O v. 5 do Salmo do Pastor diz: “Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos; unges a minha cabeça com óleo; o meu cálice transborda”.
É uma cena de vitória. Existem inimigos (e portanto, lutas); mas o salmista é visto em tranquilidade, não em guerra. Ele não está comendo “ração” às pressas, escondido do inimigo — ele está sentado à mesa para comer, sem medo ou perturbação. Ele não está sujo e cansado da batalha — a sua cabeça está ungida com óleo, limpa e perfumada. Ele não está bebendo água suja de um cantil — o seu cálice transborda!
E veja como ele reconhece a fonte de tudo isso: é o Pastor quem preparou a mesa e ungiu a sua cabeça; por isso o seu cálice transborda!
Irmãos, apesar dos inimigos que nos rodeiam (o mundo, o diabo e a carne), podemos desfrutar de toda esta provisão bondosamente preparada pelo Senhor para nós. Mas não é verdade que muitas vezes preocupamos tanto com os ataques dos inimigos que esquecemos da provisão divina?
A luta, sim, é intensa. Os inimigos são reais (e cruéis). Mas o cuidado do Bom Pastor é mais intenso e real do que qualquer outra coisa! Não é só um lanche que Ele prepara — há uma mesa posta! Não é só “um pouco de água” para lavar os pés (Gn 18:4) — Ele unge a minha cabeça com óleo! Não é só um pouco de refrigério — não, Ele enche o meu cálice até transbordar!
Quando José (figura de Cristo) mandou carregar os animais dos seus irmãos, sua ordem foi: “Enche de mantimento os sacos destes homens, quanto puderem puderem levar” (Gn 44:1). Quando o moço de Eliseu clamou, desesperado: “Ai, Senhor, que faremos?”, o profeta orou a Deus: “Senhor, peço-Te que lhe abras os olhos para que veja”. E o moço viu que realmente “mais são os que estão conosco do que os que estão com eles” (II Rs 6:15-17).
Que Deus abra os meus olhos hoje para que eu veja a abundante provisão que Ele me proporciona em Cristo, meu Pastor!
© 2022 W. J. Watterson
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