Ontem pensamos resumidamente sobre o quanto Elias e Eliseu eram diferentes um do outro, mas trabalharam juntos. Vemos o mesmo princípio em Esdras e Neemias, como destacado por A. J. Higgins (“O Caminho” 65).
Quando Esdras ouviu do fracasso do povo em manter-se separado, ele arrancou os cabelos da sua cabeça, rasgou suas vestes e se assentou atônito e em arrependimento perante Deus (Ed 9:3). Poucos anos depois, Neemias enfrentou uma situação semelhante — o que ele fez? Ele arrancou os cabelos dos culpados, e não os seus! (Ne 13:25)
Há mais contrastes entre os dois. Quando Neemias viajou para Jerusalém, ele foi acompanhado pelos soldados do rei. A consciência de Esdras, no entanto, não permitiu que ele pedisse soldados para protegê-lo depois de ter testificar sobre o cuidado soberano de Deus (Ed 8:21-23). Será que um estava certo e o outro errado? O que temos aqui não é uma ética que se adapta às circunstâncias, mas sim personalidades diferentes e consciências sensíveis reagindo a situações parecidas, porém diferentes.
Quem quiser meditar mais neste assunto encontrará outras duplas contrastantes na Palavra de Deus: Ageu e Zacarias, Pedro e João, Paulo e Timóteo, etc.
Como concluímos ontem: somos diferentes, sim — mas somos todos alvo do amor de Deus, e todos temos o mesmo objetivo (amar e engrandecer ao Senhor); vivamos à luz disto!
© 2022 W. J. Watterson
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