Quarta-feira, 24/02/2021
Sete colunas (b) — Meditações 318
Ontem pensamos resumidamente sobre as primeiras três colunas de uma igreja local mencionadas em Atos 2:41-42: salvação, batismo e recepção. Cada pessoa dentre aquela multidão tomou estes passos conscientes: creu, foi batizado e agregou-se. Foram passos tomados de uma vez por todas. Em seguida, porém, temos quatro passos recorrentes: cada um deles deveria perseverar em quatro coisas:Na doutrina dos apóstolos — uma referência a todo o ensino transmitido pelos apóstolos, e que Deus teve o cuidado de registrar na Sua Palavra. Ao contrário do que o mundo prega hoje, precisamos aceitar que há, sim, verdades absolutas — há “certo e errado”. Precisamos conhecer mais e mais as Escrituras, aprendendo “como convém andar na Casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo” (I Tm 3:15). Não podemos servir a Deus conforme nossa vontade.
Na comunhão — não diz “em comunhão”, mas “na comunhão”. Isto é, passaram a fazer parte de uma comunidade onde já havia comunhão, e zelavam para preservar esta comunhão criada pelo Espírito Santo (Ef 4:3). “Comunhão” é um estado que exige atitudes de pelo menos dois lados. Há muitas pessoas que reclamam: “Ninguém tem comunhão comigo”, mas que não procuram ter comunhão com ninguém — pessoas que querem que todos perguntem: “Como você está? Precisa de alguma coisa?”, mas que nunca fazem estas perguntas aos outros! Estes indivíduos em Atos 2 perseveravam (indica um esforço da parte deles) para preservar uma comunhão que era maior do que eles. Qual é minha definição de “comunhão”? Para a carne, é: “Todo mundo precisa me amar e me tratar bem”. Biblicamente, é: “Preciso me esforçar para não prejudicar a comunhão que Deus criou nesta igreja local”. Se “eu” for o meu foco, ficarei desapontado e amargurado; se “a igreja” for o foco, estarei seguindo o modelo de Atos 2.
No partir do pão — uma expressão que pode se referir a uma refeição normal, mas que no contexto descreve a Ceia do Senhor. Sendo a adoração a mais alta ocupação do salvo, devemos valorizar esta reunião semanal, colocando-a como prioridade nas nossas vidas. A pandemia tem criado em nossos corações um desejo mais puro e sincero por este simples memorial — e tem também nos levado a lembrar, envergonhados, de muitas vezes que nosso lugar ficou vazio naquela hora, sem necessidade!
Nas orações — no contexto, a referência não é às nossas orações individuais, mas às orações coletivas da igreja. A reunião de oração costuma ser a menos frequentada — é difícil “perseverar nas orações”! Por outro lado, nós que nos levantamos para conduzir a igreja em oração não podemos esquecer que estamos sendo porta-vozes da igreja. Devemos nos preocupar em falar num tom de voz bem audível, e prestar atenção no tempo que ocupamos e nos assuntos pelos quais oramos. Muitas sugestões poderiam ser dadas, mas o principal é lembrar que estou numa reunião pública, e estou orando pela igreja, não por mim.
Que Deus nos ajude a relembrar estas coisas, e valorizar o privilégio que Deus nos deu de termos comunhão com Ele e com outros salvos numa igreja local. É necessário perseverar — mas valerá a pena, sem sombra de dúvida!
© 2021 W. J. Watterson
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