Domingo, 28/02/2021
O Cordeiro e o livro (b) — Meditações 322
Finalizando o assunto de ontem, pensemos um pouco mais sobre Apocalipse 5.O Cordeiro
Antes do título “Cordeiro” ser usado neste trecho, nosso Senhor é apresentado de duas formas diferentes, ambas destacando Sua glória e majestade. Ele é:
a) O Leão da tribo de Judá. O leão, considerado o rei dos animais, é usado na Bíblia como figura de força, coragem e domínio. O uso deste título aqui destaca a força e a autoridade daquele que tem o direito de tomar o livro da mão de Deus, e reinar sobre toda a Terra. Além disto, Judá é a tribo real em Israel — a profecia de Jacó revelou que Judá era um leãozinho, e que o cetro não se arredaria de Judá (Gn 49:10) — e nosso Salvador é descendente, segundo a carne, desta linhagem real dentre o povo de Israel.
b) Raiz de Davi. Com este título somos lembrados das profecias do Velho Testamento que diziam que o Messias viria não só da tribo de Judá, mas da família de Davi. Se o VT profetizou que o cetro não se arredaria de Judá, Deus também prometeu a Davi que o reino dele seria perpétuo: “Estabelecerei o seu reino … confirmarei o trono do seu reino para sempre … teu trono será firme para sempre” (II Sm 7:12-16).
Estes dois títulos, portanto, apresentam o Senhor Jesus como sendo o legítimo herdeiro do trono de Israel. Sendo o Leão de Judá e a Raiz de Davi, Ele tem todo direito e poder de sentar-se no trono de Davi.
Mas veja o contraste precioso nas palavras de João: “E olhei, e eis … um Cordeiro, como havendo sido morto”!
“Eis o Leão … eis um Cordeiro”! Todo aquele que é salvo se maravilha diante deste contraste entre a glória e a submissão do Senhor. Este título tão precioso, “Cordeiro”, é o título característico do Senhor em Apocalipse.
O Cordeiro é apresentado neste trecho sob três aspectos:
a) Sua posição. O Cordeiro é visto no meio do trono e dos quatro seres viventes, e no meio dos anciãos. São destacadas duas posições diferentes, mas ambas descritas pela mesma palavra, uma palavra que destaca a centralidade do Cordeiro. Primeiramente em relação ao trono, depois em relação ao Seu povo, sua posição é sempre a posição central. O lugar mais apropriado para o Cordeiro de Deus é “no meio”.
b) Seu parecer. Três detalhes da Sua aparência são enfatizados. Ele é um cordeiro “como havendo sido morto” (literalmente, “recém-morto”), Ele possui sete chifres, e Ele possui sete olhos. O primeiro nos lembra da Sua morte, e de que Ele sempre terá as marcas do Calvário (quão precioso pensar que durante toda a eternidade estaremos contemplando as marcas nas Suas mãos e nos Seus pés!). O segundo nos lembra do Seu poder, e o terceiro do Seu relacionamento com o Espírito Santo. O uso repetido do número sete destaca a perfeição deste Cordeiro.
c) Seu proceder. Lemos de como Ele veio e tomou o livro da mão de Deus, demonstrando a Sua autoridade, e a confiança que Deus tem nEle. Uma vez, no passado, Ele permitiu que os homens o levassem como um cordeiro para o matadouro, manso e submisso, com as mãos amarradas — mas agora, na presença de autoridade muito superior à de Pilatos ou dos Judeus, Ele está controlando a situação. O Cordeiro agora não é conduzido, Ele conduz!
O coro
Diante da visão do Cordeiro tomando o livro da mão de Deus, os Céus irrompem em cânticos de louvor e adoração ao Cordeiro. Repare as três razões apresentadas pelas quais o Cordeiro é louvado:
a) “porque foste morto” (5:9);
b) porque “com o Teu sangue compraste para Deus homens” (5:9);
c) porque “para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes” (5:10).
Repare também as três etapas deste coro celeste:
a) primeiro temos os anciãos e os seres viventes (5:8-10);
b) depois “milhões de milhões e milhares de milhares” de anjos (5:11-12);
c) finalmente, “toda a criatura que está no Céu, e na Terra, e debaixo da Terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há” (5:13).
Um fato interessante apresentado aqui é que conforme o foco do louvor vai se distanciando do trono, parece que a qualidade do louvor diminui. Assim vemos que as multidões na Terra e no mar apenas oferecem glória e honra ao Cordeiro (5:13). Já os anjos, mais próximos do trono, acrescentam a palavra “Digno” (5:12), reconhecendo que o Cordeiro recebe este louvor porque é digno dele. Mas são apenas os anciãos e os seres viventes, aqueles que estão mais perto do trono, que apresentam as três razões porque o Cordeiro é digno.
Cabe aqui uma aplicação prática: como é o nosso louvor? Estamos adorando o Cordeiro inteligentemente, como os vinte e quatro anciãos que representam a Igreja? Meditando neste trecho precioso, certamente nossos corações transbordarão de adoração e louvor ao Cordeiro, porque Ele morreu, porque com o Seu sangue Ele nos comprou para Deus, e porque Ele nos fez reis e sacerdotes para Deus.
“Honras sejam ao Cordeiro!” (H. e C. 532).
© 2021 W. J. Watterson
a) O Leão da tribo de Judá. O leão, considerado o rei dos animais, é usado na Bíblia como figura de força, coragem e domínio. O uso deste título aqui destaca a força e a autoridade daquele que tem o direito de tomar o livro da mão de Deus, e reinar sobre toda a Terra. Além disto, Judá é a tribo real em Israel — a profecia de Jacó revelou que Judá era um leãozinho, e que o cetro não se arredaria de Judá (Gn 49:10) — e nosso Salvador é descendente, segundo a carne, desta linhagem real dentre o povo de Israel.
b) Raiz de Davi. Com este título somos lembrados das profecias do Velho Testamento que diziam que o Messias viria não só da tribo de Judá, mas da família de Davi. Se o VT profetizou que o cetro não se arredaria de Judá, Deus também prometeu a Davi que o reino dele seria perpétuo: “Estabelecerei o seu reino … confirmarei o trono do seu reino para sempre … teu trono será firme para sempre” (II Sm 7:12-16).
Estes dois títulos, portanto, apresentam o Senhor Jesus como sendo o legítimo herdeiro do trono de Israel. Sendo o Leão de Judá e a Raiz de Davi, Ele tem todo direito e poder de sentar-se no trono de Davi.
Mas veja o contraste precioso nas palavras de João: “E olhei, e eis … um Cordeiro, como havendo sido morto”!
“Eis o Leão … eis um Cordeiro”! Todo aquele que é salvo se maravilha diante deste contraste entre a glória e a submissão do Senhor. Este título tão precioso, “Cordeiro”, é o título característico do Senhor em Apocalipse.
O Cordeiro é apresentado neste trecho sob três aspectos:
a) Sua posição. O Cordeiro é visto no meio do trono e dos quatro seres viventes, e no meio dos anciãos. São destacadas duas posições diferentes, mas ambas descritas pela mesma palavra, uma palavra que destaca a centralidade do Cordeiro. Primeiramente em relação ao trono, depois em relação ao Seu povo, sua posição é sempre a posição central. O lugar mais apropriado para o Cordeiro de Deus é “no meio”.
b) Seu parecer. Três detalhes da Sua aparência são enfatizados. Ele é um cordeiro “como havendo sido morto” (literalmente, “recém-morto”), Ele possui sete chifres, e Ele possui sete olhos. O primeiro nos lembra da Sua morte, e de que Ele sempre terá as marcas do Calvário (quão precioso pensar que durante toda a eternidade estaremos contemplando as marcas nas Suas mãos e nos Seus pés!). O segundo nos lembra do Seu poder, e o terceiro do Seu relacionamento com o Espírito Santo. O uso repetido do número sete destaca a perfeição deste Cordeiro.
c) Seu proceder. Lemos de como Ele veio e tomou o livro da mão de Deus, demonstrando a Sua autoridade, e a confiança que Deus tem nEle. Uma vez, no passado, Ele permitiu que os homens o levassem como um cordeiro para o matadouro, manso e submisso, com as mãos amarradas — mas agora, na presença de autoridade muito superior à de Pilatos ou dos Judeus, Ele está controlando a situação. O Cordeiro agora não é conduzido, Ele conduz!
O coro
Diante da visão do Cordeiro tomando o livro da mão de Deus, os Céus irrompem em cânticos de louvor e adoração ao Cordeiro. Repare as três razões apresentadas pelas quais o Cordeiro é louvado:
a) “porque foste morto” (5:9);
b) porque “com o Teu sangue compraste para Deus homens” (5:9);
c) porque “para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes” (5:10).
Repare também as três etapas deste coro celeste:
a) primeiro temos os anciãos e os seres viventes (5:8-10);
b) depois “milhões de milhões e milhares de milhares” de anjos (5:11-12);
c) finalmente, “toda a criatura que está no Céu, e na Terra, e debaixo da Terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há” (5:13).
Um fato interessante apresentado aqui é que conforme o foco do louvor vai se distanciando do trono, parece que a qualidade do louvor diminui. Assim vemos que as multidões na Terra e no mar apenas oferecem glória e honra ao Cordeiro (5:13). Já os anjos, mais próximos do trono, acrescentam a palavra “Digno” (5:12), reconhecendo que o Cordeiro recebe este louvor porque é digno dele. Mas são apenas os anciãos e os seres viventes, aqueles que estão mais perto do trono, que apresentam as três razões porque o Cordeiro é digno.
Cabe aqui uma aplicação prática: como é o nosso louvor? Estamos adorando o Cordeiro inteligentemente, como os vinte e quatro anciãos que representam a Igreja? Meditando neste trecho precioso, certamente nossos corações transbordarão de adoração e louvor ao Cordeiro, porque Ele morreu, porque com o Seu sangue Ele nos comprou para Deus, e porque Ele nos fez reis e sacerdotes para Deus.
“Honras sejam ao Cordeiro!” (H. e C. 532).
© 2021 W. J. Watterson
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