Quarta-feira, 07/04/2021
Na fé — Meditações 360
“Saúdam-te todos os que estão comigo. Saúda tu os que nos amam na fé. A graça seja com vós todos. Amém.” (Tt 3:15)Paulo termina sua epístola a Tito falando daqueles que o amavam “na fé” — não “pela fé” (como se a fé fosso o meio pelo qual o amavam), nem “com fé” (como se a fé fosse uma qualidade do amor deles por ele), mas “na fé” — a fé como a esfera (ou ambiente) do seu amor. Em outras palavras, eram pessoas que tinham um amor por Paulo porque viviam a mesma vida, repartiam a mesma fé.
Como é precioso ver este fruto do Espírito em nós. Olhar para pessoas cujo comportamento, muitas vezes, questionamos; cujo testemunho nos envergonha; cujas atitudes e incoerências nos machucam; e ver que, apesar de tudo isto, nós os amamos. Não pelo que são, nem pelo que fazem, mas pelo que crêem. Eles amam o mesmo Senhor que nós amamos, e são amados por Ele com amor eterno — como não amá-los? Como disse João (inspirado pelo Espírito Santo): “Todo aquele que ama ao que o gerou [isto é, Deus], também ama ao que dEle é nascido [isto é, nossos irmãos]” (I Jo 5:1).
É verdade que eles tem falhas — mas quanto mais nos aproximamos de Deus, mais percebemos que nossas falhas são piores! Amá-los não significa esquecer suas falhas, mas reconhecer: “Se Deus pode amá-los como são, por que eu não posso amá-los também?”
Entre os homens, o vínculo de sangue costuma ser exaltado (e com razão) — um membro da nossa família merece, de forma especial, nossa consideração. Entre os salvos, porém, há um vínculo ainda mais forte: “Enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6:10).
A família da fé — ou seja, aqueles que “nos amam na fé”! Que bênção ter este vínculo que nos une! Que Deus nos ajude a preservá-lo e valorizá-lo.
© 2021 W. J. Watterson
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