Sábado, 23/01/2021
Esmirna: o sofredor compassivo — Meditações 286
Nesta segunda carta o Senhor se apresenta como “o Primeiro e o Último, que foi morto, e reviveu” — simbologia tirada da visão do cap. 1 (vs. 17-18). Para a igreja em Esmirna, passando por provações e tribulações, quão confortante lembrar que o Primeiro e o Último, o Deus eterno, também havia sofrido a morte. Este Deus tão glorioso “suportou tais contradições dos pecadores contra Si mesmo” (Hb 12:3). Ele nos avisou: “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós, Me odiou a Mim” (Jo 15:18; veja também vs. 19-21). Mesmo no vale da sombra da morte podemos ser confortados e estar confiantes ao lembrar do nosso amado Senhor, que foi morto, mas que reviveu e vive para sempre.Nesta pequena carta (a menor das sete) o Senhor revela:
a) Seu conhecimento. O Senhor afirma que conhecia as obras, tribulações, pobreza e perseguições presentes deles (v. 9), e também suas prisões e provações futuras (v. 10). Nunca devemos esquecer que tudo que estamos passando, e tudo que iremos passar, é conhecido por Ele.
b) Seu controle. Como deve ter sido confortante para esta igreja ouvir o Senhor dizer que havia um limite para a provação deles: “tereis uma tribulação de dez dias”. Qualquer que for a interpretação que dermos aos “dez dias”, a verdade que ela revela é preciosa: toda provação pela qual passamos está sendo diretamente controlada pelo Senhor. “Fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis [suportar]” (I Co 10:13). Antes que ela comece, Ele já marcou o seu fim!
c) Sua coroa. Dirigindo-Se ainda à igreja (e não ao vencedor), o Senhor promete a coroa da vida, se formos fiéis até a morte. Por que o Senhor pede que alguns dos Seus entreguem suas vidas por Ele, enquanto muitos de nós vivemos em relativa tranquilidade? Não sabemos: mas o Senhor, que conhece e controla todos os detalhes da vida de cada um dos Seus, saberá recompensar qualquer sofrimento. Ninguém que serve a Ele sairá perdendo!
Finalizando a carta, e confirmando Sua autoridade sobre a vida, o Senhor promete um livramento eterno da “segunda morte” para o vencedor. Todos os salvos estão livres da segunda morte (isto é, ser lançado no Lago de Fogo), mas os vencedores podem também viver desfrutando diariamente desta realidade, mesmo enfrentando a morte física.
Como é confortante saber que “não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno” (Hb 4:15-16).
© 2021 W. J. Watterson
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