Domingo, 18/04/2021
O Cordeiro e Seus selados (b) — Meditações 371
Continuando a considerar Apocalipse 14:1-5, veja as sete descrições dos selados: três verbos estão no presente, quatro estão no passado. Se esta cena se cumprirá quando a Tribulação terminar e o Milênio estiver para começar, então os quatro verbos no passado se referem ao período da Tribulação, e os três verbos no presente descrevem a situação dos cento e quarenta e quatro mil no Milênio.Em relação à Tribulação, os cento e quarenta e quatro mil são descritos como:
a) Comprados da Terra (v. 3).
b) Não se contaminaram (v. 4).
c) Comprados como primícias para Deus e o Cordeiro (v. 4).
d) Nenhum engano na sua boca (v. 5).
Estas quatro descrições se dividem em dois pares alternados, descrevendo a redenção e a retidão deles.
a) Sua redenção. A primeira e a terceira destas quatro descrições falam de como os cento e quarenta e quatro mil foram comprados. Temos o aspecto negativo da sua redenção (“foram comprados da Terra”), e o aspecto positivo (“foram comprados como primícias para Deus e o Cordeiro”). Redenção, na Bíblia, sempre tem estes dois lados: comprados “de” algo, e comprados “para” algo. Não é simplesmente que Deus nos livra do poder do pecado, e depois nos deixa à mercê da nossa própria sorte — Ele nos tira do império das trevas, e nos transporta para o reino do Filho do Seu amor (Cl 1:13).
b) Sua retidão. A segunda e a quarta destas descrições mostram que a prática dos cento e quarenta e quatro mil combina com a sua posição: lemos primeiro que eles não se contaminaram com mulheres, e depois é afirmado que não se achou engano na sua boca.
Vemos nestes quatro verbos o poder e autoridade que o Cordeiro tem, e o comportamento que se espera dos que lhe pertencem. Nós também “fomos comprados por bom preço” (I Co 6:20) — não prata e ouro, mas “com o precioso sangue de Cristo” (I Pe 1:18-19). Ele pagou o preço, e Ele tem agora toda autoridade sobre nós. Que possamos andar retamente diante dEle, sem contaminação e sem engano.
Em relação ao Milênio, os cento e quarenta e quatro mil são descritos de três formas:
a) Seu Pai (v. 1). Eles têm na testa o nome do Seu Pai. A referência aqui é ao Pai do Cordeiro. Esta é a única vez neste período da Tribulação que o título “Pai” é usado. Este título ocorre cinco vezes no Apocalipse, mas todas as outras ocorrências estão nos primeiros três capítulos, num contexto que se aplica aos salvos desta dispensação. Estes, que foram selados no começo da Tribulação (7:3), são vistos aqui ainda com aquele selo nas suas testas, mostrando sua intimidade com Deus.
b) Seu privilégio (v. 4). Eles seguem o Cordeiro “para onde quer que vá”! Estes que sofreram o ataque da Besta durante a Tribulação agora podem acompanhar o Cordeiro para qualquer lugar. A Igreja, como Noiva, também terá este privilégio — lemos que, quando formos arrebatados, estaremos “para sempre com o Senhor” (I Ts 4:17). Estes cento e quarenta e quatro mil são, possivelmente, o único outro grupo que, na companhia da Igreja, poderá acompanhar Cristo e Sua noiva para qualquer lugar que Ele for.
c) Sua pureza (v. 5). Eles são irrepreensíveis — literalmente, não têm nenhuma mancha sobre eles; não podem ser acusados de ter manchado o seu testemunho. A palavra traduzida “irrepreensíveis” é usada sete vezes no NT: três vezes de nós, os salvos desta dispensação, duas vezes de Cristo, uma vez da Igreja coletivamente, e uma vez dos cento e quarenta e quatro mil. Ou seja, de todas as criaturas de Deus, apenas os salvos da Igreja e os cento e quarenta e quatro mil são descritos na Bíblia por esta palavra.
Repare como estas três descrições dos cento e quarenta e quatro mil parecem indicar que, depois da Igreja, este será o grupo de salvos mais privilegiado durante o Milênio. Ninguém estará tão perto do Cordeiro quanto a Sua Noiva, mas parece que estes cento e quarenta e quatro mil terão uma posição muito privilegiada também: o título “Pai” é aplicado só a eles e a nós neste livro, o privilégio de acompanhar o Cordeiro para onde quer que for só é mencionado em relação a eles e a nós, e a palavra “irrepreensíveis” é usada somente deles e de nós (entre os salvos).
Neste trecho, portanto, vemos a glória do Cordeiro, e a bênção eterna dos Seus. Como Boaz resgatou Rute, assim Ele nos comprou para Si mesmo. Somos dEle — e pertencer a Ele será sempre a melhor opção! O dragão pode assustar muita gente por um tempo, mas no final de tudo será o Cordeiro que estará sobre o monte Sião em glória vitoriosa, na companhia dos Seus! Há lutas hoje — mas, acima de tudo, há a certeza da vitória final com o Cordeiro!
“Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8:36-37).
Como pensamos ontem do Salmo 2: “Bem-aventurados todos aqueles que nEle confiam.”
© 2021 W. J. Watterson
Estas quatro descrições se dividem em dois pares alternados, descrevendo a redenção e a retidão deles.
a) Sua redenção. A primeira e a terceira destas quatro descrições falam de como os cento e quarenta e quatro mil foram comprados. Temos o aspecto negativo da sua redenção (“foram comprados da Terra”), e o aspecto positivo (“foram comprados como primícias para Deus e o Cordeiro”). Redenção, na Bíblia, sempre tem estes dois lados: comprados “de” algo, e comprados “para” algo. Não é simplesmente que Deus nos livra do poder do pecado, e depois nos deixa à mercê da nossa própria sorte — Ele nos tira do império das trevas, e nos transporta para o reino do Filho do Seu amor (Cl 1:13).
b) Sua retidão. A segunda e a quarta destas descrições mostram que a prática dos cento e quarenta e quatro mil combina com a sua posição: lemos primeiro que eles não se contaminaram com mulheres, e depois é afirmado que não se achou engano na sua boca.
Vemos nestes quatro verbos o poder e autoridade que o Cordeiro tem, e o comportamento que se espera dos que lhe pertencem. Nós também “fomos comprados por bom preço” (I Co 6:20) — não prata e ouro, mas “com o precioso sangue de Cristo” (I Pe 1:18-19). Ele pagou o preço, e Ele tem agora toda autoridade sobre nós. Que possamos andar retamente diante dEle, sem contaminação e sem engano.
Em relação ao Milênio, os cento e quarenta e quatro mil são descritos de três formas:
a) Seu Pai (v. 1). Eles têm na testa o nome do Seu Pai. A referência aqui é ao Pai do Cordeiro. Esta é a única vez neste período da Tribulação que o título “Pai” é usado. Este título ocorre cinco vezes no Apocalipse, mas todas as outras ocorrências estão nos primeiros três capítulos, num contexto que se aplica aos salvos desta dispensação. Estes, que foram selados no começo da Tribulação (7:3), são vistos aqui ainda com aquele selo nas suas testas, mostrando sua intimidade com Deus.
b) Seu privilégio (v. 4). Eles seguem o Cordeiro “para onde quer que vá”! Estes que sofreram o ataque da Besta durante a Tribulação agora podem acompanhar o Cordeiro para qualquer lugar. A Igreja, como Noiva, também terá este privilégio — lemos que, quando formos arrebatados, estaremos “para sempre com o Senhor” (I Ts 4:17). Estes cento e quarenta e quatro mil são, possivelmente, o único outro grupo que, na companhia da Igreja, poderá acompanhar Cristo e Sua noiva para qualquer lugar que Ele for.
c) Sua pureza (v. 5). Eles são irrepreensíveis — literalmente, não têm nenhuma mancha sobre eles; não podem ser acusados de ter manchado o seu testemunho. A palavra traduzida “irrepreensíveis” é usada sete vezes no NT: três vezes de nós, os salvos desta dispensação, duas vezes de Cristo, uma vez da Igreja coletivamente, e uma vez dos cento e quarenta e quatro mil. Ou seja, de todas as criaturas de Deus, apenas os salvos da Igreja e os cento e quarenta e quatro mil são descritos na Bíblia por esta palavra.
Repare como estas três descrições dos cento e quarenta e quatro mil parecem indicar que, depois da Igreja, este será o grupo de salvos mais privilegiado durante o Milênio. Ninguém estará tão perto do Cordeiro quanto a Sua Noiva, mas parece que estes cento e quarenta e quatro mil terão uma posição muito privilegiada também: o título “Pai” é aplicado só a eles e a nós neste livro, o privilégio de acompanhar o Cordeiro para onde quer que for só é mencionado em relação a eles e a nós, e a palavra “irrepreensíveis” é usada somente deles e de nós (entre os salvos).
Neste trecho, portanto, vemos a glória do Cordeiro, e a bênção eterna dos Seus. Como Boaz resgatou Rute, assim Ele nos comprou para Si mesmo. Somos dEle — e pertencer a Ele será sempre a melhor opção! O dragão pode assustar muita gente por um tempo, mas no final de tudo será o Cordeiro que estará sobre o monte Sião em glória vitoriosa, na companhia dos Seus! Há lutas hoje — mas, acima de tudo, há a certeza da vitória final com o Cordeiro!
“Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8:36-37).
Como pensamos ontem do Salmo 2: “Bem-aventurados todos aqueles que nEle confiam.”
© 2021 W. J. Watterson
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