implicitamente reconhecida, quando Ele diz que Ele mesmo dará ao vencedor o direito de sentar-se com Ele no Seu trono, e quando Ele diz que “venceu” e Se assentou com o Pai no trono.
Uma leitura superficial do versículo sugere que o vencedor terá o mesmo privilégio que o Senhor teve. As palavras gregas nikao (“vencedor”), kathizo (“assentar”) e thronos (“trono”) são repetidas tanto do Senhor quanto dos vencedores: “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono, assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono”. Num certo sentido, é realmente isto que o Senhor promete: a glória que foi dada a Ele, de sentar-se “à destra da majestade nas alturas”, será dada também ao vencedor — que maravilha!
Mas não devemos ignorar a palavra “concederei”, que destaca que o ato do Senhor assentar-Se no trono no Céu foi diferente do que é prometido ao vencedor. O privilégio pode ser o mesmo, mas o direito é diferente. De Si mesmo, o Senhor diz: “Eu venci, e Me assentei”; do vencedor Ele diz: “Concederei que se assente”. O cristão receberá do Senhor o direito que o Senhor conquistou pela Sua morte. Ele assentou-Se no trono do Céu por direito próprio; nós somente desfrutaremos da Sua glória porque Ele nos concederá este privilégio.
No final das contas, tudo está centralizado nEle!
Conclusão
Assim terminam as primeiras duas partes do livro de Apocalipse — em seguida, vem a parte maior, que mostrará “as coisas que brevemente devem acontecer” (1:1) — “as coisas que depois destas devem acontecer” (4:1). O que vimos até aqui é impressionante:
• no cap. 1, tivemos uma visão do Senhor na Sua glória e majestade. Vendo o “Seu rosto … como o Sol, quando na sua força resplandece”, só podemos cair aos seus pés como morto, como João fez;
• nos caps. 2 e 3, tivemos sete cartas a sete igrejas, todas elas destacando que Ele é soberano sobre Suas igrejas, e de forma ativa cuida delas.
No restante do livro, é destacado que este grande Cordeiro, cuja glória impressiona Seus servos (cap. 1) e que com autoridade interfere nas Suas igrejas (caps. 2 e 3), também possui uma justiça perfeita e absoluta, e irá imperar sobre todos os reinos dos homens!
Que Deus nos ajude a continuar meditando nesta “revelação de Jesus Cristo” (1:1), contemplando aquele que “no manto e na Sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores” (19:16), enquanto aguardamos ansiosamente o cumprimento da última promessa da Bíblia: “Certamente cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22:20).
© 2021 W. J. Watterson
b) Ele supre as necessidades das Suas igrejas (v. 17-18). O Senhor diz: “Aconselho-te que de Mim compres …” Tudo aquilo que Laodiceia poderia precisar (ouro provado no fogo, vestes brancas, e colírio) estava nEle. Se quisermos ter algum valor espiritual (ouro provado), se quisermos ter dignidade espiritual (vestes brancas), se quisermos ter discernimento espiritual (colírio) — qualquer que seja a minha necessidade, Cristo tem a solução.
c) Ele disciplina Suas igrejas (v. 19). Assim como foi destacado na carta à igreja em Sardes (3:3), o Senhor tem um cuidado prático para com as Suas igrejas, e não permite que elas errem sem serem corrigidas e disciplinadas por Ele. Vemos aqui uma lição preciosa, que é frequente na Bíblia: o Senhor disciplina por amor! Veja também Hebreus 12:6, onde a mesma verdade é aplicada às nossas vidas individuais.
d) Ele quer ter comunhão com os Seus (v. 20). É quase inacreditável pensar que este grande Rei e Senhor apresentado no Apocalipse bata na nossa porta, querendo entrar e ter comunhão conosco! Não somos nós que batemos à porta do Céu pedindo admissão — Ele é quem vem até nós. O assunto aqui não é salvação, mas a comunhão prática com aqueles que já são salvos. Mesmo que a igreja toda estivesse morna, alguém ali no meio poderia abrir a porta do seu coração e pessoalmente ter comunhão com o Senhor.
O apelo ao indivíduo
Ao vencedor é prometida a glória e o privilégio de reinar com Ele, sentando-se no Seu trono. A autoridade do Senhor é implicitamente reconhecida, quando Ele diz que Ele mesmo dará ao vencedor o direito de sentar-se com Ele no Seu trono, e quando Ele diz que “venceu” e Se assentou com o Pai no trono.
Uma leitura superficial do versículo sugere que o vencedor terá o mesmo privilégio que o Senhor teve. As palavras gregas nikao (“vencedor”), kathizo (“assentar”) e thronos (“trono”) são repetidas tanto do Senhor quanto dos vencedores: “Ao que vencer lhe concederei que se assente comigo no Meu trono, assim como Eu venci, e Me assentei com Meu Pai no Seu trono”. Num certo sentido, é realmente isto que o Senhor promete: a glória que foi dada a Ele, de sentar-se “à destra da majestade nas alturas”, será dada também ao vencedor — que maravilha!
Mas não devemos ignorar a palavra “concederei”, que destaca que o ato do Senhor assentar-Se no trono no Céu foi diferente do que é prometido ao vencedor. O privilégio pode ser o mesmo, mas o direito é diferente. De Si mesmo, o Senhor diz: “Eu venci, e Me assentei”; do vencedor Ele diz: “Concederei que se assente”. O cristão receberá do Senhor o direito que o Senhor conquistou pela Sua morte. Ele assentou-Se no trono do Céu por direito próprio; nós somente desfrutaremos da Sua glória porque Ele nos concederá este privilégio.
No final das contas, tudo está centralizado nEle!
Conclusão
Assim terminam as primeiras duas partes do livro de Apocalipse — em seguida, vem a parte maior, que mostrará “as coisas que brevemente devem acontecer” (1:1) — “as coisas que depois destas devem acontecer” (4:1). O que vimos até aqui é impressionante:
• no cap. 1, tivemos uma visão do Senhor na Sua glória e majestade. Vendo o “Seu rosto … como o Sol, quando na sua força resplandece”, só podemos cair aos seus pés como morto, como João fez;
• nos caps. 2 e 3, tivemos sete cartas a sete igrejas, todas elas destacando que Ele é soberano sobre Suas igrejas, e de forma ativa cuida delas.
No restante do livro, é destacado que este grande Cordeiro, cuja glória impressiona Seus servos (cap. 1) e que com autoridade interfere nas Suas igrejas (caps. 2 e 3), também possui uma justiça perfeita e absoluta, e irá imperar sobre todos os reinos dos homens!
Que Deus nos ajude a continuar meditando nesta “revelação de Jesus Cristo” (1:1), contemplando aquele que “no manto e na Sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores” (19:16), enquanto aguardamos ansiosamente o cumprimento da última promessa da Bíblia: “Certamente cedo venho. Amém! Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22:20).
© 2021 W. J. Watterson
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