Saturday, 9 January 2021

Consequências da visão (1:17-20) — Meditações 272

Desde o dia 21 de Março de 2020 a igreja local em Pirassununga esteve impossibilitada de reunir normalmente, devido à quarentena decretada no estado de São Paulo. Hoje já podemos reunir (com restrições) — estamos gratos por isso, mas não é o ideal. Durante este período tenho enviado aos irmãos e irmãs da igreja local pequenas mensagens de texto para nosso ânimo mútuo. Estas mensagens estão sendo arquivadas aqui — talvez ajudem mais alguém.

Sábado, 09/01/2021

Consequências da visão (1:17-20) — Meditações 272

Nos finais de semana passados temos contemplado a visão do Senhor Jesus que João teve em Patmos (Ap 1:10-20). Ao ver este Juiz sublime em toda a Sua glória, João reagiu como qualquer homem reagiria. A reação do Senhor, porém, é impressionante. Depois de considerarmos estas reações, veremos ainda três descrições do Senhor que encerram este trecho.

A reação de João (v. 17) — “E eu, quando O vi, caí a Seus pés como morto”.

É sempre esta a reação de alguém ao ver o Senhor em toda a Sua glória (Ez 1:28, etc.). A majestade do Senhor é tão superior a qualquer coisa que nós conhecemos que não há como descrevê-la adequadamente. Quando Moisés viu o Senhor (apenas de costas), o seu rosto brilhava.

Que possamos lembrar deste fato! Deus é infinitamente superior a qualquer coisa que você possa imaginar! Ficamos extasiados com a majestade serena a calma de um pôr do Sol; nos assustamos diante da fúria de um mar tempestuoso; nos maravilhamos contemplando a imensidão do Universo numa noite estrelada — o que será que sentiremos quando estivermos face a face com aquele que criou todas estas coisas? Ele é o Rei da glória, o Senhor dos senhores, o Todo-Poderoso! Certamente cairemos aos Seus pés como mortos. Familiaridade indevida indica falta de compreensão da glória do Senhor.

A reação do Senhor (v. 17) — “Ele pôs sobre mim a Sua destra, dizendo-me: Não temas”!

Estas palavras indicam um fato precioso e tocante, pois para colocar sua mão sobre alguém que está caído, você precisa se abaixar. O Senhor glorioso, diante de quem João caiu como morto, abaixou-Se para confortar Seu servo!

Se Ele é totalmente majestoso, Ele também é totalmente misericordioso. Ele “não se envergonha” de nos chamar irmãos (Hb 2:11), mas está disposto a abaixar-Se para levantar-nos novamente!

Como é precioso lembrar deste aspecto do Senhor Jesus Cristo. Você lembra do leproso, desprezado e evitado por todos? O Senhor Jesus, movido de grande compaixão, estendeu a Sua mão, tocou no leproso, e disse: “Eu quero; sê limpo” (Mc 1:41). Lembre dos homens cruéis que O pregaram numa cruz — o Senhor disse: “Pai, perdoa-lhes; eles não sabem o que fazem” (Lc 23:34). Lembre de Pedro, o apóstolo que o negou — o Senhor olhou para ele, e sem dúvida viu as suas lágrimas sinceras. E três dias depois os discípulos disseram: “Ressuscitou verdadeiramente o Senhor, e já apareceu a Simão” (Lc 24:34). Que precioso! Pedro O negou — o Senhor apareceu primeiro a Pedro!

Quantas vezes nós temos experimentado isto. Abrindo a Palavra de Deus, ficamos maravilhados com a glória e majestade do Senhor. Nossa reação é desmaiar em nossos espíritos, clamando como Isaías: “Ai de mim, que vou perecendo!” Mas sentimos, figurativamente, o Senhor aproximar-Se de nós, abaixando-Se e colocando Sua mão sobre o nosso ombro, dizendo com tanto amor: “Não temas.”

Este é o nosso Senhor! Sua glória e majestade são tais que assustariam qualquer pessoa que O contemplasse. Seu amor e misericórdia são imensuráveis, de tal forma que as crianças se sentiam à vontade na Sua presença.

Que possamos conhecê-lO melhor!


© 2021 W. J. Watterson

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