Sexta-feira, 09/10/2020
Repetições — Meditações 180
Creio ser correto dizer que todo mundo prefere ver, e ouvir, coisas novas — e não há necessariamente nada de errado nisto. É emocionante descobrir mais uma perfeição das Escrituras, ou ver, pela primeira vez, uma das inúmeras obras-primas de Deus que existem na natureza.
Mas devemos tomar cuidado para não sermos condenados junto com os atenienses, dos quais disse o Espírito Santo através de Lucas: “Todos os atenienses, e estrangeiros residentes, de nenhuma outra coisa se ocupavam, senão de dizer e ouvir alguma novidade” (At 17:21).
Melhor será lembrarmos do que o Senhor Jesus disse: “todo o escriba instruído acerca do reino dos Céus é semelhante a um pai de família, que tira do seu tesouro coisas novas e velhas” (Mt 13:52).
Paulo seguiu esse conselho do Senhor: “Não me aborreço de escrever-vos as mesmas coisas, e é segurança para vós” (Fp 3:1).
Pedro foi ainda mais enfático: “Por isso, não deixarei de exortar-vos sempre acerca destas coisas, ainda que bem as saibais, e estejais confirmados na presente verdade … também eu procurarei em toda a ocasião, certificar-me que, depois da minha morte, tenhais lembrança destas coisas” (II Pe 1:12-15).
Isso não quer dizer que vamos ficar repetindo o “a-b-c” a vida inteira. É claro que não podemos ficar bebendo só leite; precisamos avançar para o alimento sólido (Hb 5:11-14). Mas nosso progresso deve ser sempre no mesmo caminho, rumo ao mesmo alvo, sem sermos atraídos e seduzidos por novidades ilusórias.
E para isso o alicerce doutrinário sobre o qual construímos precisa ser constantemente apresentado aos nossos corações. Temos a tendência de esquecer o que aprendemos, e gerações novas nunca saberão se não forem ensinadas — portanto, valorizemos as repetições!
© 2020 W. J. Watterson
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