Se em I Coríntios Paulo afirma que Deus, na Sua fidelidade, não permitirá uma tentação que eu não possa suportar, por que ele diz em II Coríntios que foi provado “mais do que podíamos suportar” (1:8)? É uma contradição? Precisamos aceitar um dos trechos e ignorar o outro?
Cremos na perfeição das Escrituras — portanto, procuramos uma forma de entender o que os dois trechos estão dizendo. E fazendo isto, podemos ver “os dois lados da moeda” das provações.
Em relação à intensidade das provações, preciso entender que não terei apenas provas simples e fáceis. Algumas vezes serei contristado com provações que são maiores do que a minha força — mais do que eu consigo suportar em mim mesmo, pela minha força (II Co 1:8).
Por outro lado, se considero a intenção dessas provações, preciso lembrar que Deus envia uma provação para nos fortalecer, não para nos derrubar. Portanto, Ele “dará também o escape, para que a possais suportar”. Sem o “escape”, a provação seria insuportável — mas Deus nunca deixará de dar o escape!
Louvamos a Deus que Ele é fiel, e não permitirá que eu seja tentado além do que eu possa suportar. “Quer dizer”, diz alguém, “que eu só terei provas simples?” Não, algumas delas serão terríveis, e você logo descobrirá que não tem, em si mesmo, poder para suportá-las. “Quer dizer que uma provação dessas pode destruir a minha fé? Posso perecer?” Não, pois Deus é fiel — sempre haverá um livramento, uma porta de escape. A prova pode ser maior que a sua força, mas você não está sozinho na prova — você não precisa suportar o peso sozinho! “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque Tu estás comigo”!
Que possamos ser animados no Senhor em toda prova e tribulação, confiando sempre nEle.
(Baseado na Meditação 25, Maio de 2020)
© 2022 W. J. Watterson
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